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Semur entrega TA de Obra à cooperativa do Projeto Reca


O secretário municipal de Regularização e Habitação de Porto Velho, Christian Camurça, entregou na última semana o Termo de Anuência de Obra à Cooperativa Agropecuária e Florestal do projeto Reca, fixada em Nova Califórnia, distrito distante 370 km da capital, por considerar um dos modelos mais bem-sucedidos em adoção de alternativa econômica sustentável de desenvolvimento. O documento foi entregue ao gerente comercial da cooperativa, Hamilton Condack que agradeceu o empenho e reconhecimento da prefeitura. “Este termo servirá para o Reca implementar o projeto 'Concretizar' que visa construir uma nova unidade de beneficiamento e ainda a aquisição de veículos, contratação de pessoal e reflorestamento de 300ha num valor total estimado em 4 milhões e 490 mil reais. Só temos a agradecer pela parceria que temos recebido da prefeitura e esperamos que seja ampliada ainda mais”, declarou Hamilton.

Conhecido internacionalmente, o Projeto Reca produz polpas de frutas, licores, geleias, doces, sabonetes, picles e oferece matéria-prima para a indústria de cosméticos e alimentação. A cooperativa do Reca processa também em pequenas quantidades o araçá boi, acerola, maracujá, abacaxi, goiaba e mel. Atualmente 350 famílias estão associadas à cooperativa e outras 600 trabalham indiretamente com o projeto. Organizadas em associações, as famílias vendem os frutos colhidos para a cooperativa que são processados e vendidos para outros estados brasileiros. O total de área plantada pelo Reca chega a três mil hectares.

O secretário da Semur destacou que hoje o Reca vem superando todas as expectativas comerciais. “Este e um projeto brilhante, que vem gerando empregabilidade, renda e fixando as famílias no campo. E a Prefeitura deve apoiar este tipo de projeto que inclusive já ganhou reconhecimento internacional. Hoje inclusive vende matéria-prima para empresas multinacionais de cosméticos e em breve ganhará ainda mais destaque com a ampliação de suas atividades”, disse ele.

De acordo com o gerente do Reca a cooperativa superou mais de um milhão de quilos de frutos em uma safra, mais de 350.000 quilos de polpa de cupuaçu, 100.000 quilos de sementes secas e fermentadas, 40.000 quilos de manteiga de cupuaçu, 31.500 latas de castanha, 50.000 quilos de óleo de castanha, mais de 256.500 hastes de pupunha, cerca de 72.000 quilos de palmito beneficiado, 186.000 quilos de polpa e320.000 quilos do fruto de açaí e também comercializou em torno de 30.000 quilos de sementes de pupunha. “Nossa pretensão é aumentar nossa produção por exemplo do Cupuaçu em 50%, do palmito de pupunha em 150%, as sementes de pupunha em 76%, a castanha temos condições de trabalhar com as áreas de extrativismo, mas a produção das áreas implantadas em 200%, e o açaí, também estamos prevendo aumentar 100%, também aproveitando o extrativismo e o início da produção das áreas que foram implantadas”, reforçou.
O projeto

O investimento no sistema agroflorestal iniciou com o cupuaçu, seguido do palmito e a pupunha, que atualmente soma a maior parte da produção. Depois foram somadas ao cultivo a castanha da Amazônia e o açaí. De acordo com Hamilton, o Projeto Reca tem como origem um grupo de agricultores oriundos de várias partes do Brasil, que foram assentados em uma demarcação do Incra, no antigo seringal Santa Clara. “Na época os agricultores assentados ficaram em uma condição difícil, sem apoio e com surtos de doenças. Iniciaram seus trabalhos de desbravar as terras e logo também perceberam que aqui as terras não eram como no sul ou sudeste, que aguentava o sol e ao serviço de tombamento”, disse. O gerente lembra ainda que devido a estes e outros problemas é que os agricultores, na então difícil época, começaram a se reunir e discutir como fazer para sobreviverem em um local tão distante (370 km de Porto Velho e 150 km de Rio Branco as capitais e cidades mais próximas).

Os mesmos juntaram com os seringueiros (povos antigos da região) e começaram a discutir uma forma alternativa que desse condição de melhorar a vida de todos e que fosse adaptada ao clima e forma de vida dos povos locais. “Juntando os conhecimentos de organização e cooperação dos povos vindos das outras regiões com os conhecimentos dos povos da região, sobre a floresta (plantas frutíferas, melhor época de trabalhar e outros. Começaram então a discutir um projeto para a implantação de sistemas agroflorestais, onde escolheram exatamente, plantas nativas e bem conhecidas da região, além de serem frutíferas. Ao final de muita discussão foi elaborado um projeto, segundo ele, e os primeiros recursos foram destinados à implantação de 200 ha de Saf´s, onde foram implantadas pupunheira para frutos, cupuaçuzeiros e a castanha do Brasil.

A cooperativa já recebeu oito prêmios pela organização social e pelo desenvolvimento sustentável. Três deles foram de organizações internacionais ligadas ao meio ambiente.

Fonte: Meiry Santos/Reca

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