Terça-feira, 9 de dezembro de 2025 - 09h31

REFIS
O governo de Rondônia estuda implementar um novo Refis – o programa de
refinanciamento fiscal – destinado às empresas com débitos tributários
estaduais, medida que deve proporcionar um reforço significativo de receita
tanto para o estado quanto para os municípios.
FÔLEGO
Embora haja quem
critique o que chamam de “mimo fiscal”, é importante destacar que essa prática
não é exclusividade de Rondônia: a maior parte dos estados adota programas
semelhantes, perdoando multas e juros — sem jamais confundir isso com perdão do
principal — para permitir que as empresas regularizem sua situação, retomem
investimentos e, ao mesmo tempo, garantam que os cofres estaduais e municipais
tenham fôlego extra para honrar compromissos, como o pagamento do décimo
terceiro salário.
MOEDA
Quem adota posição
contrária o faz por interesse inconfessável uma vez que o Refis não é uma
inovação fiscal do rondoniense. Ele existe tanto para empresas, quanto para o
contribuinte endividado. Atende as duas faces da mesma moeda encalacrada no vermelho.
INELEGÍVEL
A Primeira Câmara Especial Cível do Tribunal de Justiça de Rondônia
confirmou a condenação do deputado estadual Ezequiel Neiva por improbidade
administrativa — herança de sua gestão no DER. Com isso, o parlamentar ingressa
no calendário eleitoral pelo lado de fora: torna-se inelegível por oito anos.
FIRULA
Diferentemente da
sentença de primeiro grau, a decisão colegiada dispensa firulas jurídicas:
basta para interditar automaticamente qualquer pretensão eleitoral. Os
advogados, claro, farão o que manda o ritual — negarão, recorrerão, prometerão
reverter o inevitável. É do ofício.
EFEITO
Recursos ao STJ ou STF, por si só, não servem de escudo. Para suspender a
inelegibilidade, é preciso arrancar da corte superior um efeito suspensivo — e
somente se houver fumaça real de bom direito, não mera névoa jurídica soprada
ao sabor da conveniência. Quem folheou os autos — e não apenas apostou nos
corredores — diz que a situação de Ezequiel Neiva não inspira otimismo. Em
resumo: pode até sonhar com as urnas, mas dificilmente chegará a elas. Um
pesadelo para quem contava com mais um mandato.
CENÁRIO
Faltando poucos dias
para a chegada de 2026, o tabuleiro estadual começa a se reorganizar como sempre:
lentamente, com muito barulho e pouca originalidade. Três grupos se desenham.
De um lado, o PL de Marcos Rogério; do outro, Adaílton Fúria, prefeito de
Cacoal, preparando a renúncia para disputar o governo pelo PSD; e, ao centro,
partidos de centro e esquerda tentando, entre reuniões e discursos, provar que
ainda existem, apesar da preferência rondoniense pela direita — de preferência,
a mais conservadora possível.
EXTREMISTAS
Marcos Rogério (PL)
é, entre todos os postulantes, o que melhor decifra o eleitor conservador
rondoniense — não por oportunismo, mas por convicção articulada. Enquanto
outros tentam equilibrar discursos para agradar algoritmos, Rogério sustenta
posições de direita com coerência e método, algo raro num ambiente político em
que muitos trocam de ideologia como quem troca de camisa. Podemos não concordar
com nada que professa, mas ele é um bolsonarista assumido sem se preocupar com
as críticas.
PACOTE
E há um ponto que
seus críticos preferem ignorar: ele não se limita ao folclore das redes. Mesmo
sendo identificado pela bolha bolsonarista, Rogério compreende que o eleitor
exige mais do que guerra cultural — quer gestão, resultado e obra. E ele tem se
movido com habilidade nessa direção, demonstrando que firmeza ideológica não
precisa ser incompatível com pragmatismo. Se a direita rondoniense busca alguém
que fale sua língua sem cair na caricatura, Marcos Rogério é, até aqui, o único
que entrega o pacote completo.
EXPERIÊNCIA
Goste-se ou não,
Rogério é hábil e resiliente. Foi ao segundo turno contra um aparato estatal
inteiro, conquistando 47% dos votos válidos — façanha que adversários preferem
ignorar. Volta ao jogo com recall, musculatura e, espera-se, menos ingenuidade
e arrogância do que exibiu na eleição anterior.
MODERADO
Do outro lado,
Adaílton Fúria anunciou neste humilde podcast, o Resenha Política,
sua pré-candidatura ao governo. Autodeclarado homem de direita — porque admitir
simpatia pela esquerda em Rondônia é pedir para perder eleição —, Fúria exibe
um estilo híbrido: populista na forma, moderado nas alianças. O discurso de
gestor jovem, arrojado, instagramável, vende bem. Mas política não é feed de
TikTok.
FURIOSO
Fúria entra no jogo
atropelando velhos caciques como Confúcio Moura e Acir Gurgacz, que assistem da
plateia à ascensão de um candidato que descobriu a alquimia moderna: cortar
vídeos, distribuir sorrisos e falar com naturalidade digital. Mas campanha
exige consistência. A fúria que o impulsiona pode virar tempestade— ou marola.
Não é um candidato fraco e aposta no apoio silencioso – e envergonhado -
da esquerda para vencer num eventual segundo turno.
ISOLAMENTO
Quem terminou isolado
foi o ex-prefeito Hildon Chaves (PSDB). Há meses esta coluna alertava: ao
adotar postura beligerante contra Léo Moraes, presumiu que boa gestão bastaria
para manter sua hegemonia. Não contava com os altos índices de aprovação do
atual prefeito. Atacar o sucessor virou tiro no pé — e no próprio isolamento
político.
CAPILARIDADE
Com um PSDB em ruínas
e alianças rarefeitas, o sonho de governar Rondônia em 2027 dissipou-se. Ainda
assim, Hildon mantém capilaridade para disputar com vigor uma cadeira no
Congresso — Senado ou Câmara. Insistir em reversão total do cenário é otimismo
demais até para padrões tucanos.
SAÍDA
A Câmara Federal
parece o caminho natural. Mas, dependendo do alinhamento que tomar Léo Moraes,
Hildon pode se arriscar ao Senado — e não seria salto no escuro. Porto Velho
lhe garante um voto sólido. Faltaria avançar no interior, algo possível para
quem domina as plataformas digitais melhor do que muitos coronéis. Campanha tem
começo, meio e fim. E bem feita, costuma terminar feliz.
SURPRESA
Quem surpreende nas
primeiras pesquisas para o Senado é Delegado Camargo (PODEMOS). Conservador
assumido, é o parlamentar mais combativo contra o governo Marcos Rocha — mais
consistente, inclusive, do que a única voz da esquerda na ALE, Cláudia de Jesus
(PT). Corre por fora com números de quem pode chegar forte.
DOSE
Camargo tem o trunfo
de dividir partido e discurso com Léo Moraes. Uma eventual candidatura apoiada
pelo prefeito pode incomodar — e muito — os favoritos. O desafio será calibrar
a acidez: sua verve contra o governo rende manchetes, mas pode afastar
eleitores que o veem como fiscal rigoroso, porém sem o equilíbrio que o Senado
exige. Vai precisar dosar a crítica exacerbada ao governo para mirar no STF.
SUPREMO
Os candidatos ao
Senado posicionados mais à direita farão — e com gosto — das críticas ao STF um
dos pilares de campanha. A decisão recente do ministro Gilmar Mendes, retirando
do Senado a prerrogativa de processar e julgar um eventual impeachment de
ministros da Suprema Corte, caiu como um presente eleitoral para esse grupo.
Trata-se de uma decisão, no mínimo, discutível, que subtrai atribuições históricas
do Legislativo e reacende o debate sobre limites e excessos do Judiciário.
CORO
É previsível que o
tema domine a disputa senatorial em Rondônia. Os principais pré-candidatos já
anunciaram que pretendem “peitar” o STF, cada um tentando parecer mais destemido
do que o outro. A única exceção nesse coro é Confúcio Moura (MDB), alinhado ao
governo Lula e, portanto, pouco disposto a engrossar o discurso anti-Supremo
que tende a inflamar o eleitorado conservador rondoniense.
CLÃ
A “indicação” de
Flávio Bolsonaro para disputar a presidência, supostamente para defender o tal
legado histórico da família, não surpreende ninguém que acompanhe política sem
fantasia ou autoengano. O clã Bolsonaro, muito antes de o patriarca trombar na
cadeira de presidente, sempre funcionou como uma confraria de blindagem mútua:
um segura o escudo, o outro afia a lança. Solidariedade com o país? Não seja
ingênuo. Eles só largam o osso político se for para abocanhar um maior — e, de
preferência, hereditário.
SONHO
Bolsonaro, que
desdenhou das sepulturas de milhares de brasileiros durante a pandemia — e não
satisfeito, continua a maltratar seus próprios devotos — acalenta um sonho
recorrente: manter a sucessão presidencial num ambiente estritamente familiar.
Afinal, para quem coleciona problemas com o STF, nada mais prático do que ter
um parente na cadeira de mando para tentar, quem sabe, reescrever a biografia
com uma borracha oficial. É uma espécie de indulgência plenária versão
Planalto.
PRIORIDADE
A bolha que segue
ideológica e religiosamente o “véio” não percebe, ou finge não perceber, a
lógica cristalina do clã: em primeiro lugar vêm os interesses da família; em
segundo, também; e, com muita sorte e sem promessa de continuidade, novamente a
família. O resto do país que espere sentado — de preferência sem reclamar.
Qualquer crítica aos Bolsonaros provoca reações furiosas, como se a família
fosse um patrimônio sagrado da República, acima de erros, leis e, sobretudo, do
senso de ridículo.
OPÇÕES
A direita brasileira vive repetindo que falta opção — mas isso só é
verdade para quem insiste em ajoelhar no altar dos Bolsonaro. Nomes
competitivos não faltam, e nenhum deles precisa carregar no currículo o
sobrenome que virou sinônimo de confusão judicial e política. Há governadores
bem avaliados, cada qual com seu tempero: Ratinho Junior (PR), um gestor
discreto; Tarcísio de Freitas (SP), o tecnocrata que agrada aos mercados;
Eduardo Leite (RS), que tenta manter a compostura mesmo quando o estado desaba;
e até o intempestivo Ronaldo Caiado, sempre à beira de um ataque de nervos, mas
administrando Goiás com firmeza.
MUSCULATURA
Todos fazem governos
razoáveis e, embora ainda careçam de expressão nacional, podem muito bem
crescer ao longo de uma campanha. Afinal, os conservadores já provaram que têm musculatura
eleitoral próprias — e não dependem do clã Bolsonaro para existirem. Opções há
muitas. E, convenhamos, bem melhores.
ENERGISA
A Tarifa Social de
Energia Elétrica (TSEE) segue transformando a realidade de famílias de baixa
renda em Rondônia. Quando a Energisa assumiu a distribuição no estado, em 2018,
cerca de 43 mil famílias estavam cadastradas no programa. Hoje, em 2025, esse
número ultrapassa 125 mil beneficiados, um avanço de mais de 190%.
TARIFA
Apesar do salto
expressivo, o desafio ainda é grande: aproximadamente 60 mil famílias que
atendem aos critérios continuam fora da Tarifa Social. Muitas delas não
aparecem nos cruzamentos automáticos porque não possuem a conta de energia no
próprio nome ou estão com o Cadastro Único (CadÚnico) desatualizado, barreiras
simples de resolver, mas que impedem o acesso ao desconto.
IMPACTO
Segundo Bernardo
Moreira, gerente de Serviços Comerciais da Energisa Rondônia, esse avanço é
resultado de ações contínuas. “Esse crescimento mostra o impacto
positivo do trabalho
conjunto que desenvolvemos. Estamos empenhados em facilitar o acesso dessas
famílias à tarifa social de energia e orientá-las sobre os seus direitos”,
afirma o gerente.
DIREITO
Têm direito ao
benefício as famílias inscritas no CadÚnico com renda per capita de até R$ 759,
beneficiários do BPC (Benefício de Prestação Continuada) e eletrodependentes
que utilizam equipamentos elétricos de uso contínuo.
Quem já possui a
unidade consumidora em seu nome pode ser incluído automaticamente após o
cruzamento de dados. Já quem precisa solicitar o cadastro deve procurar os
canais de atendimento da Energisa Rondônia:
· WhatsApp Gisa: (69)
99358-9673, · Aplicativo Energisa On, · Site oficial: www.energisa.com.br,
· Call Center: 0800 647 0120
INFORMAÇÃO
Para o atendimento, é
necessário apresentar documento oficial com foto, CPF, NIS, código da unidade
consumidora, telefone para contato, Folha V7 do CadÚnico e, para indígenas, o
RANI. Beneficiários do BPC devem informar também o número do benefício.
INCLUSÃO
Bernardo reforça que
o impacto da inclusão vai muito além da redução na conta: “A gente sabe que o
desconto faz diferença real na mesa das famílias. Quando conseguimos incluir
uma nova família, estamos ajudando a aliviar preocupações do dia a dia e a
garantir mais dignidade no orçamento doméstico”, destaca.
INVESTIMENTOS
Desde que chegou a
Rondônia, em 2019, a Energisa vem realizando uma verdadeira transformação no setor
elétrico do estado. Ao longo desses sete anos, a empresa já investiu quase R$ 5
bilhões em obras, expansão e modernização da rede de energia, ampliando a
confiabilidade do fornecimento e melhorando a qualidade da energia que chega
até os rondonienses.
DESAFIO
A companhia está
presente e a serviço de todos os 52 municípios de Rondônia, atendendo mais de
720 mil clientes. Somente neste ano de 2025, foram investidos cerca de R$ 600
milhões, o que reforça o compromisso com o estado e a confiança no potencial de
crescimento regional. “Quando chegamos, havia um enorme desafio estrutural.
Hoje, Rondônia tem uma rede mais moderna, segura e pronta para o futuro”,
afirma André Theobald, diretor-presidente da Energisa Rondônia.
PUBLICIDADE
Embora todas as informações acima tenham caráter publicitário, é inegável que a
Energisa se consolidou como uma das empresas mais sólidas a investir no estado,
gerando diversos postos de trabalho e estimulando a economia local. Ainda que
os serviços prestados sejam remunerados pelos usuários, sua chegada a Rondônia
representou um avanço significativo: ao assumir a distribuição, a empresa
trouxe estabilidade e confiabilidade ao fornecimento de energia elétrica,
superando anos de precariedade deixados por uma operadora pública em situação
falimentar.
Terça-feira, 9 de dezembro de 2025 | Porto Velho (RO)
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