Sexta-feira, 10 de julho de 2020 - 19h06
O Sindicato Médico de Rondônia (Simero) e o Conselho Regional de Medicina do Estado de Rondônia (Cremero) realizaram, nesta sexta-feira (10), fiscalização no Centro Obstétrico do Hospital de Base, em Porto Velho. Durante a visita, feita após denúncias, foram constatadas diversas irregularidades, como condições precárias de atendimento e falta de insumos.
“Faz parte da atribuição institucional do Simero trabalhar por condições dignas para o exercício da medicina no estado. Após recebermos denúncia, fomos, juntamente com o CRM, para averiguar a situação dos profissionais que atuam na ala do HB. O que encontramos foi uma série de irregularidades que prejudicam o atendimento à população”, ressaltou a presidente do Simero, Flávia Lenzi.
Entre as irregularidades constatadas estão a falta de ultrassom e luvas de procedimento; a Sala Vermelha possui apenas um monitor para três leitos; constatou-se vários aparelhos de pressão com defeito, estando apenas dois funcionando de modo precário, sendo equipamentos já ultrapassados. “As medições realizadas duas vezes dão valores diferentes. Ou seja, os resultados não batem”, disse.
A presidente do Simero também relatou que durante a fiscalização, foram constatados apenas quatro técnicos no plantão. “Vimos o Vicryl Cromado e Nylon em espessuras inadequadas. Só há Oxímetro no Centro Cirúrgico e um na Sala Vermelha. Realmente, o que vimos aqui é lamentável e muito preocupante”, declarou.
Preocupada com as condições de trabalho dos médicos e demais profissionais que atuam no local, Flávia, que estava acompanhada do presidente do Cremero, Robson Yaluzan, constatou que há somente um Cardiotocógrafo. Também foi observada a falta de material adequado para curetagens e Amiu, que é feito direto no aspirador da parede.
“Se não bastassem todos esses problemas com a ausência de insumos, ainda atestamos insuficiência de recursos humanos. Há apenas um anestesista. Ainda é necessário aguardar o plantonista do SUS com o aparelho de ultrassom. Muitas vezes, ele está realizando outro exame e, por isso, nem sempre chega em tempo. Deveria ter um aparelho de ultrassom dentro do Centro Obstétrico para ser utilizado pelos obstetras”, enfatizou.
Ainda durante a fiscalização, foi verificado que o Sonar Cardiofetal – aparelho utilizado por médicos da ala pré-natal, que possibilita auscultar batimentos cardíacos do feto – também está em falta. Cada profissional tem que ter o seu.
“Alguns servidores alegaram que muitos dos materiais deveriam ter vindo do hospital Regina Pacis, mas só veio o Cardiotocógrafo. Quando o Regina Pacis foi comprado, o negócio foi feito de porta fechada. Então o que deveria ter sido feito era pegar todas as coisas de obstetrícia que tem lá, e trazido para o HB. Contudo, parece que os equipamentos ainda estão em um depósito”, informou.
Flávia ainda enfatizou que a situação é alarmante, colocando em risco a vida de pacientes e dos servidores. “O Simero já está notificando as autoridades competentes, bem como também tomará medidas contra esse absurdo, pois melhorias no Centro Obstétrico do Hospital de Base devem ser imediatas” afirmou a presidente.
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