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Política

NOTA DA COMISSÃO PASTORAL DA TERRA


 
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MENTIRAS DO JORNAL FOLHA DE RONDÔNIA

Primeiramente faz-se necessário desmentir e indignar-se contra as manchetes do Jornal Folha de Rondônia, pela calúnia proferida em dizer que “as mortes narradas por padre da Pastoral da Terra não aconteceram e polícia vê caso como boato”. Todas as notícias do conflito na Região e inclusive noticiando a existência de vítimas foram informadas pela CEBRASPO e mesmo algumas pessoas em Buritis que informavam ter estado no local dos conflitos.

Isto foi repassado tanto ao Dr. Cezar Pizzano da SESDEC como inclusive os números de telefone de tais pessoas para que pudessem ser contactadas pela SESDEC e pelo jornal Folha de Rondônia (Roberto Gutierrez), onde pudessem obter as informações. As devidas providências sobre a calúnia do jornal folha de Rondônia serão tomadas.

RELATO DOS FATOS

Em visita ao local dos fatos (350 Km de Porto Velho) e na região de Campo Novo, onde se fez presente o Representante da Ouvidoria Agrária Nacional, INCRA e Coordenador da CPT-RO pudemos constatar e verificar o seguinte.

Primeiramente verificamos que até à tarde de ontem (10.04) a Polícia não tinha comparecido à Região para o levantamento dos fatos. De igual forma sentimos não haver também até aquele momento,nenhuma disposição para isso. Esta presença, principalmente por parte de um efetivo da Policia militar só aconteceu, com a motivação de fazer proteção ao Representante da Ouvidoria Agrária Nacional.

Percebeu-se que tanto em contatos telefônicos quanto contatos pessoais, há por parte de autoridades locais, autoridades policiais e sobretudo os homens do Batalhão ambiental que atua naquela região,ao que parece, uma concepção estabelecida de que os sem terras daquela região são bandidos e perigosos, sem no entanto fazerem menção à pistoleiros e jagunços contratados.

O primeiro contato in loco, se deu na sede da fazenda Catâneo, onde chocou a destruição e queima de mais de 100 barracos onde estavam acampados os sem terras.Em geral os barracos foram queimados com tudo o que havia dentro inclusive roupas,alimentos e documentos. Constatamos também a presença de cerca de 20 motos dos sem terras, que mais tarde foram encaminhadas à Delegacia de Polícia Civil de Buritis.

Ato seguinte, percebemos que homens do Batalhão ambiental, no carro da Fazenda, haviam saído para fazer uma perícia na Fazenda e voltando informaram não terem visto nada sequer encontrado algum corpo.

Quem ali falava em nome dos proprietários era Edson Luiz Liutti, genro do falecido Catâneo, que tentou mostrar ao Representante da Ouvidoria agrária nacional a sua versão dos fatos, de como conseguiu com sete homens colocar para correr mais de 350 famílias dos acampados e dos supostos crimes cometidos pelos sem terras, como destruição de currais e abate de gado. Disse ainda não ter havido nenhuma morte na área.

Em seguida fomos até onde estava o acampamento dos sem terras,distante há 06 Km da sede da Fazenda, na linha 02, estrada que liga à Buritis.

Ouvimos do grupo que ao amanhecer do dia 09 de abril, começaram a chegar camionetes trazendo homens do fazendeiro e se agruparam há cerca de 200 metros de onde se encontravam. Eram ao todo 40 “pistoleiros” que, fortemente armados, com coletes à prova de Balas e muitas munições, ficaram atirando nos acampados por cerca de 2 horas.Quando tal grupo partiu realmente para cima do acampamento atirando, então os acampados saíram em disparada,segundo eles, alguns ferindo-se na fuga e sem conseguir retirar seus pertences, tão somente com a roupa do corpo.

Restou claro à Comissão que fez a visita, que não havia vestígios de mortos no local e ao longo de todo o dia não se apurou também nos hospitais da região noticias de feridos. Claro está também de que há um conflito estabelecido na região e que providências são necessárias por parte de todos os Órgãos públicos, inclusive INCRA e SESDEC.

O Acampamento é conhecido como grupo Conquista da União, sendo que boa parte deste grupo continua acampado na região.

Em resumo, se apurou também,ao que parece,que por motivo da Reintegração judicial ter sido suspensa em virtude do processo ter subido para o Tribunal de Justiça (Conflito agrário suscitado), os proprietários resolveram fazer o despejo à bala, incorrendo assim em uma atitude ilícita.

Afirmamos enfim de que com a maior urgência possível o Poder Público, o Estado se faça presente, garantindo a vida das pessoas, promovendo as iniciativas próprias do Poder Público, implementando as políticas de reforma agrária e regularização fundiária, restabelecendo enfim um clima de paz e respeito aos direitos.

Porto Velho(RO), 11 de abril de 2008.

Pe. Afonso Maria das Chagas
Membro da Coordenação da CPT-RO

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