Quarta-feira, 17 de setembro de 2025 | Porto Velho (RO)

×
Gente de Opinião

Saúde

Cuidado com a família é essencial para morte tranquila


Aline Leal
Agência Brasil

Brasília - Rosana Castro tem 24 anos e há dois meses acompanha, seis dias por semana, seu marido, Aparecido, de 28 anos, na Unidade de Cuidados Paliativos do Hospital de Apoio do Distrito Federal. Ele tem câncer e os médicos informaram ao casal que não há mais procedimentos a serem realizados para a cGente de Opiniãoura. Receber o encaminhamento para a unidade, vista como o último estágio antes da morte, foi uma notícia difícil para Rosana.

“No outro hospital entendi que ele não tinha mais tratamento. Só quando chegamos aqui entendi que a gente vinha para aliviar o sofrimento dele”, diz Rosana, que no começo não aceitou muito a notícia por considerar que seu marido é um homem jovem, mas, depois de muita conversa com os profissionais, foi se fortalecendo.

“Aqui tenho visto coisas que jamais pensei que veria com calma. Agora eu aceito mais. O que eu posso fazer eu faço. Todo mundo junto [equipe da enfermaria], a gente consegue passar por essa fase. Aqui é tão aconchegante que a gente se sente em casa, não parece hospital”.

Para a médica Anelise Buschken, coordenadora da Unidade de Cuidados Paliativos do Hospital de Apoio do Distrito Federal, este trabalho deve ser estendido à família porque ela também passa pelas fases de negação, barganha, raiva, depressão e aceitação pelas quais passa um doente terminal.

“Nós como equipe podemos ser facilitadores desse processo para que eles possam sair e entrar em cada fase dessas e chegar na aceitação, que é a esperada por todos nós. Aceitação plena, e não apenas resignação. Às vezes a família vive mais essas fases do que o paciente. Às vezes o paciente já está até em paz, tranquilo, mas a família ainda não. A partir do momento em que a família é acolhida, também é escutada, também recebem a permissão pra viver todas as fases”, disse a médica.

Gente de OpiniãoQuarta-feira, 17 de setembro de 2025 | Porto Velho (RO)

VOCÊ PODE GOSTAR

Governo de Rondônia oferece atendimento por telemedicina para pacientes do SUS em Porto Velho

Governo de Rondônia oferece atendimento por telemedicina para pacientes do SUS em Porto Velho

Com o compromisso de garantir acesso digno e moderno à saúde, o governo de Rondônia lançou o projeto Telemedicina na Policlínica Oswaldo Cruz (POC),

Hospital e Pronto-Socorro João Paulo II ultrapassa 23 mil atendimentos entre janeiro e agosto

Hospital e Pronto-Socorro João Paulo II ultrapassa 23 mil atendimentos entre janeiro e agosto

O Hospital Estadual e Pronto Socorro João Paulo II, referência no atendimento de urgência e emergência em Rondônia, prestou assistência a 23.635 pac

Fiscalização do TCE-RO em Porto Velho aponta avanços e falhas que afetam diretamente pacientes e profissionais de saúde

Fiscalização do TCE-RO em Porto Velho aponta avanços e falhas que afetam diretamente pacientes e profissionais de saúde

O que acontece dentro das unidades de saúde de Porto Velho afeta diretamente a vida de milhares de famílias. Por essa razão, o Tribunal de Contas do

Governo de Rondônia expande atendimento e capacita profissionais para tratar fissura labiopalatina

Governo de Rondônia expande atendimento e capacita profissionais para tratar fissura labiopalatina

Com o objetivo de descentralizar os serviços e garantir atendimento digno, o governo de Rondônia fortalece a saúde especializada no estado, com a re

Gente de Opinião Quarta-feira, 17 de setembro de 2025 | Porto Velho (RO)