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'Se alguém não está satisfeito, lamento', diz Lula sobre ocupação de cargos no governo


Chico de Gois - Agência O Globo BRASÍLIA - Ao chegar para o jantar com a bancada do PT na Câmara, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, disse que as divergências entre ele o partido são naturais, mas que estão afinados. Sem citar nomes ou tendências do partido, o presidente afirmou que não fará indicações de pessoas sem qualificação técnica e, se alguém não estiver satisfeito, ele apenas lamenta. - O PT sempre esteve afinado comigo e eu com o PT. As divergências fazem parte da história do PT. Muitas vezes parece absurdo aos olhos do leitor, mas, para nós, é o exercício da democraia - disse Lula, em entrevista na chegada ao jantar, defendendo, mais uma vez, a coalizão de 11 partidos: - Quando faço uma coalizão não peço submissão, mas compreensão para o que é importante. Na reunião do Diretório Nacional do PT, concluída no sábado, a maior queixa foi do Movimento PT, tendência do partido que tem 12 deputados - inclusive Arlindo Chinaglia (SP) - e nenhum ministério. Durante a composição do primeiro escalão do governo, o Movimento PT indicou o deputado Geraldo Magela (DF) para o MInistério das Relações Institucionais, mas Lula optou por Mares Guia (PTB). Perguntado especificamente sobre a queixa de petistas na reunião do Diretório, o presidente Lula respondeu: - Não discuto cargos, discuto ministérios e os partidos têm os ministérios. Não cabe ficar indicando para cargos quem não tem competência técnica. Se alguém não está satisfeito, lamento. Sobre a iminência de instalação da CPI do Apagão Aéreo no Congresso, o presidente disse que este não é um problema dele: - CPI é um problema do Congresso, que sabe a hora de fazer, como fazer e a hora de parar. Lula disse que pretende se reunir na próxima semana com todos os partidos que compõem a base de apoio ao governo. Segundo ele, esses encontros se fazem necessários para que a coalizão política esteja bem organizada e possa cumprir seu principal objetivo. - Votar no Congresso Nacional as matérias de interesse nacional - afirmou. Em entrevista à imprensa, Lula elogiou a Câmara por ter aprovado a maioria das matérias relativas ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). - A Câmara deu uma demonstração de competência ao votar praticamente todas as medidas do programa. Lula disse esperar que essa disposição repita-se daqui para a frente, já que o governo deve enviar nos próximos dias um pacote de medidas referentes à educação, de políticas sociais e de segurança. Lula não quis comentar a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que o absolveu de processo movido por PSDB e DEM (ex-PFL). O presidente disse ser contra a liberação do jogo de bingo no país. - Por isso, eu mandei uma Medida Provisória ao Congresso extinguindo esse tipo de jogo. Lamentavelmente, ela foi derrotada. Eu não pude fazer mais nada. Lula voltou a falar do debate no governo sobre a questão da Segurança Pública, explicando que estão sendo feitos diagnósticos, porque não se pode dizer que segurança é uma questão apenas de pobreza: - É preciso despertar uma utopia na juventude e é preciso também agregar a família nessa discussão contra a violência. Até às 22h, 70 dos 78 convidados compareceram, além de 13 ministros - todos usando carro oficial - e mais a senadora Ideli Salvati (SC), líder do PT no Senado. Crivella: Mangabeira criticou Lula porque só conhecia o governo pelos jornais O senador Marcelo Crivella (PRB- RJ) defendeu a nomeação de Roberto Mangabeira Unger para ocupar a Secretaria Especial de Ações de Longo Prazo. Segundo Crivella, as críticas de Mangabeira ao governo Lula já estão superadas e a decisão de Lula de nomeá-lo é uma mostra de superação das divergências. Crivella deu uma explicação curiosa para as críticas de Mangabeira ao governo Lula em 2005. Segundo o senador, Mangabeira estava nos Estados Unidos e só era informado sobre o governo pelos jornais. Crivella disse ainda que seu colega de partido refletiu melhor e percebeu que estava errado. Berzoini defende cooperação para discutir a composição de governo O presidente do PT, Ricardo Berzoini, informou que o partido ainda quer discutir a composição de governo com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. - Mas isso deve ser feito reconhecendo que nós temos de trabalhar em cooperação - disse. Após participar de jantar promovido pela bancada do PT na Câmara, na residência oficial do presidente da Casa, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), Berzoini avaliou como positivo o encontro: - O presidente, como sempre, reforçou a relação dele com a bancada do PT e com a própria história do partido. Sobre a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que na noite de terça-feira considerou improcedente a ação do PSDB e do DEM (ex-PFL) contra a reeleição de Luiz Inácio Lula da Silva, Berzoini disse que o tribunal, que é a parte competente, examinou os autos, examinou todas as informações. - Vamos acatar essa decisão - afirmou. O líder do PT na Câmara, deputado Luiz Sérgio (RJ), afirmou que na composição do governo, cabe a ele levar a bancada a ter um processo de unidade para dar sustentação ao governo no Congresso. E ressalvou que essa questão está sendo conduzida apenas pelos presidentes do partido e da República. Indagado sobre a possibilidade de instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Apagão Aéreo, o líder informou que se o Supremo Tribunal Federal decidir favoravelmente, "nós iremos à CPI".

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