Quarta-feira, 11 de abril de 2007 - 05h53
Investimento vai para equipamentos de pesca, colheita e melhoria das casas
O Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar Pronaf, através de suas linhas de crédito rural, têm melhorado as condições de vida dos moradores da Reserva Extrativista do Lago do Cuniã, localizada a 130 quilômetros de Porto Velho. Desde 2004, as famílias tiveram acesso à linha "A" do programa e financiaram a compra de canoas, motores, roçadeiras, caixas d'água, kits para casa de farinha, entre outros. Já no final do ano passado, além desse financiamento, os moradores também foram contemplados pela linha A/C (para plantação de mandioca). Um total de 195 mil distribuídos entre 19 famílias só em 2006.
"O Pronaf tem mudado a vida de quem tá investindo certo", revela Hailton Alves Lopes, morador da comunidade Silva Lopes Araújo, uma das quatro que fazem parte da reserva. Para essas pessoas, que vivem do extrativismo de castanha e açaí, da pesca e da fabricação artesanal de farinha, o crédito é a única chance de investir e conseguir mais vantagem no comércio. "Antes eu trabalhava mais para atravessador do que para mim mesmo. Peguei o crédito o ano passado e já melhorou o que eu ganho", diz Zacarias Souza Santos.
Primeiro, o teto
"Antes de ter esses projetos, quem tinha casa de telha? Era só de palha e quando chovia tinha que sair correndo. E quem ia mudar isso só com o dinheiro da pesca? Vixe, mudou muito." É com emoção que Maria Domingas Felipe dos Santos, mãe de 11 filhos e avó de 9 crianças, fala sobre as primeiras transformações que os créditos trouxeram às comunidades.
Moradora antiga, ela lembra que os primeiros créditos, de apoio e habitação, foram liberados pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária Incra em 2002. Naquele ano, os moradores da reserva foram reconhecidos como beneficiários do Programa Nacional de Reforma Agrária. Sob a responsabilidade do Incra, a primeira ação foi a liberação do dinheiro para reforma ou construção de moradias, que beneficiou 108 pessoas. "Fiz a casa de alvenaria, pus cerâmica... Antigamente não era assim", confirma Francisco Luiz de Souza.
Mais recursos
Se depender da vontade dos moradores, novos investimentos não vão parar de chegar. "Eu já mandei tirar xérox dos documentos", diz Alfredo Gomes, esperando o financiamento desse ano. E não vai demorar. Segundo Clebio Lima Barreto, técnico da Assessoria Técnica, Social e Ambiental ATES que cuida da aplicação do Pronaf na reserva, mais dinheiro virá a partir de abril.
Gilberto Raposo, presidente da Associação dos Moradores da Reserva Extrativista do lago do Cuniã ASMOCUN, resume a importância social desses investimentos. "É bom porque as pessoas podem fazer o que gostam e o que sabem que dá certo". Ou seja, investir na atividade tradicional dos povos da floresta significa garantir a vida digna no local, a conservação da vegetação e inibir a migração do campo para a cidade. É o exemplo de Domingas: "minha filha foi para Porto Velho e o marido está desempregado. Com o crédito, vão voltar a morar aqui".
Fonte: Vanessa Ibrahim
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