Quinta-feira, 23 de abril de 2009 - 10h20
Cerca de cinco milhões de pessoas que vivem no isolamento na Amazônia estão a "significativo passo" de se integrarem definitivamente ao restante do país de forma política, econômica, social e física, através da pavimentação e reconstrução da BR 319 que liga Porto Velho a Manaus (AM).
A expectativa é do deputado federal Ernandes Amorim (PTB) ao anunciar apoio ao empreendimento durante a primeira audiência pública para apresentação e discussão do Eia-Rima (Estudo e relatório de impactos ambientais), realizada na noite de quarta-feira, nas dependências lotadas interna e externamente - do ginásio coberto da Escola Municipal Irmã Carmem, em Humaitá (AM). Nesta quinta-feira (23), a partir das 19 horas, nova audiência com mesmo objetivo será realizada no auditório da Ulbra, em Porto Velho.
As audiências solicitadas pelo Ibama visam dar publicidade à comunidade sobre o Eia-Rima conduzido pelo empreendedor, o Departamento Nacional de Infra-Estrutura e Transportes (Dnit), para assegurar o processo de liberação das licenças ambientais para pavimentação de um trecho de 405 quilômetros da rodovia entre Humaitá e a localidade denominada de Careiro, já próximo a capital do Amazonas. O restante da rodovia, outros 400 quilômetros já estão em adiantadas obras de pavimentação nos 200 quilômetros que ligam Humaitá a Porto Velho, e do Careiro a Manaus.
"É com muita alegria que venho aqui prestar apoio a esse empreendimento, a essa luta que é do Governo Lula, do ministro Alfredo Nascimento (Transportes), de Miguel de Souza (diretor nacional de Planejamento do Dnit), mas principalmente nossa, de todo o povo da Amazônia e do Brasil. Eu trabalhei nessa estrada transportando banana de Porto Velho a Manaus na década de 80, sofri com malária nessa região. Conheço as dificuldades e o isolamento que todos padecem por isso esse empreendimento tem nosso apoio em todas as audiências e em todo o rito para liberação das obras que acreditamos sejam iniciadas, conforme cronograma do Dnit, ainda nesse semestre", disse Amorim.
O parlamentar se diz confiante com o Eia-Rima que prevê medidas compensatórias para evitar impactos ambientais, do componente forte governança, que assegura o envolvimento e a presença do Estado no atendimento das demandas de saúde, educação, infra-estrutura. "Mas principalmente na integração da Amazônia ao resto do país, ao acesso aos países andinos e também ao oceano pacífico. A possibilidade de promoção de negócios, turismo, de tirar do isolamento, por via terrestre, as pessoas que vivem no eixo da rodovia, mas também essa parte do Amazonas e também de Roraima".
Ao todo Ibama-Dnit devem realizar quatro audiências públicas para apresentação do Eia-Rima. Após Humaitá e Porto Velho seguem para Careiro, dia 27 e, dia 28, no Studio 5 em Manaus.
Fonte: Yodon Guedes
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