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FARC: 'Não coletaram nem um terço das informações', diz Carlos Eduardo




A estória das FARCs em Rondônia continua rendendo e provocando polêmicas manchetes na mídia local e nacional. Até a Câmara Federal ouviu autoridades militares de Porto Velho em audiência pública.
Em recente entrevista ao jornalista Léo Ladeia no programa Sala Vip, o delegado Carlos Eduardo, que comanda Polícia Civil do interior do estado disse que é o maior crítico dessa situação.  É válida a reivindicação dos movimentos sociais, mas ele não admite. "É uma pena que só agora estão publicando algumas situações ocorridas, bom que as autoridades também estão tomando plena consciência da gravidade dos fatos pontuais e que são em sua opinião, movimentos violentos, que envolvem tráficos de entorpecentes e utilização de armas, não podemos admitir isso", disse Carlos Eduardo.
Para o delegado Eduardo, é uma situação séria e a sociedade tem que estar consciente, cobrar soluções e apontar responsáveis por tudo isso. “Temos que ter seriedade nessas coisas, nós estamos falando de vidas humanas, de estado de direito, de propriedade (se não é da pessoa que o estado vá lá tire aquela pessoa e assente quem quiser, mas se é, mantenha também a legalidade). Se não fosse a imprensa nacional não teríamos chegado a esse nível de debate, e tem mais, eu estou falando desse assunto tem dois anos, e não coletaram nem um terço das situações críticas que existem lá dentro. Para nós da segurança só sobram ações de bombeiro, nós vivemos apagando fogo, porque dentro deste tipo de ambiente existem mortes, ameaças e tráfico".
Carlos Eduardo afirma que o efetivo das Polícias Federal e estadual não atende a região (Buritis-RO), segundo ele, ali são reservas, que é quase o tamanho de um estado e são áreas de reservas ambientais. No entender de Carlos o sistema de informação é muito profissional, "se chegar um repórter no local eles vão perguntar quem você é, isto é um absurdo".

Para Eduardo as Farcs começaram assim. "A FARC tem que levantar dinheiro, e o que ela faz, seqüestro, morte e tráfico, este é o fundo de reserva para que eles possam funcionar e manter uma guerrilha funcionando".
Para Carlos Eduardo existe um gueto, e essa situação tem que ser resolvida. “Agora tem que separar as situações, existem pessoas boas, trabalhadoras, mas o grupo dominante por enquanto é que dá as cartas do jogo. Vejam as mortes que foram praticadas, as ameaças que fazem pra justiça, querendo invadir fórum, delegacia, Ministério Público, o que é isso?”. (Gentedeopinião)




Guerrilheiros das Farcs podem entrar na Amazônia:
Coronel admite essa possibilidade em depoimento na Câmara

CHICO ARAÚJO 
[email protected]

 BRASÍLIA — Pode haver ‘transbordamento’ (entrada) de guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farcs) para o território brasileiro. A hipótese foi levantada pelo coronel do Exército Gustavo de Souza Abreu na terça-feira, 29, durante audiência na Comissão da Amazônia da Câmara. Abreu é assessor militar do Departamento de Política e Estratégia do Ministério da Defesa.

Além da ameaça das Farcs, o coronel Souza Abreu fez outra revelação preocupante. Admitiu, sem qualquer cerimônia, que o contingente militar em atuação na Amazônia é insuficiente para proteger a região. O Exército mantém apenas 25 mil homens na Amazônia — o contingente no Rio é de 57 mil militares. Mas, segundo ele, “é possível haver um aumento nos próximos anos com a implantação do Plano Nacional de Defesa [previsto para setembro de 2008]”.

Mesmo diante da situação, Souza Abreu diz que a Forças Armadas estão tranqüilas. Tudo porque, segundo ele, o Brasil leva vantagem nas operações militares. “Podemos não ter fuzis modernos, mas nosso homem é extremamente bem preparado”. Explicou ainda que os pelotões de fronteira do Exército têm a função de alertar para perigos. “Os pelotões de fronteira são como uma campainha. Sua função não é deter, é vigiar”, disse.

A presidente da Comissão, deputada Janete Capiberibe (PSB-AP), considera grave a situação e defende reforço policial e nos sistemas de vigilância e defesa da Amazônia. “Para garantir sua soberania, a Amazônia precisa também de políticas públicas eficientes e inovadoras, especialmente em saúde, educação e na área da produção sustentável”, ressalta. “Não existe proteção na Amazônia, se o seu povo não estiver protegido da fome e da miséria.” 

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Situação da Amazônia preocupa, diz Souza Abreu /LUIZ ALVES


Situação é caótica 

A fragilidade exposta pelo coronel preocupa os deputados. Francisco Praciano (PT-AM) avalia que a fragilidade na fiscalização favorece o narcotráfico e a biopirataria. Atualmente, até a água do Rio Amazonas é contrabandeada para o exterior. Praciano diz que a saída é o urgente reaparelhamento das Forças Armadas e da Polícia Federal (PF) na Amazônia. Para ele, a situação é “caótica”: a PF não possui um helicóptero e o Ibama tem apenas quatro aviões para atender todo o País.

Ilderlei Cordeiro (PPS-AC) avalia, por sua vez, que a ineficiência na fiscalização por estar permitindo que integrantes das Farcs comprem suprimentos básicos em território brasileiro. A prática, segundo ele, acontece em diversos países vizinhos.

Os deputados Marcelo Serafim (PSB-AM) e Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) criticaram a ineficiência do Sistema Integrado de Proteção da Amazônia (Sipam), em Manaus (AM). Auditoria recente do Tribunal de Contas da União (TCU) comprovou que mais da metade dos 160 terminais Sipam estão inoperantes. O sistema concebido para proteger a Amazônia, que custou aos cofres públicos 1,4 bilhão de dólares (cerca de R$ 2,3 bilhões) entre 1998 e 2002, opera bem abaixo da capacidade.

“A gente conversa muito sobre a Amazônia, mas a minha impressão é que o orçamento para a região é muito pequeno em relação à sua extensão e importância”, diz. Janete Capiberibe prometeu que a comissão poderá ajudar aos órgãos que atuam na Amazônia a resolver suas deficiências orçamentárias. Para isso, ela pediu que os órgãos que atuam na região enviem à comissão dados sobre sua situação orçamentária. (Agência Amazônia)

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