Sexta-feira, 26 de setembro de 2025 - 14h23
No próximo 27 de setembro, o Brasil celebra o Dia Nacional da Doação de Órgãos, data que chama a atenção para a importância desse gesto solidário capaz de salvar vidas. Em Rondônia, além do trabalho de conscientização, o tema ganha força com o apoio da Assembleia Legislativa (Alero), que tem destinado recursos para a saúde por meio de projetos aprovados e emendas parlamentares.
Esses investimentos reforçam a estrutura da rede pública e permitem o fortalecimento do sistema de transplantes no estado, que hoje ocupa o 1º lugar da Região Norte e o 3º lugar no ranking nacional em número de doadores por milhão de população (PMP). O desempenho supera a média nacional e coloca Rondônia como referência em captação de órgãos e tecidos.
A coordenadora da Central Estadual de Transplantes, Edcléia Gonçalves, destacou que o processo só é possível com a autorização da família. “É fundamental comunicar o desejo de ser doador. Mesmo que esteja registrado em documentos ou redes sociais, a decisão final é da família. Eles serão a sua voz quando você não puder mais falar”, reforçou.
Coordenadora da Central de Transplante Estadual Edcléia Gonçalves
Apesar dos avanços, Edcléia lembra que ainda há entraves, como a recusa familiar, que chega a 45% dos casos. “É preciso desmistificar tabus e falar sobre o tema em casa. Doar órgãos não causa dor, não deforma o corpo e não é incompatível com religiões. Informação é a chave para salvar vidas”, concluiu.
Histórias que reforçam a importância da doação
Casos como o da administradora Carolina Carneiro, 41 anos, mostram o impacto positivo dos transplantes realizados em Rondônia. Diagnosticada com ceratocone avançado, ela precisou de um transplante de córnea em 2010, em São Paulo. Já em 2024, precisou fazer o segundo transplante, e já foi atendida pelo próprio sistema estadual e a cirurgia acontece em Porto Velho.
“Fui chamada em poucos meses e a cirurgia aconteceu rapidamente no Hospital de Base. Hoje, oito meses depois, minha visão está 100%”, contou.
Carolina Carneiro, passou por transplante de córnea em 2010 e 2024 (Foto: Arquivo pessoal)
Carolina reforça que a conversa entre familiares é essencial: “Na hora da dor, decidir pela doação é difícil. Mas quando o desejo já foi discutido, tudo se torna um gesto natural de amor. Pensar que uma parte da pessoa querida continua viva em outra é reconfortante”.
Carolina reforça que a conversa entre familiares é essencial (Foto: Arquivo pessoal)
O economista e jornalista Domingos Tavares, de 53 anos, também é exemplo. Após quatro anos de espera, ele realizou um transplante de fígado em 2023, em São Paulo.
“Minha vida foi salva pela generosidade de uma família que decidiu doar em meio à dor. Doar é um legado de vida. Sou prova de que a solidariedade transforma tragédia em esperança. Peço a todos: conversem com suas famílias e considerem a doação de órgãos”, disse emocionado.
Domingos Tavares, após anos de espera realizou o transplante de fígado (Foto: Arquivo pessoal)
Um ato de amor apoiado pelo Parlamento
A atuação da Assembleia Legislativa de Rondônia tem sido decisiva para que a saúde continue avançando. Por meio de emendas parlamentares, os deputados ampliam recursos destinados à área, garantindo mais infraestrutura, equipes qualificadas e suporte logístico.
No Dia Nacional da Doação de Órgãos, a mensagem é clara: doar é um gesto de amor que salva vidas, e o compromisso da Alero fortalece ainda mais essa rede de solidariedade em Rondônia.
A reforma da Sala Vermelha do Hospital e Pronto-Socorro João Paulo II, em Porto Velho, é resultado do compromisso do governador de Rondônia, Marcos
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