Segunda-feira, 22 de novembro de 2021 - 15h49
A morte de um
atleta amador durante a prova de 21km da Maratona do Rio no dia 14 de novembro,
a primeira grande corrida de rua do Brasil desde o início da
pandemia, acendeu um alerta para os médicos e cardiologistas do
esporte.
Com o aumento
de casos de morte súbita ou mal súbito durante atividade física, nos últimos
anos, especialistas abriram um fórum de discussão para tentar prevenir
acidentes fatais como esses e outros casos dentro dos esportes.
A primeira
forma de prevenção para boa parte das causas de morte súbita é manter
acompanhamento constante de um médico especialista em esporte. Nessas consultas
e avaliações, é possível diagnosticar alterações cardíacas que podem se
manifestar a qualquer momento como a cardiomiopatia hipertrófica, causa número
1 quando se fala de morte súbita em atletas. Não só a cardiomiopatia
hipertrófica, como boa parte das doenças estruturais no coração podem
ser diagnosticadas apenas com eletrocardiograma de repouso e uma boa avaliação
clínica.
Outra
manifestação que chama atenção em tempos de pandemia são as miocardites pós
infecção por COVID-19. Sabe-se que até 20% dos casos graves podem ter
manifestação cardíaca. No entanto, nos casos moderados e leves, que são a maioria
dos atletas, não é possível saber. Por isso, é preciso estar
sempre acompanhando clinicamente esses atletas, pois alterações clínicas
podem surgir de 8 a 12 semanas após os casos de infecção e a morte súbita pode
ser uma dessas manifestações.
Outras questões
importantes para manter no radar das causas da morte súbita são os níveis de
hidratação e isotônicos usados pelos atletas, assim como o uso de
anabolizantes, temperatura ambiental nos dias de provas ou jogos, termogênicos
em exagero e condicionamento físico prévio para a realização de determinadas
intensidades de exercícios.
A Sociedade
Brasileira de Medicina do Esporte e Exercício e a Sociedade Brasileira de
Cardiologia lançaram, em 2019, uma atualização da
avaliação pré-participação de atividades físicas, além de vários
protocolos e orientações para estarmos atentos a alterações clínicas que possam
causar mal súbito. É fundamental não colocarmos essas orientações de lado e
darmos a devida importância a elas, já que esses fatores podem deflagrar problemas
graves em pessoas que não estão saudáveis.
*Dr.
Mateus é médico cardiologista, com especialização em Medicina do Esporte.
Ocupa, atualmente, o cargo de Diretor da Sociedade de Medicina do Exercício e
do Esporte do Rio de Janeiro (SMEERJ). O especialista, que participa também
como membro do Comitê de Medicina Desportiva da Associação Médica Fluminense
(AMF), trabalha há três anos como médico de esporte do Clube de Regatas Vasco
da Gama. Dr. Mateus atua também como coordenador médico da clínica Fit Center,
uma das mais tradicionais clínicas de reabilitação cardiometabólica
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