Terça-feira, 17 de abril de 2012 - 14h13
Um dia antes do prazo final para o Governo do Estado dar resposta a respeito do Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCR) dos servidores em Saúde, o secretário da pasta, Gilvan Ramos de Almeida, afirma que “da forma que o Plano está, nesse ano o governador não assina”. A declaração se deu durante reunião ocorrida nesta terça-feira (17), em Porto Velho, com representantes do Sinderon (Sindicato dos Profissionais em Enfermagem) e do Coren (Conselho Regional de Enfermagem).
A resposta do secretário desmonta as expectativas dos servidores que esperavam a assinatura do PCCR pelo Executivo Estadual e o encaminhamento para a Assembleia Legislativa, a fim de inclusão no Orçamento do Estado para 2013. Para o técnico de Enfermagem, Jorge Molina, que é lotado no Hospital Regional de Extrema, a implantação do plano é o sonho dos servidores da saúde. “Trabalhamos com vidas todos os dias, mas não somos valorizados. Nosso sonho é que, com a implantação do PCCR, nossa situação possa mudar”, frisou.
Reunido com os sindicalistas no último dia 26 de março, o secretário Gilvan Ramos pediu prazo para uma análise criteriosa do PCCR revisado (no qual foram mantidas as tabelas salariais) e para realização de estudo de impacto na folha de pagamento do Estado, sendo acordado 23 dias a partir daquela data - finalizando nessa quarta-feira, dia 18. Mas, a posição do governo veio um dia antes, e, de imediato, desencadeou revolta nos representantes dos enfermeiros que, logo após a reunião com o secretário, se reuniram com servidores no Hospital Cosme Damião, dando início ao chamado ‘movimento pró-paralização’.
O presidente do Sinderon, Ângelo Florindo, se mostrou indignado com a resposta negativa do secretário em relação ao PCCR, bem como com sua “postura sarcástica” (na interpretação de Ângelo) no tocante às reivindicações da categoria. “O secretário zombou da categoria de enfermagem, e deu risadas! Sendo que estamos lutando por valorização. É fácil rir estando na posição que ele está. Quero ver se esse pessoal do alto escalão do governo conseguiriam rir se estivesse vivendo a realidade dos enfermeiros, técnicos e auxiliares que, aqui em Rondônia, sofrem tamanha desvalorização, com uma remuneração vergonhosa!”.
“Tentamos o caminho do diálogo. Participamos de várias reuniões na Casa Civil e na Secretaria de Saúde, mas, infelizmente, o governo acha que estamos brincado! O que mostra que a alternativa que nos resta é a greve. E isso a categoria é quem vai decidir, e como Sindicato, vamos apoiar. Inclusive, já se forma um movimento no interior o Estado em prol da paralisação. Os servidores estão revoltados e indignados! Não aguantam mais tanto descaso por parte dos governos! Tem dinheiro p’ra tudo, mas quando o assunto é PCCR da Saúde, o Estado não tem dinheiro!”, indignou Ângelo Florindo em discurso aos servidores.
CONTRAPROPOSTA RECUSADA
Até ser aprovado o PCCR dos servidores da Saúde, o Sinderon, a exemplo da gratificação conquistada pelos médicos (por cirurgia), apresentou ao Governo uma proposta pedindo gratificação para os profissionais em enfermagem com os relativos valores: R$ 1.000,00 (mil reais) para Enfermeiros; R$ 700,00 (setecentos reais) para Técnicos e R$ 550,00 (quinhentos e cinquenta reais) para Auxiliares.
Já a contraproposta apresentada pelo secretário de Saúde, Gilvan Ramos, foi de aumento de apenas 11.4% em cima dos valores básicos da categoria, que é de R$ 953,62 (AUXILIAR), R$ 1.256,71 (TÉCNICO) e R$ 2.512,58 (ENFERMEIRO).
“Essa contraproposta absurda reafirma a nossa desvalorização, e, além disso, esse aumento proposto só entraria em vigor a partir de janeiro de 2013, reforçando a afirmação do secretário na reunião que tivemos com ele, quando disse que o governador não vai assinar o PCCR da Saúde”, concluiu Ângelo Florindo.
Fonte: Lucas Tatuí
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