Sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010 - 11h58
A bancada ruralista no Congresso Nacional voltou a se mobilizar, desta vez para defender os médios e grandes produtores que aderiram ao Finame Rural - linha de financiamento especial criada pelo governo para a produção e a comercialização de máquinas e equipamentos agrícolas novos. De acordo com o vice-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária para a Região Norte, deputado Moreira Mendes (PPS-RO), a situação dos produtores é crítica, e só uma política de governo pode resolver o problema.
“O governo incentivou os produtores a comprarem novos equipamentos para a colheita, até porque precisava também proteger a indústria de equipamentos agrícolas, mas o financiamento se tornou impagável”, revela o deputado. Ele ressalta que, mesmo tendo registrado um crescimento acentuado nos últimos anos, desde 2005 o setor agrícola vem sofrendo muitos prejuízos. “O setor agrícola foi para o espaço”, resume.
O problema
Para Moreira Mendes, os produtores não conseguiram pagar o financiamento porque os juros bancários são muito altos. “Tem máquina que foi comprada por 600 mil, mas o produtor só consegue vender a que ele comprou por 200 mil. Enquanto isso sua dívida com os bancos é de 1 milhão de reais”, critica. As renegociações feitas até agora, diz o deputado, não resolvem a vida desses produtores, porque o governo apenas prorrogou a dívida.
A solução
Com o objetivo de resolver o problema e dar novo fôlego aos produtores, os parlamentares da Frente Agropecuária estiverem reunidos esta semana com o presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Luciano Coutinho, e com o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, para cobrar uma solução imediata. O BNDES, o Banco do Brasil e os chamados ‘bancos de fábrica’ são os credores, mas, de acordo com Moreira, é preciso envolver o governo federal e todas as entidades ruralistas na discussão.
“Tem que haver o perdão da dívida - e não apenas uma renegociação. As partes envolvidas – produtores rurais, bancos e governo – vão ter que compartilhar o prejuízo. Alguém vai perder, e não pode ser apenas o produtor”, aponta.
Moreira adiantou que o BNDES já se prontificou a modificar uma de suas resoluções, mas isso, em sua opinião, “é apenas um paliativo”. Os ruralistas querem a volta do crédito, a retomada dos investimentos, a possibilidade de pagamento das dívidas e um melhor equilíbrio no tamanho das propriedades, para evitar a concentração de terras e outras distorções. Ainda de acordo com o parlamentar, em Rondônia os mais prejudicados são os produtores do sul do Estado, especialmente os da região de Vilhena, que estão devendo aos bancos, perdendo patrimônio e com capacidade limitada de produção.
Fonte: Claudivan Santiago
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