Quinta-feira, 11 de maio de 2017 - 18h02
Mais de 400 camponeses de diversas áreas de conflito agrário estão no INCRA desde ontem, 10 de maio de 2016, em Audiência Pública com a Ouvidoria Agrária Nacional, Programa Terra Legal, INCRA Nacional, Ministério Público Federal e Estadual e outros órgãos governamentais. A Audiência, convocada pela Liga dos Camponeses Pobres (LCP), tem por objetivo discutir a situação jurídica de mais 22 áreas camponesas. O Auditório do INCRA foi insuficiente para reunir os manifestantes que se amontoam por corredores e áreas externas.
Entre elas destacamos: Área Canaã, Renato Nathan 2, Monte Verde, Raio de Sol, Lamarca, Paulo Freire 4, Bacuri, 10 de maio, Enilson Ribeiro I e II, Monte das Oliveiras, Terra Nossa I e II, Monte Cristo, Jhone Santos e Rancho Alegre I e II. Segundo Pelé, representante da Comissão Nacional das Ligas Camponesas, inúmeras pautas fazem referência a “suspensão de reintegrações de posses e reconhecimento por parte do Estado do direito dessas famílias que ocupam áreas a mais de 10 anos, como é o caso da Área Canaã, município de Ariquemes”. Segundo levantamento da LCP a maioria das áreas é terra pública, fruto de grilagem de terras, conforme constam nos dados dos imóveis.
Em diversos momentos, inúmeros acampados que participam da audiência manifestaram sua insatisfação frente à inércia do INCRA e do Terra Legal em agilizar os processos dessas áreas, bem como intervir perante as instâncias jurídicas em caso de reintegração de posse. “Vamos resistir! Tudo o que temos está em nossos lotes: casa, benfeitorias, criações e lavouras. Não vamos abandonar anos de trabalho para que grileiros sejam beneficiados pelo governo”, manifestou-se Maria Aparecida, da Área Renato Nathan 2. Outro dirigente camponês, Gonzaguinha, do acampamento Enilson Ribeiro afirmou: “Estamos abertos ao diálogo. Contudo, na maioria das vezes o diálogo e audiências, parecem mais promessas sem solução. Estamos dispostos a resistir em nossas áreas, mesmo que para isso tenham que correr sangue. Me parece que é só essa linguagem que escutam? Assassinam nossos companheiros, a PM de Ênedi e Confúcio agem para perseguir e criminalizar nossa gente! Não vamos mais aceitar isso!! Depois afirmam que somos radicais e nos acusam de tudo, mas toda ação gera uma reação. Por isso estamos cansados de esperar pelo governo. Entramos na terra, cortamos e entregamos ao povo. Isso é a revolução agrária!”, desabafa. "O povo não aguenta mais! Só uma revolução pode tirar o nosso país da desgraça e da desigualdade!", conclamou ativistas da LCP em palavras de ordem. "Chega de assassinatos de índigenas, camponeses e pobres nas favelas do nosso país! O povo quer terra, não repressão!" gritavam.
Em assembleia realizada nesta manhã as mais de 22 áreas camponesas traçaram um plano geral de atuação enquanto a resposta do INCRA e demais órgãos não sai. A audiência prossegue pelo dia inteiro e a LCP deverá fazer uma manifestação pública para anunciar os encaminhamentos traçados até aqui. Diversas comissões camponesas estão se dirigindo a escolas e faculdades. Acompanham a audiência, advogados, entidades de solidariedade, jornalistas, professores e estudantes da Universidade Federal de Rondônia.
Fonte: Márcio Martins
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