Sexta-feira, 1 de maio de 2009 - 21h30
Ciro Pinheiro diz que Carlos Henrique é mentiroso e que a eleição no Sindicato dos Jornalistas está inacabada porque houve fraude e a ata não foi assinada
Por NELSON TOWNES
Noticiaro.com
PORTO VELHO, sexta-feira, 01/ 05/2009 – “Carlos Henriques está mentindo”. O fleumático Ciro Pinheiro, um do mais nobres cavalheiros da imprensa rondoniense, sequer alterou o tom da voz ao rebater nesta sexta-feira, em entrevista a “Noticiaro”, o também jornalista Carlos Henriques Ângelo, que escreveu o artigo “Público e Notório”, atacando sua honra e tentando defender a escandalosa eleição de nova diretoria do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Rondônia (Sinjor.)
Carlos Henrique Angelo pretende rebater o artigo de Ciro Pinheiro intulado “Sinjor, o exemplo que não dado” (publicado no domingo sobre a fraude eleitoral, após “Noticiaro” revelar na noite da própria sexta (24/04), e depois no sábado o escândalo na eleição) dizendo inicialmente que (Ciro) “nada mais fez do que reverberar a gritaria do candidato derrotado.”
Em seu artigo Ciro, que presidia a comissão eleitoral do Sinjor, dizia que denunciou como irregular “mas foi considerado válido, com minha opinião contrária, o voto vindo do interior, de forma irregular, a maioria sem cópias de documentos, aberto, por fax, quando o estatuto da entidade determina que o sigilo do voto seja assegurado. Mas a comissão, com dois votos contra um, aprovou.”
Carlos Henrique, por sua vez, diz em seu artigo que “os tais votos declarados do interior somente passaram a ser objeto da indignação geral depois que se mostraram favoráveis à chapa 1- vencedora. Antes de sua contagem, eram válidos e plenamente justificáveis pela necessidade de permitir a participação do interior. Isso está consignado no regimento das eleições, aprovado em assembléia com o aval (e as devidas assinaturas) dos líderes das duas chapas e da comissão eleitoral – aí incluído o indignado Ciro Pinheiro. “
Documentos e depoimentos de pessoas envolvidas com a realização do pleito indicam que isso é uma tentativa de Carlos Henriques distorcer fatos. O fato é que o candidato oposicionista a presidência do Sinjor, Júlio Aires, enviou ao jornalista Ciro Pinheiro, presidente da Comissão Eleitoral Sinjor 2009, dois requerimentos na sexta-feira (24), antes da abertura oficial do pleito e outro pedindo a suspensão da votação por não atendimento do primeiro requerimento.
O primeiro requerimento visava a transparência e a legitimidade do processo eleitoral e pedia que a abertura da eleição só ocorresse após a apresentação da lista da Superintendência Regional do Trabalho (SRT), antiga Delegacia Regional do Trabalho (DRT), do Estado de Rondônia, constando todos os registros de jornalistas profissionais, provisionados e precários e seus respectivos vencimentos. Desconfia-se que o próprio registro de jornalista provisionado que o candidato da chapa 1, Carlos Alencar, diz ter está irregular.
Essa solicitação havia sido protocolada ao presidente do Sinjor no dia 16/03/2009, documento recebido no dia 17/03/2009 e que foi protocolado novo documento reiterando o pedido datado de 27/03/2009;
Conforme documento apresentado antes da abertura da eleição, Júlio Aires solicitou também ao presidente da Comissão Eleitoral que fosse adotada a lista de votantes do dia 14/04/2009, seguindo o Artigo 85 do Estatuto do Sinjor, que prevê a regularização de débitos até 15 (quinze) dias antes das eleições.
O objetivo era o de que o início da eleição só ocorresse depois de serem checados todos os jornalistas aptos a votar, conforme o mesmo Artigo 85 do Estatuto do Sinjor. Carlos Henriques diz em seu artigo que essa era uma estratégia eleitoral de Júlio Aires e não uma busca de transparência no pleito.
Ao contrário do que escreve Carlos Henrique Ângelo, “de que a denúncia de distribuição antecipada da cédula oficial pelo candidato da chapa 1, de votos em cédulas que não continham a assinatura dos membros da comissão – enviadas por fax para os representantes de cada chapa logo pela manhã” é “conversa de candidato derrotado”, Júlio relatou que, na quinta-feira, Wellington, candidato a vice-presidente pela chapa 1 em Ji-Paraná, já começou a fazer a votação por lá, pegando documentos de identificação dos eleitores e marcando o X na cédula para a chapa 1.
“Na sexta, ele só teve o trabalho de mandar os votos por fax” – acusa.
O próprio candidato-advogado Carlos Alencar disse a “Noticiaro” e a membros do sindicato: "Eu peguei as cédulas eleitorais, saí daqui de Porto Velho na segunda-feira e fui pro interior; entreguei as cédulas para os nossos vice-presidentes. Mas isto a Chapa 2 também poderia ter feito, não fizeram porque não pediram as cédulas eleitorais."
Júlio Aires, por sua vez, argumentou que as chapas candidatas não lidam com cédulas eleitorais, só quem pode fazer a entrega das cédulas é a comissão eleitoral.
Em seu artigo , Carlos Henrique acaba confirmando as denúncias de irregularidade no processo de votação ao admitir que “afinal, as cédulas enviadas por fax foram fotocopiadas para captação dos votos” e que “no processo elas poderiam passar a conter até a assinatura do Papa.”
Sobre a falta de assinaturas dos membros da comissão eleitoral nas cédulas de votação dos jornalistas do interior, a justificativa do advogado Carlos Alencar para “Noticiaro” e membros do sindicato foi a de que as assinaturas estavam na parte de trás do voto e portanto não apareciam no fax.
Um fato que confirma a história das cédulas terem sido repassadas antecipadamente pela chapa 1 foi que mal começou a votação (pouco depois das 8h da manhã), já começaram a chegar maciçamente votos, por fax, do interior. A maioria de Ji-Paraná. Todos para Carlos Alencar.
O resto do artigo entra na área do disse-me-disse e não desmentem as denúncias feitas por Ciro Pinheiro e Júlio Aires. Diz Carlos Henriques: “Quando os votos da capital se mostraram favoráveis à sua chapa, Júlio Aires aquietou-se, não mais falando em processar todo o mundo – sindicato e Marcos Grutzmacher (o ainda presidente do sindicato, pois a eleição, sem a assinatura da ata, não está concluída) e o processo, segundo Carlos Henriques “passou a ser indicativo de fraude somente depois que derrotou a chapa 2.”
Os fatos confirmados pelos personagens entrevistados por este site e documento disponíveis, indicam que o trecho final do artigo de Carlos Henriques volta-se contra ele próprio quando afirma que “Ciro acabou por agredir a ética e àqueles que participaram do processo, além de torcer a verdade a favor do candidato derrotado.”
O que deixa a categoria convencida de que a a eleição foi irregular é o fato de que na manhã da votação, a Comissão Eleitoral não aceitou nenhum dos requerimentos da Chapa 2 e decidiu iniciar o processo eleitoral, não obstante os protestos de Ciro Pinheiro. O candidato Júlio Aires não teve como impedir, mas não assinou nada da abertura da eleição. Carlos Henrique Ângelo e Wedner decidiram também que a votação no interior seria por fax.
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