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Domingo, 9 de maio de 2010 - 08h32
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Não há mais tempo a perder. O cracktornou-se uma praga em todo o Brasil e hoje números não definitivos informam que há pelo menos 1 milhão e 200 consumidores diários desta droga infernal, que destrói o organismo, causa extrema dependência e mata em poucos anos. Pior ainda (se é que pode se piorar uma tragédia social desse tamanho: a idade média do início do consumo de crack é de 13 anos. A droga é terrível. Leva cerca de 10 segundos para fazer efeito, gera grande euforia e excitação, acelera a respiração e os batimentos cardíacos. Em seguida, vem a depressão e o delírio. Em poucos momentos, o viciado está desesperado por uma nova dose. É um poço sem fundo, um túnel do terror que não termina nunca. Cinco a sete vezes mais potente do que a cocaína, o crack é também mais cruel e mortífero do que ela. E possui um poder avassalador para desestruturar a personalidade, agindo em prazo muito curto e criando enorme dependência psicológica.
É essa droga que foi tomando conta das cidades e agora chega também à área rural. Desestrutura famílias, causa grande aumento de violência, porque o viciado rouba, assalta e até mata para conseguir suas doses e é das mais difíceis de serem deixadas. Por si só já é assustadora mas, há ainda outras somas pesadas. No Brasil, só cresce o consumo de maconha, cocaína e principalmente de consumo de álcool. No horizonte, infelizmente, não há nada que possa acenar como uma solução para essa grave crise da droga. A tendência, ao contrário, é piorar.
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