Quinta-feira, 9 de outubro de 2008 - 10h30
Toda violência cometida contra crianças e adolescentes deve ser denunciada
Os crimes de violência sexual contra crianças são mais comuns do que se imagina. Em Porto Velho, só no primeiro semestre de 2008, aproximadamente 60 casos de violência sexual, intra e extra familiar, foram encaminhados para o atendimento psicossocial da Vara de Crimes contra a Criança e o Adolescente, que também é especializada no Atendimento à Mulher Vítima de Violência Doméstica e Familiar. Os números apontam um alto índice de crimes sexuais cometidos por familiares. Cerca de 30 deles envolvendo padrastos e tios. Outros 20 crimes foram praticados por conhecidos da família e seis, por desconhecidos.
De acordo com a assistente social Maria Inês Soares de Oliveira, a pedofilia pode ser caracterizada como uma patologia, transtorno de preferência sexual por crianças e adolescentes no início da puberdade. Na maioria dos casos, as vítimas são meninas e os números poderiam ser ainda maiores, caso as vítimas fossem encorajadas a denunciar mais. "A pedofilia e parafilias (exibicionismo, fetichismo, masoquismo, sadismo, voyeurismo) fazem parte do mesmo grupo de transtorno. Elas são caracterizadas como situações incomuns capazes de ocasionar sofrimento clinicamente significativo na vida da pessoa ou de suas vítimas", explica a assistente social.
Tratamento diferenciado
Para atender às crianças vítimas de violência sexual, a Vara especializada conta com uma sala especial, equipada com objetos que possam distrair a criança e fazer com que se sinta segura. Com uma roupagem diferenciada, a sala proporciona um ambiente agradável e capaz de transmitir conforto e segurança às vítimas. Além da estrutura física, um psicólogo e uma assistente social estão presentes para acompanhar a vítima, seus familiares e até mesmo o acusado. Após todo o trabalho, realizado com técnicas psicossociais, os profissionais elaboram laudo com dados que possam comprovar possível violência sexual.
Inês Soares fala ainda das dificuldades de lidar com as vítimas. "Encontramos um grande problema com a criança. Ela teme ser desacreditada e acusada, envergonha-se de abordar as violências sexuais, sente-se responsável pelo destino do agressor, principalmente se este for membro de sua família. Vale destacar que, durante o período de acompanhamento, podem sofrer pressões e chantagens por parte dos familiares. Por isso, utilizamos uma linguagem condizente com a capacidade de entendimento da criança. É necessário explicar-lhe tudo o que está acontecendo e a família não pode permanecer omissa diante do crime cometido".
Toda violência cometida contra crianças e adolescentes deve ser denunciada pelo disque 100 ou pelos telefones 3901-3255 ou 3901-3252. As denúncias são anônimas.
Fonte: Ascom - TJ RO
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