Segunda-feira, 7 de agosto de 2006 - 17h02
A senadora Fátima Cleide (PT-RO) sustentou em discurso, nesta segunda-feira (7), "acreditar firmemente" no envolvimento do poder Executivo de Rondônia nos casos de corrupção que levaram a Polícia Federal, na última sexta-feira, a prender os presidentes da Assembléia Legislativa e do Tribunal de Justiça do estado, além de outras 21 pessoas.
- É da competência do Executivo liberar recursos do orçamento. Portanto, não seria possível destinar mais dinheiro, acima da Lei de Responsabilidade Fiscal, para saciar a ambiçãodos demais poderes sem a sua participação. É óbvio - disse.
A senadora lembrou que, em maio do ano passado, o governador Ivo Cassol divulgou pela TV Globo gravação que ele fizera sendo achacado por deputados estaduais. O curioso na história, continuou, é que as gravações haviam sido feitas dois anos antes. Ela indagou por que o governador não as divulgou antes e observou que, depois da divulgação das fitas, "a briga entre os poderes deixou de existir" e o governador nomeou novo chefe da Casa Civil, com a missão de negociar com os parlamentares.
- Esse assessor, agora candidato a vice-governador na chapa de reeleição do governador, é um dos 23 presos - realçou.
Fátima Cleide afirmou que o Judiciário de Rondônia é constituído, em sua quase totalidade, por juízes e desembargadores honestos, e pediu à Justiça que, além da prisão dos acusados, haja o ressarcimento de aproximadamente R$ 70 milhões que teriam sido desviados da Assembléia Legislativa. Lembrou já ter denunciado, no Senado, "uma banda podre no Poder Judiciário de Rondônia", tendo sido, à época, "duramente atacada e criticada por parte da imprensa local".
A senadora por Rondônia sugeriu que o Supremo Tribunal Federal suspenda a norma da Constituição estadual que trata da imunidade parlamentar dos deputados estaduais.
- Não se pode invocar a própria torpeza dos deputados estaduais para restringir o trabalho da polícia, do Ministério Público e do Poder Judiciário na investigação dos seus crime -disse.
Fátima Cleide citou ainda uma frase do ex-ministro do STF Célio Borja, em entrevista no final de semana, segundo o qual neste momento "a crise moral é das pessoas, não das instituições". O discurso da senadora foi apoiado pelos senadores Eduardo Suplicy (PT-SP) e Heráclito Fortes (PFL-PI). Heráclito só reclamou que, no discurso, a senadora tenhausado a frase "a Polícia Federal deste governo". Para ele, a Polícia Federal pertence à República, e não a governos.
Fonte: Eli Teixeira / Repórter da Agência Senado
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