Quinta-feira, 20 de novembro de 2025 | Porto Velho (RO)

×
Gente de Opinião

Política

Estudo sobre impacto de projeto em Rondônia teve primeira versão em 2005


Wellton Máximo
Agência Brasil

Brasília - Os estudos ambientais das hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau, planejadas para o Rio Madeira, foram elaborados por um consórcio formado pela estatal do setor elétrico Furnas e pela empreiteira Odebrecht, que informam ter gastado até agora cerca de R$ 150 milhões no trabalho. Os documentos ficaram prontos em maio de 2005, mas, a pedido do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), as duas empresas interessadas no projeto tiveram que prestar sucessivos esclarecimentos ao órgão. As últimas complementações foram entregues no dia 11.

Obrigatórios desde a década de 80 para a construção e ampliação de empreendimentos que possam interferir no meio ambiente, o estudo de impacto ambiental (EIA) e o relatório de impacto ambiental (Rima) são instrumentos utilizados não apenas para avaliar os efeitos de uma determinada construção sobre um espaço ecológico, mas para definir programas de acompanhamento e de compensação dos possíveis danos à natureza.

Em 1986, uma resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) tornou obrigatória a elaboração do EIA/Rima para obra ou atividade que possa trazer prejuízos ambientais. Esses impactos estão listados na própria resolução. Em 1988, o Brasil tornou-se o primeiro país a introduzir, na Constituição, a necessidade do EIA para empreendimentos que possam provocar a degradação da natureza, como prevê o Artigo 225.

Versão resumida do EIA, o Rima, segundo a legislação ambiental brasileira, deve explicitar as conclusões do estudo. O relatório deve tornar públicas, em linguagem acessível, as vantagens e desvantagens de determinado empreendimento. O Ibama só pode liberar a licença ambiental após a aprovação do EIA/Rima.

O EIA e o Rima são de responsabilidade dos construtores, mas, no caso do setor elétrico, os dois documentos são elaborados antes da licitação da obra. Uma empresa interessada no empreendimento produz os estudos ambientais, mesmo correndo o risco de não conquistar o direito de construir a usina. Caso os autores do EIA/Rima não vençam o leilão, eles são reembolsados pelos vencedores da licitação.

É o que ocorre com as hidrelétricas do Rio Madeira. Em agosto de 2003, o consórcio formado por Furnas e Odebrecht comprometeu-se com o Ibama a preparar os levantamentos ambientais. Desde então, foram quase quatro anos de idas e vindas, entre apresentações de relatórios e contestações por parte do Ibama e do Ministério Público.


 

Gente de OpiniãoQuinta-feira, 20 de novembro de 2025 | Porto Velho (RO)

VOCÊ PODE GOSTAR

Vereador Everaldo Fogaça exige voz dos parlamentares na definição das praças que receberão reformas

Vereador Everaldo Fogaça exige voz dos parlamentares na definição das praças que receberão reformas

Durante a Primeira Discussão e Votação do Projeto de Lei nº 4.958/2025, o vereador Everaldo Fogaça (PSD) fez uma fala firme cobrando maior participa

Proposta do deputado Ismael Crispin assegura certidões em braile e áudio para pessoas com deficiência visual

Proposta do deputado Ismael Crispin assegura certidões em braile e áudio para pessoas com deficiência visual

A garantia de direitos também passa pela forma como as pessoas acessam suas próprias histórias. Pensando nisso, foi sancionada no último dia 12 de n

Deputada Cristiane Lopes vota favorável ao projeto que endurece o combate às organizações criminosas no Brasil

Deputada Cristiane Lopes vota favorável ao projeto que endurece o combate às organizações criminosas no Brasil

A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (19), o Projeto de Lei 5582/2025, conhecido como Antifacção, que estabelece um novo marco legal no

Assembleia Legislativa autoriza cerca de R$ 3 milhões para a Defensoria Pública do Estado

Assembleia Legislativa autoriza cerca de R$ 3 milhões para a Defensoria Pública do Estado

A Assembleia Legislativa de Rondônia (Alero) aprovou a destinação de aproximadamente R$ 3 milhões à Defensoria Pública do Estado (DPE). A votação do

Gente de Opinião Quinta-feira, 20 de novembro de 2025 | Porto Velho (RO)