Quinta-feira, 21 de abril de 2011 - 05h52
O que conseguiu o grupo de policiais militares com a greve intempestiva realizada nesta semana? Num raciocínio curto e rasteiro, absolutamente nada de positivo. O pior de tudo foi que a população considerou o movimento injusto e se sentiu amedrontada, já que os bandidos não deram folga durante as pouco mais de 48 horas em que o policiamento de Porto Velho afrouxou. Dividida internamente em lideranças de uma e outra associação, com reinvindicações absurdas como a que exigia que policiais presos e demitidos da força pudessem ser aposentados com salário integral; sem um acordo único em relação ao pedido de reajuste, porque uns falavam num número, outros noutro; mandando que as suas mulheres danificassem o patrimônio público, furando pneus e impedindo a circulação das viaturas, os PMs dessa vez deram um fora tremendo. Em outras paralisações, organizadas e justas, tiveram o apoio da população, que compreendia suas necessidades e considerava – como certamente considera ainda – que os salários dos PMs são muito baixos. Mas o que pegou foi a forma como a greve foi feita, parecendo apenas um movimento político, para colocar na mídia algumas lideranças.
Dessa vez, alguns representantes da tropa da polícia militar que optaram pela paralisação, da forma como foi feita, pisaram na bola. E fizeram um gol contra, porque correram o risco de perder a simpatia que o porto-velhense e o rondoniense, no geral, tinha por suas reivindicações, principalmente as salariais. No frigir dos ovos, o governo é que pareceu ser vítima de uma ação fora da lei, justamente de parte daqueles que a representam nas ruas. Tomara que a ligação tenha seja aprendida. Lideranças da PM não podem confundir interesses políticos com os da categoria. Os PMs precisam melhores salários, melhores condições de trabalho, muito mais respeito. Mas não conseguirão do jeito que fizeram a pífia greve dessa semana.
CASSOL E A CERON
Mudanças à vista na ex-Ceron. O senador Valdir Raupp começa, aos poucos, a entrar na vida da atual Eletrobras Rondônia. Os primeiros passos já foram dados. A estatal, que era um feudo petista há anos, começa a ter a mão de Cassol. As negociações políticas avançam e teria até o aval do também senador Valdir Raupp. Nos próximos dias, capítulos inéditos da novela.
RAUPP E O DNIT
Raupp, por sua vez, entre outros setores importantes, ficará com o poder de indicar o superintendente regional do Dnit, o que já faz. Cassol estava também de olho nesse importante órgão federal, mas aí não houve acordo. O Dnit é de Raupp e a ex-Ceron, que era de Fátima e do falecido Eduardo Valverde, passa a ter a mão de Cassol.
VAI MUDAR
Uma das primeiras vitórias que o ex-governador conseguiu foi que o ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, anunciasse mudanças no sistema de atendimento da Eletrobras Rondônia em relação ao público. O 0800, que está no Rio e não funciona, será desativado e o atendimento será direto no Estado. A diretoria também será de rondonienses. Em breve, a confirmação de tudo isso.
FALTA POUCO
Está a um passo da decisão final sobre a votação do novo Código Florestal. Só faltam alguns pequenos detalhes que ainda são negociados. O que se sabe é que pelo menos 95% do texto elaborado pelo deputado Aldo Rebelo já seria de consenso. Os outros 3% podem ser acertados até meados de maio. A votação do Código estaria definida inclusive pelo governo Dilma Rousseff para o mês que vem.
ESTRELA DO PMDB
Depois da rápida, intempestiva e desorganizada greve de parte da Polícia Militar, que acabou sendo um tiro no pé dos grevistas, que não tiveram o apoio da população, dessa vez, o governador Confúcio Moura deu uma pausa no trabalho para fazer uma gravação para a TV. Ele será a principal atração do PMDB regional no programa do horário gratuito, nos próximos dias.
FIRME E FORTE
Um dos personagens mais respeitados do Estado, nome que tem toda a aprovação por onde transita, o ex-deputado federal e empresário Chagas Neto está recuperado de um problema de saúde. Violtou a circular pela Capital, sendo saudado por dezenas de amigos fiéis, companheiros e antigos eleitores, que não esquecem o que ele significou para a história de Porto Velho e de Rondônia.
AINDA É CEDO?
O ex-senador Expedito Júnior participou, numa curta entrevista, do programa Câmera 11, da TV Candelária, nesta quarta-feira. Entrevistado pelo competente Léo Ladeia, Expedito preferiu amenizar a crise do PSDB e não confirmou se concorre ou não à Prefeitura da Capital. Disse que quer organizar o partido em todo o Estado e que é cedo para falar em eleição municipal. Mas, nos bastidores, está sendo pressionado por amigos, correligionários e eleitores a concorrer.
PÁRA TUDO!
Já começou ontem e prossegue até o domingo o período que o brasileiro mais gosta: um extenso feriadão. O país pára vários dias, a economia adormece, nada se produz. E, no final de tudo, restam só as tristes estatísticas das mortes nas estradas, coisa que também somos campeões mundiais. Êta nóis!