Quinta-feira, 6 de outubro de 2011 - 19h47
A operação promovida pela prefeitura para retirar 98 famílias da região do Baixa da União e Triângulo exigiu nesta quinta-feira, dia 6, um esforço conjunto que envolveu quatro secretarias municipais e mais de 150 pessoas, entre servidores municipais e apenados do sistema carcerário, que auxiliaram no carregamento dos móveis dos moradores. A liberação da área, situada em frente ao Fórum Eleitoral Lourival Mendes Souza, vai facilitar a construção do Parque das Águas, que será instalado na região do Cai N’água, num investimento de R$ 14 milhões. A retirada das famílias da área considerada de risco, principalmente devido às enchentes, faz parte do programa Igarapés do Madeira, encabeçado pela secretaria municipal de Regularização Fundiária e Habitação (Semur). No ano passado, outras 240 famílias foram retiradas das proximidades e levadas para um condomínio construído pela prefeitura.
Caminhões e até caçambas das secretarias municipais de Obras (Semob), Projetos Especiais (Sempre) e Serviços Básicos (Semusb) transportaram os móveis dos moradores para o novo conjunto habitacional construído a cerca de três quilômetros dali. Quase todas as moradias que tiveram que ser abandonadas eram de madeira, a maioria tábuas usadas. No novo bairro, as famílias ganharam moradias em alvenaria, germinadas e com amplo espaço no terreno para futuras ampliações. Foi o caso da dona de casa Catiane Silva Pestana, de 33 anos. Há sete anos, ela e o marido compraram uma casa no Baixa da União, sem saber que ocorriam alagamentos a cada chuva mais forte. “Sair daqui é uma bênção de Deus. Aqui vivemos em situação desumanizada. Agora, temos a oportunidade de um recomeço, de uma vida nova”, disse.
A aposentada Zimar Nascimento, de 54 anos, também gostou da nova moradia. “Graças a Deus não vou mais passar por depressão. Foram 12 anos de depressão aqui nesse lugar”, salientou. Zimar vivia com mais sete pessoas numa moradia de madeira. Assim que foi retirado seu último móvel, os operários começaram a demolição.
Fim das enchentes
Enquanto os carregadores retiravam seus móveis da casa, Maria Auxiliadora Rodrigues, de 52 anos, aproveitava para tirar fotografias. “Quero guardar de lembrança”, explicou. Para ela, a nova moradia de material é “ótima”. “Nessa noite nem consegui dormir. Quero aproveitar o espaço do terreno para construir”, disse. A placa anunciando a venda de salgados e refrigerantes, que Maria mantinha afixada pelo lado de fora da casa, foi levada para o novo endereço. “Vou manter meu negócio”, completou.
Sharlane Soares Oliveira, de 36 anos, morava numa pequena casa entre oito pessoas, no final da rua Euclides da Cunha. “Lá será melhor. Aqui todo ano alaga e a gente perde tudo”, explica. Nem todas as famílias que ocupam a aérea no Baixa da União estão sendo transferidas nesse momento. Algumas ainda aguardam a conclusão das obras em outro projeto habitacional que está sendo construído às margens da BR 364, próximo ao Cemetron, conhecido como Mato Grosso. É o caso de Patrícia Vasconcelos Bezerra, de 24 anos. Ela mora numa casa onde vivem 10 famílias. Nesta quinta-feira, todos acompanharam a transferência dos vizinhos e, na sequência, a demolição das moradias. “Queremos que chegue logo a nossa vez. Não há condições de se morar aqui”, disse. Sharlane conta que quando a água sobe muito, geralmente após as chuvas mais fortes no período do inverno, é comum se encontrar cobras e até jacarés.
Bolsa-família
A secretária municipal de Assistência Social, Benedita Nascimento, sua adjunta Edna Vasconcelos, e a chefe de gabinete da prefeitura, Miriam Saldaña, acompanharam de perto a operação. Benedita aproveitou para conversar com moradores e moradoras e saber se todos estão incluídos nos programas sociais do Governo, como o Bolsa Família. Miriam preferiu auxiliar na logística que ordenava a distribuição dos caminhões que faziam as mudanças. A operação começou logo cedo. Retroescavadeiras da prefeitura puseram abaixo as paredes de madeira, telhados e cercas, que logo foram recolhidos para reciclagem.
Outro que estava contente com a troca da casinha de madeira numa área de risco por uma casa de material em terreno urbanizado e com infra-estrutura, foi Maiquel Samaro, de 25 anos. No Baixa da União, Maiquel morava com a esposa na mesma casa com a sogra e o sogro. Agora, cada casal ganhou uma nova moradia e vão poder viver como vizinhos, cada um no seu canto. “Só de saber que não sofreremos mais com a enchente, é a vida que sempre sonhamos”, afirmou.
O projeto arquitetônico do Parque das águas, que vai ocupar toda a área entre o porto Cai N’água, o Triângulo e o Baixa da União, vai incluir a construção de mirantes e um píer (passarela sobre a água, suportada por largas estacas ou pilares) que vai avançar sobre o rio, oferecendo uma vista privilegiada do Madeira, além de quadras poliesportivas, espelho d'água, tanque com plantas aquáticas, estacionamento, banheiros e observatório de pássaros. Além disso, a área será reflorestada.
A prefeitura vai transformar o Parque das Águas e toda orla do Rio Madeira em um dos mais importantes cartões postais de Porto Velho, fazendo com que a cidade fique de frente para o rio.
Fonte: Róbinson Gambôa
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