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Obra de esgoto de PVH – 8 meses já se foram, tudo parado


Obra de esgoto de PVH – 8 meses já se foram, tudo parado - Gente de Opinião
Hoje estou naquele dia que não tenho quase nada para lhes contar. Talvez ficasse melhor deixar a página em branco, para que cada um colocasse nela o seu próprio pensamento. Que deixasse tudo vazio. Porque este vazio seria mais ou menos a ausência absoluta de tudo. Uma ausência de sonhos. Mas, aí dentro de toda esta abstração, seja a mais pura razão da poesia. Como se diz, comer e coçar é só começar. Comecei a me atiçar.


 

2. Creio que uma Feira do Livro, como a que tenho dentro de mim, num lugar que me tocou bastante, o IATA, em Guajará-Mirim, se a feira só de livros de papel seria o suficiente. Porque hoje em dia vendem-se mais livros eletrônicos do que própriamente o livro de se folhear. Eu mesmo acho chatíssimo ler na tela do computador. Não tem aquele gosto sagrada do paginar suave. Nem sabe você o gosto bom de se meter o dedo na boca, na maior falta de higiene para se passar a página. Me foge atenção com imensa rapidez. Sei que é velho costume, mas a nova geração de criancinhas aprenderá na escola a leitura digital como prioridade. E elas não aguentarão paginar nada. E nem terão o admirável gosto de passar o dedo na língua…

3. Na minha viagem à São Carlos – Não sei se ali é Médio ou Baixo Madeira, que também não vem ao caso, de encontro de saudável e confirmação de necessidade. Cada líder da semisumida região disse o que bem pensava. E de comunidades inacreditavelmente isoladas, com imenso gosto de viver assim, vi a listagem de suas duras penas. Chega de carregar sacos às costas, com castanha, açaí, mandioca. Chega de não ter ponte. Nem assistência técnica pra nada e nem luz elétrica. Chega de não ter água, nem filtro e nem pote. Chega de jogar lixo no rio. Chega de ser primário do primário na produção de alimentos e de produtos extrativistas. E de onde virá o dinheiro pra eles? Se o mesmo rio que dará luz ao Brasil, que se interrompe com barragens imensas – não seria destes empreendimentos, do PACUERA (plano ambiental de conservação e uso do reservatório artificial)? Uhn…. não seria?

4. Então vamos PACUERAR. Eu me pego muitas manhãs de surpresa, até de me assustar, com pensamentos, como: governar é se iludir com sonhos. E fazer contas de dinheiro que o Estado tem pra receber e fica no maior rolo. O que deve vir pra dentro do saco do Tesouro é um deus-nos-acuda de dificuldade. Agora, pra sair do saco, é fácil demais. Tem os tais precatórios. Que mais parece e rima com “precata”, chinelo rústico, de couro cru, que o sertanejo usava quando sapato era puro luxo. “Precata” salgabunda. Ela fazia chilepe, chilepe com o peso e chão e ainda por sorte, jogava barro e areia no fundo da calça. É esta PACUERA de ilusões. Então, vamos PACUERAR.

5. Benditas compensações pela construção das usinas e seus pagamentos de extrema-unção pelos prováveis e incalculáveis danos ambientais. Será que o PACUERA paga os danos ambientais e sociais? Duvido… dê .. ó .. dó. Como se pode calcular estas compensações? Como? Creio que só com ajuda do Espírito Santo. Isto tudo é um bolo de rolo pernambucano. Docinho, docinho, a gente come e daí a pouco já se está com fome de novo. E eu estou precisando de dinheiro para segurar em pé uma igrejinha antiga em Calama, rio está solapando o barranco e aí PACUERA? Será que você tem um dinheirinho aí para CALAMA?

6. Eu vou te dizer uma coisa, mas segredo…. só pra nós dois. São estas obras paralisadas. Gente do céu, é uma sacanagem sem fim. Vem este bendito é o fruto do Tribunal de Contas da União e toca a botar defeito em tudo. Obra de água de Porto Velho.. pau na moleira e o PAC nada. Obra de esgoto de Porto Velho – 8 meses já se foram, tudo parado, Caixa, Ministério das Cidades, Tribunal de Contas, pau na moleira, nem se bolem, e fica tudo com a cara de tacho, querendo isto e querendo aquilo, na maior trança do mundo. Eu fico olhando a fisionomia destes “caras” e meditando comigo mesmo – será que pelo menos “estes salvadores da pátria, da moral e dos bons costumes”, tem uma máquina calculadora, para fazer uma continha simples…. e o prejuízo de uma obra parada, quanto custa? Quanto custa o tropel de desassossego do povo com a buraqueira da rua? Quanto custa ao Estado este mundo de viagens sem fim à Brasilia. Respondendo e respondendo solicitações de gente besta, preciosa numa parte e inútil na outra, causando o maior dano ao Brasil? Quem disse que precisa parar uma obra, enquanto se arruma detalhe de projeto ou valor de BDI da empresa? Caracas! A gente tem que ter saco de jumento pra aguentar tudo isto. Creio que o judiciário pode por fim a esta barafunda de intervenção inútil e custosa. E além do mais Porto Velho só tem 2% de saneamento básico. E as revistas nacionais tocam a mostrar este lado pobre de nós mesmos. E o PAC é ou não pra valer?

7. Como falei no começo estou neste domingo mais ou menos menstruado e TPMizado. Mas também, cara! a andropausa faz o diabo com a gente. Pois é, domingo, dia de profunda calma e sossego, estou soltando labaredas pelas ventas. Ainda mais com este mundão de restos-a-pagar que me come o orçamento quase todo. Ô herança bendita. Mas, juro não reclamar. Porque o Segredo fala na Lei da Atração. Só vou pensar em coisa boa. Se eu falar que está ruim, fica ruim. Então só posso ser otimista e esperançoso. Porque tudo que penso volta sobre mim mesmo. Vou falar só de sucesso, felicidade, saúde boa, abundância. Êta vidão sem porteira. Ainda bem que o pensamento não tem barreira, vaza pra todo lado.

8. Sabe qual é o melhor lugar do mundo? A nossa casa. Hoje estou em casa, no meu quarto de bagunça, uma cama de solteiro. O quarto do casal fica ao lado. Alguns armários antigos, uma biblioteca com cerca de 1200 livros, um janelão imenso, passarinhos de sempre, que cantam lindamente. Um ventilador Eletrolux, um mundo de bugigangas de jarros, diplomas, algumas medalhas, troféus pelos mal feitos, retratos de família, e um mundo de gavetas com papéis inúteis. Mesmo assim é bom. Parece que a gente está dentro da gente. E de vez em quando Alice bate à porta e entra, e diz – o que é que você veio fazer aqui? Pra mim você está longe do mesmo jeito. A Internet parece que é mais importante do que eu? Está vendo aí, o meu padecimento? Aguenta coração!

Fonte: Blog do Confúcio
 

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