Sábado, 25 de agosto de 2007 - 18h45
Memória curta
O povo brasileiro tem memória curta. (Eu sou brasileiro, portanto, estou incluído). Ontem, 24 de agosto, poucos se lembraram do 53º aniversário da morte (suicídio) de Getúlio Vargas. Mesmo atrasado, faço, nesta edição, a minha homenagem ao grande presidente, que, embora ditador, continua citado como um grande benfeitor do povo brasileiro. E, eu, ainda, me lembro daquele dia, porque, com 9 anos de idade, estava em sala de aula, quando o professor Salomão - meu pai - anunciou a morte daquele a quem havia servido como ordenança. E, entristecido, dispensou todos os alunos do, à época, curso primário.
A era Vargas
Revolução de 1930, Estado Novo, nacionalismo, desenvolvimento econômico, "o petróleo é nosso", direitos trabalhistas, industrialização, desenvolvimento industrial brasileiro, o suicídio. Um impressionante corolário histórico de patriotismo.
Estado Novo
Getúlio Dornelles Vargas nasceu em 19 de abril de 1882, e faleceu (suicidou-se) em 24 de agosto de 1954. Foi o presidente que mais tempo governou o Brasil. De origem gaúcha (nasceu na cidade de São Borja), Vargas foi presidente do Brasil entre os anos de 1930 a 1945 e de 1951 a 1954. Entre 1937 e 1945 instalou a fase de ditadura, o chamado Estado Novo.
Getúlio Vargas assumiu o poder em 1930, após comandar a Revolução de 1930, que derrubou o governo de Washington Luís. Seus quinze anos de governo seguintes, caracterizaram-se pelo nacionalismo e populismo. Sob seu governo foi promulgada a Constituição de 1934. Fecha o Congresso Nacional em 1937, instala o Estado Novo e passa a governar com poderes ditatoriais. Sua forma de governo passa a ser centralizadora e controladora.
A censura
Um grande pecado de Vargas: ele criou o DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda) para controlar e censurar manifestações contrárias ao seu governo.
Perseguiu opositores políticos, principalmente partidários do comunismo. Enviou Olga Benário, esposa do líder comunista Luis Carlos Prestes, para o governo nazista, de Hitler, qua a assassinou, impiedosamente.
- Por isto, eu jamais o perdoarei. E, recomendo, principalmente, para estudantes, que leiam o livro OLGA, de Fernando Morais - obra impressionante e imperdível para quem quer conhecer um pouco mais os bastidores de uma parcela (vergonhosa) história.
Bom Governo
Getúlio criou a Justiça do Trabalho (1939); instituiu o salário-mínimo; a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Os direitos trabalhistas também são frutos de seu governo: carteira profissional, semana de trabalho de 48 horas e as férias remuneradas.
Vargas investiu muito na área de infra-estrutura, criando a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), em 1940; a Vale do Rio Doce (1942); e a Hidrelétrica do Vale do São Francisco (1945). Em 1938, criou o IBGE (Instituto brasileiro de Geografia e estatística). Saiu do governo em 1945, após um golpe militar.
O Segundo Mandato
Em 1950, Vargas voltou ao poder através de eleições democráticas. Neste governo continuou com uma política nacionalista. Criou a campanha do "Petróleo é Nosso" que resultou na criação da Petrobrás.
O suicídio
Em agosto de 1954, Getúlio Vargas se suicidou, no Palácio do Catete, sede do Governo, no Rio de Janeiro, com um tiro no peito. Deixou uma carta-testamento com uma frase que entrou para a história: "Deixo a vida para entrar na História".
Até hoje o suicídio de Vargas gera polêmicas. O que sabemos é que seus últimos dias de governo foram marcados por forte pressão política por parte da imprensa e dos militares. A situação econômica do país não era positiva, o que gerava muito descontentamento entre a população.
O governo positivo
Embora tenha sido um ditador e governado com medidas controladoras e populistas, Vargas foi um presidente marcado pelo investimento no Brasil. Além de criar obras de infra-estrutura e desenvolver o parque industrial brasileiro, tomou medidas favoráveis aos trabalhadores. Foi na área do trabalho que deixou sua marca registrada. Sua política econômica gerou empregos, e suas medidas na área do trabalho favoreceram os trabalhadores brasileiros.
Na política
GV criou o PTB (Partido Trabalhista Brasileiro), sua base de sustentação política. Mas, depois, traído por velhos companheiros, para derrubar a força destes, instituiu o Partido Social Democrático (PSD). Ambos de gloriosa memória! Aliás, mais tarde foi imitado por seu mais fiel seguidor Leonel de Moura Brizola, que criou o PDT (Partido Democrático Trabalhista), para enfrentar seus artigos correligionários.
Conclusão
A conclusão desta lembrança de Getúlio Vargas, faço com as palavras do atual presidente da República (Luiz Inácio da Silva): "Ele era um presidente que tinha compromisso com o país. Muita coisa que temos no Brasil, hoje, foi esse homem quem criou. Mas, por pressões, foi embora em 24 de agosto de 1954".
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