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Leucemia e outras 50 doenças podem ser curadas com transplante de medula óssea


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Sede da Fhemeron em Porto Velho

O transplante de medula óssea é o meio mais eficaz de cura da leucemia e outras doenças, como anemia aplástica. Na manhã da última segunda-feira (24), a Fundação de Hematologia e Hemoterapia (Fhemeron) intensificou a busca de doadores espontâneos, para atender a crescente demanda.

“O transplante de medula óssea (tutano do osso) é indolor e não apresenta risco à saúde do doador”, afirma Dimarães da Silva, assistente social da Fhemeron, responsável pela captação de doadores espontâneos. A medula óssea é produzida dentro dos ossos, que são as ‘fábricas de sangue’ do organismo e tem maior concentração nas regiões da cabeça, tórax e bacia.

Mais de 50 doenças interrompem ou reduzem sua produção, dentre elas a leucemia (câncer no sangue, com quatro tipos: aguda, crônica, linfoide e mieloide) e anemia aplástica (quando os ossos produzem em quantidade insuficiente as plaquetas e os glóbulos vermelhos e brancos).

Ainda é muito pequeno o número de doações, principalmente pelo desconhecimento da população sobre sua capacidade de salvar vidas e os métodos de coleta, que pode ser feita de duas formas não invasivas.

A primeira é denominada ‘sangue aferes’, em que o doador toma alguns medicamentos por dois a três dias, que estimulam as células mater (células mães). A coleta é feita por uma máquina (similar à de hemodiálise), que filtra apenas dez por cento da medula óssea, que não requer internação e que dura por volta de quatro horas. “O doador vai salvar uma vida e, entre oito a dez dias, o seu organismo restitui esta medula óssea”, informa Dimarães.

A segunda forma de coleta é feita por meio de punção (introdução de uma agulha fina no organismo) que retira a medula óssea, normalmente da bacia. “O procedimento é simples e indolor, pois a pessoa vai estar anestesiada da cintura para baixo”. Neste caso o doador ficará internado em uma unidade médica por dois dias e, assim como na primeira forma, também será retirada apenas dez por cento da medula óssea.

A Fhemeron tem cadastrados no Registro Nacional de Receptores de Medula Óssea (Rereme) mais de 50 pacientes necessitando deste tipo de transplante e que não tem, ainda, doadores compatíveis no banco de dados do Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome), que está interligado ao banco de dados mundial com mais de três milhões de doadores de medula óssea.

Os principais possíveis doadores são os irmãos do paciente, com 25% de chance. Em seguida vem os tios e primos, com 5% de probabilidade. “Por último, o paciente vai para um lugar que chamamos de ‘loteria da vida’, que é o Redome, em que as chances de encontrar um doador compatível vão de um para um milhão”, segundo Dimarães.

“O problema com relação ao transplante de medula óssea é a dificuldade em encontrar receptores e doadores compatíveis”, lamenta o presidente da Fhemeron, Orlando Ramires, que cita o caso de “um jovem de 25 anos, de Rondônia, que tem leucemia, já cadastrado no Rereme há muito tempo e ainda não encontramos um doador compatível”.

As pessoas que necessitam de transplante de medula óssea, crianças e jovens em sua maioria, “não podem esperar indefinidamente, pois sua saúde é precária. Doando espontaneamente, você tem a certeza de que salvou um ser humano e que devolveu a qualidade de vida, não só para o receptor, mas para toda a sua família que sofre ao ver seu ente querido definhar”, diz Ramires.

A Fhemeron está em todos os grandes municípios de Rondônia (veja endereços) e também atende por e-mail: gcetro@gmail.com (Hospital de Base Ary Pinheiro) e servicosocialfhemeron@yahoo.com.br. Os telefones para contato são 0800 642 5744 e (69) 3216 2234.
 



Fonte
Texto: Marco Aurélio Anconi
Fotos: Daiane Mendonça
Secom - Governo de Rondônia

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