Domingo, 21 de dezembro de 2025 | Porto Velho (RO)

×
Gente de Opinião

Política

Ministério Público vai acompanhar obras no Rio Madeira


Lana Cristina
Agência Brasil

Brasília - O projeto de construção das hidrelétricas Santo Antonio e Jirau, no Rio Madeira será acompanhado pelo Ministério Público de Rondônia, mesmo depois que as usinas estiverem prontas, segundo afirmou o promotor Marcos Tessila, coordenador de Planejamento e Gestão do MP do estado.

"O objetivo é evitar processos judiciais depois de ocorrer um dano", disse Tessila. Em junho, o MP de Rondônia firmou Termo de Compromisso Ambiental com o consórcio Furnas/Odebrecht, responsável pelos estudos de viabilidade das usinas, para que fossem realizados estudos independentes sobre o impacto das obras.

O trabalho foi feito pela Companhia Brasileira de Projetos e Empreendimentos (Cobrape), uma consultoria de São Paulo, que contratou especialistas de várias instituições de pesquisa, principalmente da região amazônica.

"Entendemos que uma obra desse porte vai trazer muito impacto para a região, principalmente para Porto Velho. O estudo mostrou melhor, por exemplo, que há problemas sérios de drenagem na capital do estado, que o índice de doenças tropicais é elevado, que o sistema de saúde não é o melhor possível. Enfim, todo um quadro que pode se agravar com a realização de uma obra tão grande se não forem tomadas as devidas providências", explicou.

Os estudos independentes ficaram prontos em dezembro e foram entregues à Casa Civil e ao Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que anexou o trabalho ao processo de licenciamento ambiental.

"Pode ser que o Ibama não considere a totalidade dos estudos, mas acredito que eles servirão de subsídio para a análise do processo", avalia o promotor.

Estudos independentes sobre usinas
trazem inovações, diz promotor


O coordenador de Planejamento e Gestão do Ministério Público de Rondônia, promotor Marcos Tessila, disse que os estudos independentes sobre as usinas Santo Antonio e Jirau no Rio Madeira, entregues à Casa Civil e ao Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), trazem algumas inovações.

Segundo ele, foi a primeira vez, por exemplo, que se aprofundou a avaliação de como Porto Velho pode absorver o crescimento populacional que se espera com as usinas.

"Rondônia é um estado formado por migrantes. É uma região que está se estruturando e ainda tem problemas graves, e uma obra trará desenvolvimento, claro, mas também mais problemas que vão se sumir aos que a região já tem. Uma preocupação nossa, por exemplo, é a demanda maior por serviços. Por isso, queremos fazer um pacto federado, com União, estado e município juntos para minorar esses problemas".

Tessila enfatizou que o Ministério Público quer acompanhar também a elaboração dos Projetos Básicos Ambientais (PBAs), pelo empreendedor que vencer o leilão, com base nas condições que o Ibama estabelecer para redução dos impactos sociais e ambientais ao conceder a licença prévia.

"Estamos nos preparando, fazendo um levantamento de campo onde nós também queremos discutir os PBA's com quem ganhar o leilão. Ou seja, o ministério público se dispõe a acompanhar essa obra até o fim".

O promotor lembrou também que o acompanhamento do projeto das usinas do Madeira faz parte do planejamento do MP de Rondônia. "O que significa que é um projeto institucional, quem quer que esteja aqui, vai acompanhar essa questão", disse.

Segundo o promotor, a legislação determina que as comunidades atingidas diretamente pelo alagamento provocado pela barragem do rio sejam, de preferência, transferidas para um local o mais semelhante possível ao local onde moram.

Marcos Tessila garantiu que o MP de Rondônia acompanhará a remoção dos ribeirinhos, para que se cumpra o que diz a lei. "Caso não seja possível transferir para um local como onde vivem, a segunda alternativa é a realocação para uma área que pode até ser no meio urbano".

Ele explicou que a realocação é precedida de uma indenização, que pode ser em dinheiro ou de outra forma. "Mas essas pessoas ainda não serão alojadas, a licença prévia nem saiu. Quando for o tempo vamos oferecer estrutura a eles. Nossa pretensão é não deixar ninguém desassistido", concluiu.
 
Fonte: Lana Cristina
Repórter da Agência Brasil

Gente de OpiniãoDomingo, 21 de dezembro de 2025 | Porto Velho (RO)

VOCÊ PODE GOSTAR

Com emenda de R$ 6 milhões, deputado Alex Redano garante Implanons e medicamentos para Ariquemes

Com emenda de R$ 6 milhões, deputado Alex Redano garante Implanons e medicamentos para Ariquemes

A saúde pública de Ariquemes foi fortalecida com a destinação de uma emenda parlamentar no valor de R$ 6 milhões, proposta pelo deputado estadual Al

Assembleia aprova lei que proíbe a reconstituição de leite em pó importado para consumo alimentar

Assembleia aprova lei que proíbe a reconstituição de leite em pó importado para consumo alimentar

A Assembleia Legislativa de Rondônia (Alero) aprovou o Projeto de Lei 1197/25, de autoria do deputado Ismael Crispin (PP), subscrito pelo presidente

Com apoio de Cirone Deiró, eventos esportivos valorizam atletas de diversos municípios

Com apoio de Cirone Deiró, eventos esportivos valorizam atletas de diversos municípios

As cidades de Cacoal, Espigão do Oeste e Vilhena foram palcos de vários eventos esportivos neste último final de semana (12,13 e 14), promovidos com

Sílvia Cristina destaca os quatro anos do Centro de Prevenção e Diagnóstico de Câncer em Ji-Paraná

Sílvia Cristina destaca os quatro anos do Centro de Prevenção e Diagnóstico de Câncer em Ji-Paraná

A deputada federal Sílvia Cristina destacou no plenário da Câmara dos Deputados, os quatro anos de funcionamento do Centro de Prevenção e Diagnóstic

Gente de Opinião Domingo, 21 de dezembro de 2025 | Porto Velho (RO)