Quarta-feira, 6 de agosto de 2025 - 11h40
FLOPOU
Embora o evento na
capital, convocado pelos bolsonaristas no domingo passado com o objetivo de
protestar contra o ministro Alexandre de Moraes, tenha reunido uma dúzia de
“gatos pingados” no espaço alternativo, isso não significa que os extremistas
de direita rondonienses sejam poucos. Há diversos motivos que explicam por que
o evento flopou, mas os eleitores que declaram reprovar a gestão petista são
maioria absoluta. A última pesquisa a que este cabeça-chata teve acesso revela
essa rejeição, que dificilmente mudará em 2026, em Rondônia.
RECURSOS
Não havendo outro
imprevisto, o presidente Lula deverá desembarcar em Porto Velho esta semana,
trazendo na bagagem um volume portentoso de investimentos para infraestrutura
viária e outras áreas essenciais ao desenvolvimento estadual. Os próceres da
comunicação presidencial conhecem e municiam o presidente sobre os índices
negativos de rejeição dos rondonienses ao seu governo, mas isso não impede que
Lula visite o estado e anuncie a liberação de novos recursos - o que demonstra
sua capacidade de não contaminar as divergências estaduais de cunho ideológico,
cujo governador é seu opositor, com o interesse público do povo brasileiro.
Reside aí a incomensurável diferença entre um estadista e um golpista.
AUSÊNCIA
Exceto pelo senador
Confúcio Moura, provavelmente os demais membros da bancada federal de Rondônia
vão boicotar a visita presidencial para o lançamento da ponte que liga
Guajará-Mirim a Guayaramerín. É uma obra grandiosa e única no estado, fazendo a
ligação terrestre com a Bolívia, e a ausência de parte das nossas autoridades
políticas não significará perda de apoio eleitoral, pelo contrário, uma
realidade que reflete o anti-lulismo do rondoniense.
LINGOTE
A apreensão de cem
quilos de ouro em Roraima pela PRF dá pistas de que o metal precioso tenha
origem na garimpagem ilegal de Rondônia. Quem navega pelas águas do Madeira,
que margeiam o município de Porto Velho, testemunha a imensa quantidade de
dragas que exploram ilegalmente o ouro sem um combate diário das autoridades. É
uma exploração danosa não apenas do ponto de vista da evasão de divisas, mas,
sobretudo, pela forma predatória de uso criminoso do mercúrio como meio de
separação do metal dos sedimentos do Madeira. A cada lingote extraído, são
lançadas quantidades enormes de mercúrio no rio, contaminando os peixes e as
águas. Não bastam ações eventuais, é preciso combate diário a esse crime, antes
que seja tarde.
ENTREVISTA
O secretário de
Estado do Meio Ambiente, Marco Antônio Lagos, em entrevista ao podcast Resenha
Política - que vai ao ar na próxima semana - avisou que a pasta não
aceitará a instalação anárquica de ações predatórias aos interesses ambientais
sob sua responsabilidade e, portanto, aplicará a lei àqueles que insistirem em
descumprir a legislação ambiental. De acordo com ele, as queimadas que causaram
tantos problemas no ano passado não causarão neste ano na mesma proporção.
CAOS
Segundo o secretário,
este ano as queimadas ocorrerão outra vez, mas em densidades menores do que no
ano passado. “Estamos atentos para combater todos os crimes ambientais. Como
há, tradicionalmente, uma insistência cultural em tocar fogo em pastagens,
terrenos e roças por ser mais barato e vantajoso, atuamos preventivamente
explicando os malefícios que essa prática causa à saúde e à cadeia ambiental
estadual, mas também atuamos de forma firme e ostensiva para que não se repita
o caos ambiental de 2024”, disse Marco Antônio Lagos.
REPERCUSSÃO
A entrevista com o
irmão do governador, Sandro Rocha, atual diretor-geral do Detran, teve enorme
repercussão em razão das denúncias sobre supostos malfeitos na pasta, por, em
tese, privilegiar uma empresa da qual ele foi diretor pouco antes de assumir o
cargo. Rocha respondeu a todos os questionamentos e adiantou que não teme
eventuais investigações relacionadas aos fatos tornados públicos.
Amanhã, no mesmo podcast Resenha Política, entrevistaremos o
empresário da comunicação Everton Leoni. Ele faz revelações sobre seu retorno à
vida política que nem em seus próprios veículos foram divulgadas. Além da
expertise na área, Leoni traz um relato interessante sobre sua ascensão
empresarial desde que arrendou a primeira rádio da capital, que pertencia à
Igreja Católica. Rebate, no entanto, um boato surgido à época de que teria se
apropriado “na mão grande” desse veículo de comunicação. Vale a pena conferir.
AUTOCONTENÇÃO
Na próxima
terça-feira, no podcast, Márcio Nogueira, presidente da OAB-RO, faz críticas ao
STF e aponta a autocontenção como caminho para o melhor desempenho das funções
da nossa corte constitucional. Na sua opinião, o tribunal deveria voltar a
julgar questões de natureza estritamente constitucional e evitar atrair
matérias típicas de instâncias inferiores, que denotam intromissões
desnecessárias à sua atuação — a exemplo das ações criminais em andamento.
Crítico voraz da sentença do Tribunal Superior Eleitoral que inabilitou Jair
Bolsonaro por abuso de poder político na reunião com embaixadores, Nogueira não
vê naquele encontro elementos robustos para a caracterização do crime que
deixou o ex-presidente inelegível.
LOROTA
O ex-vereador de
Ariquemes, Rafael Fera, tomou posse como deputado federal, substituindo o
deputado Lebrão, após novo entendimento do STF sobre o cálculo das sobras de
votos para as vagas. É lorota que ele perderá a vaga para o suplente em razão
da cassação do mandato de vereador.
Nas eleições estaduais passadas, quando Fera disputou o cargo de deputado
federal, seus direitos políticos estavam em conformidade com a legislação
eleitoral, razão pela qual sua candidatura foi deferida. A insurgência dos
suplentes é puro jus esperneandi — ou seja, lorota, nada mais.
LERDEZA
Ainda aguarda
julgamento no Tribunal Regional Eleitoral uma ação contra candidaturas falsas
de partidos que supostamente burlaram as cotas femininas nas últimas eleições
de vereadores na capital. Já houve cassações no interior de vereadores eleitos
por meio dessa fraude, o que pode se repetir em Porto Velho.
O correto seria que os processos que questionam manipulações das regras
eleitorais tramitassem com maior rapidez, para servir de exemplo nas próximas
eleições.
Outro caso envolve rumores de abuso de poder por um ex-secretário municipal,
com elementos razoavelmente robustos de crime eleitoral ocorrido na entrega de
casas habitacionais. A lentidão irrita os que disputaram e perderam a eleição,
embora a Justiça siga um rito processual necessário para evitar nulidades
constitucionais.
RIFADO
O gesto de Jair
Bolsonaro, divulgado nas redes sociais ao escrever na camisa do senador Marcos
Rogério a frase “meu senador”, pode ser um péssimo sinal para o bolsonarista
Bruno Scheid, pré-candidato ao Senado por sugestão do ex-presidente.
PULVERIZAÇÃO
A princípio, Marcos
Rogério (PL) tem seu nome bem avaliado para governador, mas nunca escondeu que
sua decisão sobre a candidatura estará condicionada ao apadrinhamento do
ex-presidente. Mesmo com duas vagas senatoriais, não há espaço no mesmo partido
para dois candidatos com o mesmo perfil, especialmente do mesmo colégio
eleitoral.
Some-se a isso a profusão de candidaturas ao Senado professando a mesma matriz ideológica,
o que termina por pulverizar os votos e abrir caminho para um candidato com
perfil mais ao centro.
ANONIMATO
Na hipótese de Marcos
Rogério desistir do governo e disputar a reeleição, Bruno Scheid será rifado.
Com Bolsonaro preso e sem poder declarar apoio nas eleições, ele retornará ao
anonimato mais rápido do que imagina. Política tem um tempo que nem o próprio
tempo sabe a hora de decifrar. Quem habita o anonimato, anônimo sempre voltará.
APOSTA
Mesmo o PSDB sendo hoje um partido nanico e sem a mesma força política nacional que ostentou durante a década passada, o lançamento da pré-campanha de Hildon Chaves mais de um ano antes das eleições é uma aposta correta que faz para se massificar a candidatura. É cedo para avaliar se a jogada dará certo, mas ao se lançar antecipadamente mostra que esta no jogo e dribla momentaneamente as incertezas sobre o futuro político. Tem tudo para fazer do PSDB rondoniense uma legenda forte, embora pouco conhecido no interior, o tempo está a ser favor para avançar sobre os concorrentes. Vencer esta partida é outro papo, uma vez que eleição em Rondônia é definida nos minutos finais. Ele próprio é exemplo do imponderável eleitoral. E analisa o cenário para repetir a aposta.
Veja a entrevista:
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