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Política

SOLANO FERREIRA COMENTA 'AS MULHERES PMS'


MULHERES PMS

A manifestação das mulheres de PMs tem levantado a lebre para algumas questões. Vamos lá:

PRIMEIRO:

Porque há um silêncio tão grande na PM? Está claro que há conivência de toda PM e Bombeiros com essa mobilização. Como pode umas dez mulheres fechar um Batalhão de uma polícia acostumada a fazer desintrusões de risco, como reintegração de áreas controladas por sem terras? Como pode umas dez mulheres fechar os portões de um quartel de Bombeiros acostumados a abrir todo tipo de portas em ações de combate? É claro que ninguém está preocupado com o fechamento dos portões.

SEGUNDO:

É certo que para evitar danos ao movimento, os rebelados preferiam ferrar com a população e poupar vossas excelências. Como assim? É simples. Basta verificar se está faltando policiamento nos Fóruns, no Ministério Público, nas guardas aos Oficiais militares, na Assembléia Legislativa, na Cia de Ajundantes de Ordem, e por aí vai. Como o Povo é Povo; dane-se. 


TERCEIRO:


Há também fator político por trás dessa mobilização que pode ser vista também como motim, já que os PMs estão dentro dos quartéis cumprindo expedientes sem trabalhar, e no final do mês receberão o dinheiro pago pela sociedade/comunidade. Uma semana antes de iniciar essa mobilização, um deputado eleito pela PM articulou sem sucesso, um projeto de promoção dentro da PM mudando os critérios. Seria mais ou menos assim: o cabra poderia ser promovido simplesmente por ter atingido determinado tempo. E critérios como comportamentos; como ficariam? E a folha de pagamento no futuro como ficaria? Teríamos uma PM cheia de graduados sem necessidade ou sem espaço para tantas estrelas nos ombros? Parece que existe quantitativo de vagas por classes. Como ficaria sem os demais critérios? Desde que a PM de Rondônia existe, os critérios de promoções são os mesmos e conhecidos por todos que prestaram concurso, fizeram juramento aceitando a norma, e agora querem virar o jogo no tapetão, colocando a população em risco?

QUARTO:

É provável que os mais graduados estejam rindo à toa com tudo isso. Estão guardados e protegidos e dane-se o povo. É que existe internamente um grupo forte e machista que não aceita ser comandado por uma saia como dizem no jargão militar. Em outras palavras, esse grupo não aceita uma mulher no comando da PM. Puro machismo mesmo. A atuação da comandante de saia tem sido exatamente como os comandos passados dos de calças compridas. Até que ponto o machismo pode sair de uma instituição e atingir uma população? É contraditório. Se machos não aceitam ser comandados por uma mulher, nesse caso, parece que quem está mandando nas casas são as mulheres esposas.  Bem. Só espero que no final de tudo isso que os policiais tenham algum ganho. Já pensou se esse movimento gere força no alto comando e os estrelados ganham e os praças não? E se tiver conseqüência para os policiais que as esposas se envolveram nas mobilizações? Será que os praças terão o apoio dos graduados para preservá-los?

QUINTO:

Ninguém tá nem aí mesmo pra situação. Será que vai ser preciso um caos total para que seja encontrada uma alternativa. Ou então que uns ‘Vossas Encelências’ sejam pegos por marginais; sejam sacaneados por bandidos; tenham a família refém; algo assim para que sintam na pele o que a sociedade costuma sentir? Ah! Isso pode não acontecer. É que o policiamento para essa camada social, parece que continua normal.

SEXTO:

Acho que o movimento ganharia apoio popular e força política se invertesse a estratégia. Manteria a sociedade guarnecida e faria a retirada das tropas que sevem os detentores do poder.

SÉTIMO:

Ah! Estava me esquecendo. Por que a Força Nacional não foi enviada? Foi para o Rio para proteger obra do PAC, entregou jovens para a morte, mas não vem para proteger a população rondoniense? Hum! O fator parece mesmo ser político. Sim. Mas entre governo e oposição o que o cidadão comum tem a ver com isso?

OITAVO:

Se a mobilização é justa ou não, neste momento não vem ao caso. O que devemos considerar é que a sociedade que paga os impostos para que tenha segurança pública, não pode ser a única prejudicada dos desarranjos do Poder. Envolver em risco uma população inteira numa questão de classe é muito abuso. Segurança pública é DIREITO e não dever. Direito de um povo que paga por isso e dever dos poderes e dos servidores públicos contratados pra isso. Na iniciativa privada, quem não está satisfeito costuma se aperfeiçoar e buscar novas oportunidades. No serviço público, como o dinheiro é do povo, e ao povo nada, cada categoria tira o direito da população por um tempo em busca de ganhos. O incrível é que sempre leva. E o povo nem percebe. Infelismente, povo é povo.  

FONTE: SOLANO FERREIRA - agora BLOGando

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