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PF: Efetivo é baixo para fiscalizar tráfico de drogas em fronteiras brasileiras



Paula Laboissière
Agência Brasil

Brasília - O Brasil tem cerca de 14 mil quilômetros de fronteira a serem fiscalizados na tentativa de interromper uma das principais rotas do tráfico de drogas rumo à Europa.

O coordenador geral de Repressão a Entorpecentes da Polícia Federal (PF), delegado Paulo Gomes, afirma, entretanto, que o efetivo é baixo, o que dificulta o combate e o controle das drogas que entram e saem do país.

"O problema é que temos pouca gente para fiscalizar, de todos os órgãos do governo. Fica difícil fazer uma fiscalização eficaz. A estrutura não é adequada pela dimensão da fronteira. Precisaríamos, talvez, de alguns milhares de policiais ali, talvez da presença das Forças Armadas."

Gomes ressaltou que, diante da reduzida capacidade policial, a saída encontrada pela PF para fiscalizar as fronteiras é usar os centros de inteligência, que procuram detectar os principais pontos de entradas das drogas. De acordo com o delegado, em alguns aeroportos também são realizadas ações que buscam evitar a entrada de drogas sintéticas provenientes da Europa. Já na Região Nordeste, o trabalho da PF é o de erradicar as plantações de maconha.

O delegado disse que a Polícia Federal tem apoio da Força Aérea Brasileira. "Já fizemos cinco ou seis apreensões neste ano. Usamos também, eventualmente, a Marinha. E temos trabalho conjunto com as polícias da Bolívia, do Peru, da Colômbia e do Paraguai. E algumas bases de inteligência nas regiões de fronteira. Depois que a droga chega nos grandes centros, fica difícil uma atuação específica nossa."

Apesar da reclamação, o delegado garante que as apreensões de droga no Brasil têm aumentado. Dados da Polícia Federal indicam que, de 2006 para 2007, a quantidade de drogas apreendidas passou de 14 toneladas para 17 toneladas. Neste ano, a PF já apreendeu 8,5 toneladas e a previsão, até o final do ano, é de que até 19 toneladas sejam apreendidas, informou Gomes.

"Temos um trabalho nos aeroportos, principalmente do Rio e de São Paulo, pela entrada do ecstasy, que é uma droga que está começando a ser exportada para o Brasil em grande escala."

O representante do Escritório das Nações Unidas contra Drogase Crime (Unodc) para o Brasil e para a América do Sul, Giovanni Quaglia, confirmou os limites da fiscalização brasileira nas fronteiras e lembrou que o Brasil é vizinho não apenas dos três maiores produtores de cocaína do mundo – Colômbia, Peru e Bolívia – como também de um dos principais produtores mundiais de maconha, o Paraguai.

"A Polícia Federal e a Polícia Rodoviária estão fazendo um trabalho bastante importante mas que claramente tem as suas limitações."


 

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