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O desespero dos velhos mandarins da mídia


O desespero dos velhos mandarins da mídia - Gente de Opinião

Durante muitos anos a mídia em Rondônia tem sido um feudo dos mesmos e velhos mandarins. Seja por meio de uma ou de outra agência de publicidade, na prática, sempre foram eles que, nos bastidores, a partir dos principais postos de televisões, rádios e jornais dividiram entre si, e sem controle maiores, os gordos nacos da mídia pública. Muitos não se contentaram em beber nas tetas governamentais e avançaram na carne tanto que são inúmeros que estão condenados na Justiça e recebem por meio de terceiros as benesses do poder. Hoje um poder, aliás, abalado pelos sites de notícias que passaram também a gozar do privilégio de ter acesso à publicidade governamental e, hoje, possuem tanta importância quanto as principais emissoras de rádio e televisão, bem como os jornais. Como são também menos visados e mais rápidos alguns sites se notabilizaram por plantar insinuações e meias verdades que causam problemas e dores de cabeça sem contar que uma tática que foi utilizada por uns dois ou três, hoje, superada pelas gravações das conversas, foi a de plantar notícias para extorquir políticos. No passado, e até recentemente, mesmo assim a mídia acabava monopolizada pelos velhos mandarins que abocanhavam a maior parte com seu poder de fogo que vem a cada dia mais desaparecendo.

O fim da velha oliquarquia

O que determinou positivamente o fim das velhas oligarquias foram as mudanças tecnológicas. Fazer uma rádio, manter um site ou produzir um jornal, mesmo que este tenha um custo muito elevado, passou a ser acessível a muitos empresários. A televisão, como uma concessão pública, é mais complicado, porém, mesmo assim proliferaram e, diga-se de passagem, em Rondônia, mesmo a TV Globo, por meio da afiliada TV Rondônia da Rede Amazônica de Televisão, tem uma importância bem menor que em outros estados não apenas por não abarcar todo o território como pela influência significativa de retransmissores e antenas parabólicas que minam sua poderosa influência. Porém, o que acelerou o fim das velhas oligarquias em Rondônia foi mesmo a ganância. Não é preciso rememorar muito para se verificar que nos escândalos públicos de publicidade do Estado participaram as principais empresas de mídia, e por trás dela nomes conhecidos da mídia local. Mesmo assim até mesmo durante o governo anterior, o de Cassol, continuaram a ser prestigiados e ter importantes espaços a ponto de muitas figuras que compõem esta velha rede de poderosos ocuparem cargos públicos ou determinarem quem poderia, ou não, receber recursos de publicidade. Mesmo com o atual governo Confúcio Moura, que procura mudar esta realidade, ainda assim parte das críticas contínuas que recebe vem de que já não seguem a cartilha dos velhos mandarins. Num ponto, pelo menos, o prefeito Roberto Sobrinho, até por não conseguir fazer o que desejava com a mídia, colaborou para este fim ao deixar, durante significativo tempo, a mídia local à míngua. Não se pode negar que Cassol e Sobrinho, por suas visões impositivas sobre o setor, com o apoio fundamental e a fiscalização bem feita do Ministério Público fizeram com que minguasse o poder dos velhos mandarins. No entanto, não se pode subestimá-los. Eles persistiram influindo e sua ação maléfica é visível, por exemplo, agora quando desejam impor sua presença de forma obrigatória na Assembleia de Rondônia.

Democratizar sim, mas, para os outros

O atual presidente da Assembleia, Hermínio Coelho, já provou que não é um político comum, que não se dobra as ameaça, bem como tem uma visão democrática e de uso do poder para o bem público. Apesar disto, os velhos mandarins insistem em viver no seu entorno com bajulações e conselhos de como governar. Claro que tentam ensinar como se deve governar para eles. Nada de diferente do que Hermínio fez até agora parece dizer nada a estes velhos usurpadores do poder popular. E tentam usar os mesmos velhos métodos de plantar notícias, incomodar pelas insinuações malévolas junto aos poderes de fiscalização ou até mesmo insinuar que há direcionamento na licitação da mídia que está sendo licitada na Assembleia. Direcionamento há. Pela primeira vez há uma concorrência real. Dez empresas, um número ímpar, disputam a mídia do poder legislativo e todas as impugnações que tiveram sentido foram acatadas. Agora os velhos mandarins querem mesmo é que nada mudem e eles continuem a mandar na mídia da Casa.

Chega até a ser hilário defenderem que a licitação está sendo direcionada porque permitiram que agências sem grande capital participem da licitação. Ora, quem direciona, como se sabe, faz sempre o oposto, ou seja, tenta diminuir os concorrentes. Também tentam mudar o edital, porém, se trata de um edital feito nos melhores padrões de modernidade, já analisado pelo Tribunal de Contas do Estado, que visa buscar padrões de criatividade e não quem tem apenas dinheiro, ou ostenta um prédio e capital no papel, porém, faz campanhas sem a mínima criatividade. E, como se sabe, a criatividade é jovem; normalmente, com pouco capital. Este não é o cerne da questão. O cerne da questão é que a licitação da Assembleia incomoda os velhos mandarins, justamente, por sua maior qualidade, não há uma empresa ganhadora por antecipação. E o desespero se transforma em bate-bocas pouco educados, na impugnação desesperada de nomes, na plantação de fofocas e na busca de adiar o certame até pela Justiça. Tudo esforço vão e inútil. Enquanto se encontram quase sem ar, apopléticos e desesperados, o tempo, senhor da razão caminha inexorável. A democratização na mídia da Assembleia chegou. E, como o presidente Hermínio é determinado, a Assembleia poderá até ficar sem mídia, mas, ela não será mais conduzida da forma como sempre foi, sem critério. A prova maior é que, para os sites, já fez um Termo de Ajustamento de Conduta-TAC que contrata os sites por aferição dos acessos e já autorizou uma pesquisa para avaliar a importância dos outros veículos de comunicação e contratar a mídia por seu efeito e sem discriminação ou impessoalidade Como sempre disse que faria, está fazendo a licitação para contratar uma agência para gerir a mídia. Atrasar sua realização, é preciso avisar os velhos mandarins, significa apenas que ficarão a pão e água na medida em que, por respeito à lei, o presidente da Assembleia não poderá contratar nenhum veículo sem ter uma agência contratada. Em outras palavras, o egoísmo cego joga contra seus próprios interesses e, com um efeito colateral muito maior, as pessoas atingidas por suas ilações maldosas estão perdendo a paciência o que é muito ruim para quem tem um enorme telhado de vidro.

 Fonte: Jornal Alto Madeira
 

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