Domingo, 31 de janeiro de 2010 - 11h32
Júlio Pedrosa - A CRÍTICA
TABATINGA, AM - Um conflito de atribuições tem dificultado a vida dos pacientes indígenas que vivem com HIV/Aids na região do Alto Solimões. E o que é pior: pode fazer aumentar uma estatística aterrorizante que é a do número de óbitos por conta da doença, entre os índios das etnias distribuídas entre os municípios daquela área. Uma luta silenciosa que vem sendo travada entre as prefeituras das cidades e os distritos sanitários especiais indígenas, pertencentes à Fundação Nacional de Saúde (Funasa), quanto a quem cabe a atribuição de prestar assistência ao indígena soropositivo e com as manifestações da doença.
No Município de Benjamin Constant, a 1.118 quilômetros de Manaus, esta situação fica evidenciada. O secretário municipal de Saúde, Raimundo Coelho de Oliveira, explica que, além da dificuldade cultural do indígena em aceitar o diagnóstico, a prefeitura enfrenta uma apatia por parte da Funasa quanto à assistência aos pacientes indígenas. No município, existem atualmente sete casos confirmados de HIV entre índios, sendo quatro homens e três mulheres, atendidos hoje pelo município. “A prefeitura cuida dos pacientes, trazendo-os para Tabatinga, para que sejam submetidos a exames e possam receber medicação. Seria necessário que houvesse uma aproximação maior entre a prefeitura e a Funasa, no sentido de podermos dar uma cobertura maior aos indígenas”, explica Raimundo.
Sete casos confirmados são uma estatística alta e preocupante, de acordo com os especialistas do Programa das Nações Unidas para HIV/Aids (Unaids), que estiveram no município nos últimos dias 21 e 22 deste mês para a realização uma oficina na área de governança com gestores de saúde, dentro do Plano Integrado do GT Unaids para o Amazonas (Amazonaids), que desenvolve ações de incremento ao diagnóstico de HIV/Aids nos municípios de Benjamin Constant, Tabatinga e Atalaia do norte. As ações vêm incluindo as comunidades indígenas dos três municípios e em todos elas estão sendo diagnosticados casos de HIV/Aids.
“O problema é que os casos já chegam para o sistema de saúde do município em estágio avançado. Os índios não aceitam diagnóstico de HIV. É cultural, acham que existem outras formas de tratar, recorrem à pajelança e retardam o tratamento”, diz Raimundo, informando que quando recebe um paciente tem que cumprir um fluxograma de atendimento - que inclui um teste de confirmação, além de coleta para carga viral, CD4 e CD9 que vão definir a dosagem de antiretrovirais. “Esses exames só são feitos em Tabatinga e Manaus e demoram. A Funasa poderia atuar nessa assistência”, acredita.
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