Quarta-feira, 14 de dezembro de 2011 - 14h22
Após vistoria completa dos 14.678 hectares da fazenda Santa Elina, os oficiais da justiça federal, seção judiciária de Rondônia, concederam ontem a imissão na posse ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). O órgão já providenciou o registro cartorário das terras e iniciou o cadastramento das famílias candidatas.
A fazenda foi o cenário do Massacre de Corumbiara, em agosto de 1995, envolvendo trabalhadores rurais sem-terra acampados no local e policiais militares, deixando 12 mortos, inclusive uma criança e 53 feridos. Agora o Incra criará no local dois projetos de assentamento, denominados Água Viva e Maranatá, atuais nomes da fazenda, com capacidade para 400 famílias.
As famílias candidatas aos assentamentos estão sendo cadastradas na unidade avançada da superintendência do Incra/RO de Colorado do Oeste (RO). Uma equipe de 15 servidores se deslocou para o local e já cadastrou até o momento 131 famílias.
Conforme acordo entre a Presidência da República e o Comitê em Defesa das Vítimas de Santa Elina (Codevise), serão assentadas com prioridade as vítimas comprovadas do Massacre de Corumbiara e depois as famílias de trabalhadores rurais sem-terras dos acampamentos Cambará, Zigolândia, Rio das Pedras e região. Todos devem preencher os requisitos exigidos pelo Programa Nacional de Reforma Agrária, como não ser funcionário público, comerciante e ex-beneficiário de terras públicas. Após o cadastramento é feita a triagem junto aos órgãos públicos para verificar a situação da cada candidato.
A equipe de topografia da superintendência iniciou hoje a demarcação dos lotes com o georreferenciamento.
Histórico
Com o conflito, o Incra fez o levantamento das famílias do local em 1995, totalizando 623 e distribuiu-as em seis assentamentos do estado: Guarajus, Américo Ventura, Rio Branco, Lagoa Nova, Santa Catarina e Santa Catarina Expansão. Em 2007, o Comitê de Defesa das Vítimas de Santa Elina (Codevise) fez um acordo com a Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República com novas providências para as vítimas, ocasião em que apresentou lista com 81 famílias que seriam remanescentes do massacre e ainda não haviam sido assentadas.
Em seguida, o Incra deu início à identificação de possíveis áreas para o assentamento dessas famílias remanescentes, ao tempo em que iniciou o processo de desapropriação da fazenda. O laudo agronômico concluiu que o imóvel era produtivo, porém com passivo ambiental. Com o apoio do Ibama, foi realizada uma nova vistoria que confirmou a degradação ambiental da área, possibilitando assim a desapropriação.
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Fonte: Jeanne Machado
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