Sexta-feira, 18 de novembro de 2011 - 12h21
Durante dois dias, entre 17 e 18 de novembro, nesta quinta e sexta-feira, Porto Velho está sediando o 1º Seminário em Rondônia sobre Babaçu, um encontro para se discutir alternativas para se incrementar as diversas produções ligadas à planta e ao fruto e implementar uma cadeia produtiva para o mercado internacional. O secretário municipal adjunto do Meio Ambiente (SEMA), Flávio Moraes, foi um dos palestrantes no primeiro dia de debates, falando da importância do diálogo com outros parceiros sobre projetos ligados ao babaçu.
Nesta sexta-feira à tarde, ele será um dos mediadores das discussões, durante a apresentação dos trabalhos em grupo e a plenária de deliberações. O seminário está sendo promovido pela organização Índia Amazônia, Cooperlândia (Cooperativa agropecuária e Extrativista dos Agricultores de Jacilândia) e pelo Sebrae, com o apoio da Prefeitura de Porto Velho, através da Sema, e também pelo Governo do Estado de Rondônia.
Com o subtítulo Sociobiodiversidade como alternativa de viabilidade econômica, solidária e conservação florestal, o encontro busca encontrar formas de se construir um mercado considerado mais justo para os produtores, como definiu o diretor do Sebrae, Wanderlei Marques, do Sistema Nacional de Comércio Justo e Solidário.
Cujubim
Durante à tarde, no primeiro dia de debates, participaram diversos produtores de associações e cooperativas que trabalham com o Babaçu no Estado, como a Asaex, Cooperlândia, Asproeli e a Ong Raiz Nativa, de Porto Velho, que desenvolve na Capital um projeto pelo equilíbrio do Meio Ambiente com o manejo da cadeia produtiva do babaçu.
Segundo Flávio Moraes, a Sema desenvolve projetos com o babaçu ligados à educação ambiental, que procura incrementar o artesanato nas localidades de Cujubim Grande e Cujubinzinho, que geram renda a dezenas de famílias. “Estamos incentivando para que eles fabriquem as próprias embalagens dos seus produtos, agregando valor ao artesanato. Esse diálogo aqui hoje é importante para que ninguém trabalhe sozinho de forma isolada, no contexto da cadeia produtiva”, explicou.
Técnicos da Fundação Massambê, de Juazeiro do Norte, no Ceará, falaram sobre as experiências obtidas no Nordeste do País com a produção e o beneficiamento do babaçu. Isabel Cristina, da Sema, da Prefeitura de Porto Velho, falou sobre “a arte do babaçu”, apontando possibilidades de uso do fruto, da semente, do óleo, da palha e do mesocarpo da planta.
O babaçu
Planta dotada de frutos chamados drupáceos, com sementes oleaginosas e comestíveis das quais se extrai um óleo, o babaçu é empregado sobretudo na alimentação e na fabricação de medicamentos, além de concentrar pesquisas avançadas para a fabricação de biocombustíveis. Ao todo, são catalogados 68 diferentes subprodutos derivados do babaçu. Em Rondônia, ocorre produções de materiais de limpeza, como sabonetes, cosméticos, ração animal. Do mesocarpo é extraída a farinha, rica em sais minerais e que pode ser usada na fabricação de bolos, tortas, biscoitos e mingau, o que vem sendo aproveitado inclusive nos cardápios da merenda escolar. Da palha do babaçu, são feitos artesanatos como cestas e esteiras.
Ainda o lenho do babaçu é usado na construção de casas, enquanto que as folhas são utilizadas na cobertura, nas paredes, portas e janelas. O leite do babaçu e o óleo extraído de suas amêndoas são usados na alimentação. Da casca do coco é produzido carvão. Além de Rondônia, a planta também é comum nos estados do Maranhão, Piauí, Pará, Mato Grosso e Tocantins.
Fonte: Róbinson Gambôa
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