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Índias se organizam em assembléia


A Federação Rondoniense de Mulheres — Ferom e a Organização das Mulheres Indígenas do Estado de Rondônia, Noroeste do Mato Grosso e Sul do Amazonas — OMIR em parceria com a Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres do Governo Federal estão promovendo nos dias 19 a 21 de abril na Sede Social do Sintero, o I Seminário e II Assembléia das Mulheres Indígenas do Estado de Rondônia, Noroeste do Mato Grosso e Sul do Amazonas. A região onde atuará a OMIR é claramente uma região repleta de problemas sociais, de discriminação e de violência. E é nessa realidade que residem as mulheres indígenas de diversas etnias. Somente para exemplificar encontramos no Estado do Mato Groso 759 mulheres indígenas que residem em municípios urbanos e 49,52% homens e 50,48% mulheres em Rondônia 528 mulheres indígenas estão nos municípios urbanos e 1.351 nos municípios rurais, representando 51,95% de homens e 48,05% de mulheres. O povo indígena no geral e as mulheres, em particular, sofrem todas as formas de discriminação e violência. A violência pela qual passam as mulheres indígenas vai da agressão física, ao estupro e morte até a presença de ONGs – como o Instituto Corell - intituladas defensoras dos povos indígenas que chegam a colher (sem autorização) sangue ou pele para se apropriar de material genético. Este fato foi denunciado pelas mulheres Karitianas que exigiu que o governo brasileiro – à época – acionasse a Interpol para devolver o material roubado; sem falar no roubo do material. Além da violência física, as mulheres ainda sofrem pela violência institucional através da falta de apoio ao empreendedorismo, falta de projetos educacionais, de saúde; entre outros. De tempos para cá a paciência, atenção e sabedoria da mulher índia passou a ser essencial na defesa dos direitos indígenas, junto ao governo e a sociedade de um modo geral, elevando o papel e importância dessa mulher, o que fez ela participar mais ativamente dos diversos eventos sobre a questão dos povos indígenas. Agora a mulher indígena acrescenta a seus afazeres, a sua auto organização social e política, numa ação trans-limite da aldeia e da própria etnia, junto com outras mulheres líderes, formando um feixe de argumentos e posições, difícil de ser envergado por interesses pequenos de outras sociedades que não respeitam o direito do povo e das mulheres indígenas. Para tanto se faz necessário que as mulheres indígenas se organizem numa entidade – a Ferom, uma entidade civil, com sede em Porto Velho (RO), que tem por finalidade coordenar, unificar e orientar ações e mobilizações das mulheres na defesa e exercício de seus direitos — dá suporte e incentiva à formação da associação de mulheres indígenas propiciando esse projeto, além de ter capacitado quanto à organização de associações, ministrando cursos de organização social, e em especial às mulheres indígenas que buscam no associativismo o instrumento para intensificar a melhoria e na formulação de políticas voltadas para o povo indígena, prevista na política de governo e em consonância com o Estatuto do índio. A programação começa hoje às 7h30.

Fonte:Myrella França

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