Quinta-feira, 26 de julho de 2007 - 06h06
Para que não digam que não falei do Pan
"O que mais me comoveu nas últimas conquistas foi o brilho de Yane Marques, no pentatlo. Esta menina do sertão de Pernambuco competiu e venceu uma bem-nutrida canadense em cinco esportes diferentes."
Seis gramas de ouro
Neste mundo competitivo, quem tem mais é o melhor, é superior, e é mais respeitado. Certo? Não. Pelo menos dentro de um contexto holístico, as conquistas mais sublimes como a cultura, a fraternidade e a prosperidade espiritual, estas sim valem ouro.
Uma competição como o Pan, porém, nos remete para uma realidade que é a energia gerada por mais de 5 mil atletas de 42 países diferentes. A energia, então, se condensa e emerge como matéria -, esta sim voltada para a competição, digamos, palpável.
Agora sim, com lentes de contato, "o melhor", "o superior" e "o mais respeitado", começam a ser vistos por uma outra ótica, e os valores em questão, ficam mais claros. Mas, mesmo assim, há critérios questionáveis, como o peso justo que é dado ao sistema de contagem de medalhas.
2º é pouco
O Brasil briga para ser o segundo em ouro, tentando ultrapassar Cuba, dentro de um critério que nunca foi oficial, e, sim, criado a partir de 1952, nos Jogos de Helsinque, pela imprensa norte-americana, para acentuar uma superioridade sobre a União Soviética, no início da Guerra Fria. Naquela Olimpíada, os Estados Unidos ganharam 40 medalhas de ouro contra 22 dos soviéticos, enquanto que na somatória geral ouro, prata e bronze , a diferença cairia para seis medalhas.
Marketing
O marketing foi tão forte, que a mídia do mundo inteiro passou a usá-la, mesmo sabendo que o COI nunca adotou contagem por nação, para que nenhum país seja declarado, oficialmente, vencedor dos Jogos.
Hoje, os tempos são outros, e a corrida não é por ideologia nem, mesmo, Cuba se preocupa tanto por isso , mas, sim, pela marca de produtos. Um patrocinador que tem sua logomarca ligada a um atleta com medalha de ouro vai faturar muito mais que aquele que investiu em quem ficou com o bronze. Mas, qual é o critério mais justo? O maior número de medalhas somadas, ou apenas as de ouro - servindo prata e bronze, apenas, para desempate?
Critério da ilusão
Penso que para ser mais justo, há que se ter um princípio de distinguir o erro da verdade. O critério como base de comparação e peso, colocando muito mais fatores para que não haja ilusão nas conquistas. O Brasil pode, sim, comemorar as vitórias, medalhas, e pódios. Mas, não precisa comparar resultados anteriores, mesmo porque o país-sede é obrigado a competir em todas as modalidades, o que, proporcionalmente, aumenta seu poder de conquista.
Nosso orgulho
Valeu, Janeth! Valeu, sim, Fabiana! Valeu, também, a prata do basquete. Mas, o que mais me comoveu nas últimas conquistas foi o brilho de Yane Marques, no pentatlo. Esta menina do sertão de Pernambuco competiu e venceu uma bem-nutrida canadense em cinco esportes diferentes (natação, corrida, hipismo, esgrima e tiro). Recebeu com méritos aquela medalha com seis gramas de ouro. Foi demais!
- Por isso é que, penso, a análise deve ser mais criteriosa até mesmo quando se endeusa um atleta. Prefiro ter como referência as notas dadas na ginástica, onde se avalia mais do que outra coisa, o grau de dificuldade.
Para refletir
O protagonista é e sempre será o atleta. Nem o técnico, nem o médico, nem o roupeiro; será sempre o atleta. O coadjuvante tem todo o seu mérito, como os cartolas, e certos políticos, também. Mas, o que me irrita é a percepção clara daqueles que procuram fazer piquenique na sombra alheia.
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IPSIS LITTERIS: Esta coluna é publicada, simultaneamente, no jornal ALTO MADEIRA
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