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Prefeitura viabiliza primeira venda direta de lixo reciclável da Vila Princesa


A prefeitura de Porto Velho presta orientação, capacitação e apoio aos catadores e lixo da Vila Princesa há cerca de dois anos. Das 500 famílias que moram no local, 150 sobrevivem da coleta de lixo, mas nunca tinham sido orientadas e capacitadas para melhorar a qualidade do trabalho. Neste período os catadores se organizaram, fundaram uma associação e estão vendendo o material reciclável catado no lixão, diretamente para as indústrias.
 
Esta semana os trabalhadores da Vila Princesa fecharam uma venda diretamente com os compradores de Manaus. Cerca de 12 toneladas de material reciclável entre garrafas peti e outros plásticos em geral, foram entregues já prensados por mais de R$ 5.500,00. Antes o material era entregue aos atravessadores que ganhavam muito dinheiro em cima do trabalho dos catadores. Pagavam apenas 35 centavos pelo quilo do material. Diretamente com o comprador em Manaus, os catadores conseguiram vender por 55 centavos o quilo. E ainda conseguiram acertar um fornecimento a cada 15 dias, durante um ano para esta empresa, independente da temporada de inverno, quando as chuvas na região atrapalham o serviço de coleta e a quantidade do material diminui.
 
O Programa de Inclusão Social dos Catadores e da Cadeia Produtiva dos materiais recicláveis é desenvolvido pela Prefeitura através das secretarias de Desenvolvimento Socioeconômico (Semdes), de Serviços Públicos, de Assistência Social e de Meio Ambiente, que entre os programas desenvolvidos estão os de organização social e o de geração de renda .
 
A prefeitura tem um projeto para implantar a coleta seletiva na capital. Enquanto o projeto segue os trâmites legais como avaliação e licitação, os catadores vão sendo preparados para o futuro. Nos últimos meses, representantes dos catadores da Vila Princesa foram a Belo Horizonte, onde participaram de oficinas, seminários e capacitação sobre coleta de lixo. Além disso os catadores têm a oportunidade de trocar experiências com catadores de outras regiões do país.
 
A Associação de catadores Sol e Luz  conta hoje também com o apoio e parceria de algumas instituições, como o Banco do Brasil e o Instituto Nacional de Catadores de Lixo. 
 
Para a assessora técnica da Semdes e uma das coordenadoras do projeto, Elza Maria dos Santos, o trabalho dos catadores evoluiu muito nos últimos dois anos. “Eles mesmos são muito agradecidos e falam que hoje eles são respeitados e tratados sem discriminação. Eles dizem que só recebiam atenção dos atravessadores, das pessoas que doavam cestas básicas, fazendo com que eles se sentissem  como coitados ou políticos interessados em votos na época de campanha.Hoje eles tem perspectivas, tem projetos. Hoje eles são realmente sol e luz”, argumentou a coordenadora.

Fonte: Ascom

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