Domingo, 14 de outubro de 2007 - 07h10
Rondônia está precisando de socorro. Trata-se do caso das usinas do rio Madeira, cujo custo é de R$ 20 bilhões para as linhas de transmissão necessárias. O meio ambiente será extremamente agredido, além das complicações com a Bolívia, pois o represamento de seus rios, especialmente o rio Beni, provocará alagamentos e prejuízos ambientais. daí, os bolivianos também já deram seu grito de protesto contra a agressão do seu meio ambiente. A nossa bancada na Câmara é totalmente omissa, um "bando de usufruidores" das vantagens do mandato e estão lutando pelos canteiros de obras da futura usina, que. promete trinta mil empregos. Será? Tanto quanto Rondônia, o Mato Grosso está também sentenciado a sofrer a agressão ambiental com o projeto da Eletronorte no rio Aripuanã, que fará desaparecer a mais linda cachoeira que temos, Dardanelos ou Panelas. O Ministério Público Federal já iniciou processo de embargo. Também as quedas do rio Kuluene estão sentenciadas a serem destruídas com a fúria dos empresários "barragistas". Está provado que na Amazônia não se deve fazer barragens, por tratar-se de uma imensa planície. 
Já temos os efeitos nefastos das usinas deSamuel (Rondônia), Balbina (Amazônia) e Tucuruí (Pará). Agora querem fazer, também, uma barragem no Xingu, já contestada pelo MP e por ambientalistas do País, pelo seu impacto destruidor. A busca de energia tem outras alternativas como, por exemplo, térmicas, repotenciação das turbinas nas hidrelétricas já existentes, a energia eólica e a nuclear. O professor Célio Bermann, do Instituto de Eletrotécnica e Energia da USP, afirma que "efetivamente não precisa construir novas usinas. O Brasil tem aproximadamente 70 usinas com mais de 20 anos que poderiam sofrer uma repotenciação (troca de turbinas)". O Ibama precisa de apoio, pois ele está se colocando do lado certo, contra o "barragismo" na Amazônia. Temos mais um aliado que é o Estado do Tocantins, no qual já fizeram cinco barragens e usinas. Nós da Amazônia precisamos nos unir frente ao "barragismo" e defender a tese da compensação em último caso, atribuindo-se um royalties aos Estados produtores de energia, e que se destina ao Pais, semelhantemente no caso do petróleo (RJ/ES/SP/BNSE, etc). Não é possível a União se valer de nossas quedas d' águas, com imenso custo ambiental suportado pelos nossos Estados, sem compensá-Ios. Os Estados Unidos resolveram explorar o petróleo do Alaska, dividindo com a população o resultado dessa exploração. Da mesma forma é o que devemos . propor para os Estados detentores de quedas d'água e hidrelétricas; como as de Paulo Afonso, Xingó, ltaipu, Tucuruí, entre outras. Surpreendentemente, essa realidade palpitante reclama um projeto de lei no Congresso, a exemplo do que fez Nelson Carneiro em relação ao petróleo submarino, na plataforma continental, e que vem beneficiando vários municípios brasileiros, com ênfase aos fluminense. De outra parte, qual seria o maior benefício para Rondônia, uma ferrovia ligando Cuiabá a Porto Velho, ou as duas hidrelétricas ao custo de R$ 40 bilhões? 
Autor: Jeronímo Samana foi deputado federal e govemador de Rondônia 
Fonte: Jornal o Estadão do Norte de domingo. 
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