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Encapuzados ameaçam alunas e professores da UNIR


Clima de tensão, medo, choro, pais de alunos apreensivos, trabalhadores preocupados com a “onda” de ameaças. A greve da Fundação Universidade Federal de Rondônia que neste dia 17 de novembro de 2011 completa 64 dias de mobilização, passa por momentos de tensão, diante de ações criminosas de grupos que tentam através da intimidação, desmobilizar o movimento grevista. Ameaças escritas, professores e alunos vítimas de atentados, e ontem (quarta-feira – 16.11.2011), dois bandidos encapuzados ameaçaram de morte uma aluna do Curso de Psicologia.

De acordo com o professor Carlos Luiz Ferreira da Silva (membro da coordenação do movimento grevista) a situação é extremamente preocupante e hoje se teme efetivamente pela segurança de todos os envolvidos neste movimento, e principalmente, por parte dos alunos que estão ocupando a reitoria da Unir por 64 dias. “Pelos desdobramentos que vem acontecendo, estamos temerosos pela integridade física dos nossos acadêmicos. Se vivencia aqui um verdadeiro terrorismo. São jovens chorando, temendo por suas vidas, e isto demonstra de forma inquestionável, o que vem acontecendo na Unir”, disse ele.

Ontem (quarta-feira), a acadêmica T.S. do Curso de Psicologia foi surpreendida em sua residência, com a ação de bandidos encapuzados. Segundo ela, duas pessoas, ambas encapuzadas e ocupando um veículo de cor preta, estiveram em sua casa. Como chovia se dirigiu até a proximidade do carro, quando a estudante foi surpreendida com as ameaças de morte, caso se mantenha no movimento grevista. Um professor em Rolim de Moura também foi surpreendido com um ataque surpresa, quando desconhecidos atiraram pedras. Na semana passada, um grupo de estudantes também foi ameaçado ao sair de uma emissora de televisão. Outras alunas do movimento grevista também denunciam seguidas ameaças por parte de pessoas supostamente ligadas ao reitor Januário Amaral.

O professor Carlos Luiz Ferreira da Silva disse ontem, que são inúmeros os registros de alunos, alunas e professores que denunciam perseguição, e inclusive vem sendo seguidos em seus deslocamentos. Até mesmo veículos da Unir tem sido identificados rondando residências de alguns servidores. O professor disse ser necessário uma investigação por parte da Polícia Federal e pediu apoio da Ordem dos Advogados do Brasil, diante da gravidade dos fatos. A situação é tão tensa, disse ele, que estamos agora solicitando o apoio e o acompanhamento permanente da Comissão de Justiça e Paz da Arquidiocese de Porto Velho.

Na tarde de ontem novas ameaças. Panfletos (fotocopiados) foram espalhados nos laboratórios e departamentos do campus da Unir em Porto Velho, e novamente com ameaça direta a alunos e professores. Confira o teor: “ Não adianta cantar vitória antes do tempo. Muita água ainda pode rolar... segue alguns nomes que podem descer na enchente do rio: Professores. De Porto Velho: Tárique, Paulo Morais, Ninno Amorim, Lou-Ann, Marcelo Sabino, Carlos Tenório, Paulo de Tarso, Petrus, Rogério, Rosinete, Socorro, Rubiane, Estevão, Raitany, Geane, Mário, Paulo Borges, Erasmo. De Rolim de Moura: Fabrício, Adriane, Graça, Rodolfo, Marilsa. De Ji-Paraná: João Gilberto. De Ariquemes: Verônica. Alunos: Talyta, Vinícius, Daniel, Rafael, Fernanda Ortigosa, Gustavo, Maiara, Iagê, Felipe, Joyce, Débora, Cleiciane, Bárbara.”

A professora doutora Marilsa Miranda de Souza do Departamento de Educação Universidade Federal de Rondônia, lotada no Campus de Rolim de Moura, também denuncia a onda de perseguições e ameaças: “É importante divulgarmos as ameaças que vem sofrendo os professores da Unir devido as denuncias de corrupção. Um exemplo concreto e "corriqueiro" são as ameaças, já vistas no ano passado contra mim, as mais recentes contra o Prof. Fabrício e agora o bilhete anônimo. É importante denunciar isso, inclusive como forma de se precaver dessas práticas de crime organizado (associar isso à denuncia feito pelo MP Estadual), já que esta organização criminosa também parte para intimidação e coação de denunciantes. Esta organização criminosa, tenta, como foi o caso da Maria do Carmo, de criar um clima de inversão, como se os corruptos fossem os denunciantes”.

Fonte: Comando de Greve da UNIR

 


 

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