Quinta-feira, 24 de junho de 2010 - 05h15
Como se desenha o quadro político para governo no mês das convenções
Dejanir Haverroth*
Este é o mês das convenções, que se definem os nomes que concorrerão nessas eleições. As coligações em Rondônia começam a ser desenhadas e a cada passo é possível visualizar o quadro da disputa para alguns cargos. Veja algumas considerações sobre os prováveis candidatos ao Governo de Rondônia.
Provavelmente se concretizem quatro nomes na disputa. São eles: Expedito Junior (PSDB) - ex-senador e atual líder nas pesquisas de opinião; Confúcio Moura (PMDB) - ex-prefeito de Ariquemes e segundo colocado nas pesquisas; João Cahula (PPS) - atual governador, que vem com o apoio do grupo liderado pelo ex-governador, Ivo Cassol (PP); e o Deputado Federal Eduardo Valverde (PT). As expectativas dos envolvidos com os pleitos são muitas, e todos esperam que as coligações possam somar para a conquista dos seus objetivos. Vamos analisar caso a caso, a começar pelos mais cotados nas ultimas pesquisas.
O mais cotado nas pesquisas de opinião é o ex-senador Expedito Júnior. Ele já foi Deputado Federal por três mandatos, foi eleito Senador da Republica e cassado três anos depois por compra de votos. Sua campanha começou ainda no ano passado (2009), e por isso já atingiu o seu auge (cerca de 40%) nas intenções de votos. Atualmente seu índice é cerca de 30%. Dono de carisma e disposição para campanha que o distingue dos demais candidatos, Expedito percorre os municípios de Rondônia em busca de apoio das lideranças. Tem grande habilidade em lidar com a mídia e conquista amizades facilmente. Pesa contra ele a falta de um discurso convincente para o Governo. Ele nunca exerceu cargo no executivo e tem fama de ser desorganizado.
O segundo nas pesquisas é o ex-prefeito de Ariquemes, Confúcio Moura, com cerca de 22% das intenções de votos. Seu reduto maior é a região do Vale do Jamarí, com nove municípios e cerca de 150 mil eleitores. Nessa região ele conquistou três mandatos de Deputado Federal e dois de prefeito. Ganhou notoriedade pela administração feita no município de Ariquemes - trabalho reconhecido até pelos seus adversários políticos (leia-se família Amorim). Sua maior virtude como candidato é o discurso. Confúcio tem a oratória dos grandes estadistas e é de longe o melhor orador dentre os candidatos ao governo de Rondônia. Confúcio também tem a menor rejeição nas pesquisas de opinião.
O atual governador João Cahula (PPS) é o terceiro nas pesquisas de opinião, com algo em torno de 15% das intenções de voto. O PPS aposta no apoio do ex-governador Ivo Cassol para chegar ao segundo turno. Aliás, a candidatura de João Cahula é uma imposição do próprio Cassol que quer o terceiro mandato a qualquer custo. É, no entanto, uma missão difícil, já que existem muito mais pontos negativos que positivos pesando contra ele nessa campanha, além, da falta de carisma. Quando a oposição começar a mostrar, nos programas eleitorais, aquilo que a mídia não mostrou nos últimos anos sobre a atual administração, não há argumento de Cassol que possa superar. Cerca de 80% dos funcionários públicos estaduais estão insatisfeitos e serão cabos eleitorais contrários a Cahula. Contudo, não se pode subestimas essa candidatura. Sua vaga no segundo turno depende também do desempenho dos outros candidatos. A tendência é que Expedito caia e Cahula cresça. Mas não se pode medir, ainda, o quanto.
O PT é a lanterna nas pesquisas de opinião, com cerca de 10%, mas a tendência é que cresça já nas primeiras semanas da campanha. O candidato do PT deve ser o Deputado Federal Eduardo Valverde. As chances de segundo turno para essa candidatura é remota, porém não se deve subestimar o partido do Presidente Lula e a militância mais aguerrida da política brasileira.
Os candidatos a vice-governador poderão fazer a diferença na atual configuração. Talvez não pelo peso que possam ter como liderança, mas pelo valor agregado – partido, lideranças, militância e estrutura de apoio. Este é o mês das barganhas entre partidos na indicação de seus nomes a vice nas chapas mais cotadas a ganhar o governo. Alguns até lançaram nome na disputa para ganhar notoriedade e aumentar seu poder de barganha, como é o caso do ex-prefeito de Vilhena, Melki Donadon (PHS). Provavelmente ele será o vice de Expedito. O Senador Acir Gurgacz (PDT) conseguiu colocar seu tio, Airton Gurgacz de vice na chapa do PMDB. Os vices do PT e do PPS ainda estão por se definiram nesta semana.
Por enquanto este é o quadro que se desenha na corrida para o Governo de Rondônia. A análise foi feita considerando a possibilidade de que todos os nomes citados sejam confirmados como candidatos e concorram até o final do pleito. Os números de pesquisas citados são com base em levantamento feito antes da desistência do Senador Acir Gurgacz (PDT). Os 8% de Acir deve somar, boa parte, ao PMDB, com quem se aliou. O restante será dividido entre os demais candidatos. Após a última convenção, que será no dia 30/06, outra leitura poderá ser feita, com muito mais propriedade e, principalmente, com pesquisas de opinião.
*Dejanir Haverroth é bacharel em jornalismo (MTE - 1021/RO) e diretor do Instituto Rondoniense de Pesquisa e Estatística (IRPE).
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