Ruy Motta faz observações sobre a Carta de Porto Velho

No último dia 12, foi realizado o VII Fórum de Governadores da Amazônia Legal quando governadores e representantes dos nove estados que compõem a Amazônia Legal discutiram diretrizes para nortear a política social e econômica para a região, o que foi materializado no documento chamado “Carta de Porto Velho.”

Ruy Parra, fundador e umas das mais expressivas lideranças do Partido Democrático Trabalhista – PDT, ocupando hoje a vice-Presidência Regional e provavelmente candidato a senador pela sigla, “depois de debruçar-me horas” como ele mesmo disse, “ sobre as intenções e as propostas contidas na dita Carta de Porto Velho, resolvi emitir minha opinião como homem de partido e cidadão amazônida”.

O militante pedetista elogiou o governador Ivo Cassol pela sua iniciativa de sediar o Fórum e também pela sua postura de defesa permanente do Estado de Rondônia. Já quanto a Carta, Ruy fez algumas observações severas, dentre elas a que “Esta carta não fala nada da desesperança total que querem nos impingir com relação ao sonho de deflagrarmos um vigoroso processo de industrialização moderna no polígono Cuiabá-Porto Velho- Manaus- Santarém. Seus vértices serão os pólos industriais de transformação de produtos naturais, além de bens de capital . Os eixos serão os corredores de desenvolvimento sustentável, contemplando ferrovias , rodovias , hidrovias , hidrelétricas , em faixas de dezenas de quilômetros também para produção agropecuária, extrativista e de manejo florestal. Para o horror das grandes potencias do mundo capitalista globalizado, esta é a vocação mínima para a nossa Amazônia. Recursos minerais, biodiversidade, logística moderna ( hidrovias), agricultura para alimentar um bilhão e quinhentos milhões de pessoas que passam fome no mundo. Tudo isto com sustentabilidade total, conservando natureza, mas sustentando também o ser humano e combatendo a pobreza”.

Outra preocupação de Ruy Motta é quanto a proposta do Código Florestal – “ este amontoado de distorções que ameaçam seriamente o desenvolvimento da Amazônia. E o perigo é imenso ! Depois das eleições a lei pode ser imposta pelo executivo , goela abaixo da Amazônia, por que é isso que as patroas ONGs estrangeiras estão loucas para fazer. Não deveria a Carta de Porto Velho alertar, se insurgir , reclamar, implorar uma apreciação mais correta e patriótica do Código Florestal ? Por que não está nada cor de rosa a coisa! A continuar assim , estamos é “lascados” na Amazônia, como diz nosso cabloco”.

Faz-se necessário nesse momento, segundo Ruy Motta, “Repudiarmos e desmascararmos o ambientalismo internacional que só quer bloquear a Amazônia, desconstruir nossa soberania, criar intransigências, injustiças, conflitos e nos colonizar novamente”. Para Motta todo esse bloqueio de obras para suporte do desenvolvimento da região “é comandado pelos interesses econômicos das grandes potências , mas está contando com a conivência do governo brasileiro, se ele continuar a seguir a cartilha das ONGs estrangeiras”.

Finalizando disse que não se pode deixar de admitir que a proposta de se reunir os maiores dirigentes da Amazônia para discutir o futuro da região é fato pertinente e elogiável, mas no entanto, não se pode deixar de observar que o foco das discussões deveria ser os principais problemas que há muito tempo atravanca o nosso desenvolvimento sustentável. 

Fonte: Ascom PDT