Sexta-feira, 1 de junho de 2007 - 18h03
A Amazônia tem a menor cobertura de domicílios atendidos com energia elétrica entre todas as regiões do País, mesmo com o excepcional potencial hidráulico de 120 milhões de megawatts (MW), quase a metade do volume nacional de 260 milhões de MW. O déficit no setor rural da região ultrapassa dois milhões domicílios sem acesso à eletricidade, conforme o deputado Henrique Afonso (PT-AC). Ou a metade, segundo a estatística oficial.
O governo admite essa situação na versão final para consulta do estudo Plano Amazônia Sustentável (PAS), elaborado pela Casa Civil da Presidência da República e pelos ministérios do Meio Ambiente, Integração Nacional e Planejamento, Orçamento e Gestão. O PAS abrange a Amazônia Legal, que inclui os estados da região norte (Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins) mais o estado de Mato Grosso e a maior parte do Maranhão.
Só um décimo da potência
Para os 260 milhões de MW de potência hidráulica nacional, a Amazônia responde por quase a metade (120 milhões de MW). Contudo, a capacidade instalada restringe-se apenas a 10% desse potencial (12,23 milhões MW), enquanto no restante do País supera os 50% (capacidade instalada de 76,5 milhões de MW para um potencial de 140 milhões de MW).
Conforme o PAS, a produção de energia elétrica somou 51,60 milhões de gigawatts/hora em 2004, com destaque para o Pará (31,39 milhões de GWh), secundado pelo Amazonas, Mato Grosso e Tocantins, todos com produção entre 4,6 milhões e 5,5 milhões de GWh. Gigawatt é um watt seguido de nove zeros, ou seja, um bilhão de watts.
Câmara abre debate
Na reunião ordinária desta semana a Comissão da Amazônia da Câmara dos Deputados aprovou requerimento do deputado Henrique Afonso (PT-AC), solicitando audiência pública sobre o assunto.
Afonso reconhece a importância do Programa do governo federal Luz para Todos, que desde 2004 promove a inclusão de comunidades isoladas no atendimento energético, no entanto, lembra as dificuldades vividas pelas populações com difícil acesso à energia. "No Brasil, cerca de cinco milhões de domicílios brasileiros, totalizando 15 milhões de habitantes, não têm acesso à energia elétrica; dois milhões desse total estão nas regiões isoladas do norte", destacou.
Saiba mais:
* Ponto polêmico: o Plano Amazônia Sustentável quer colocar o debate acerca do desenvolvimento da Amazônia no contexto do desenvolvimento do País, inclusive com a perspectiva de revisão de velhas abordagens que predominaram na interpretação da região.
* O relatório governamental expõe 23 itens no subtítulo Amazônia Hoje; dez itens no subtítulo Estratégias para o Futuro; e possui seis anexos.
* A Amazônia Brasileira não deve ser considerada de forma isolada, constatam os técnicos.
* A prioridade estabelecida na política externa do governo federal, de ênfase na integração nacional, leva a uma preocupação maior com a Amazônia Sul-Americana, eles assinalam.
* A Bacia Amazônica e o Bioma Florestal são as principais referências.
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Fonte: MONTEZUMA CRUZ:
Editor da Agência Amazônia de Notícias e nosso colaborador.
Foto: catarinag.blogs
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