Quinta-feira, 13 de novembro de 2008 - 22h30
O Estado não deixará de aplicar recursos na capital para aplicar no interior, pelo contrário. Vai aplicar nos dois!, explicou o governador Ivo Cassol em entrevista concedida a veículos de comunicação de Porto Velho, na última quarta-feira (12-11), ao esclarecer dúvidas referentes à aplicação de recursos de compensação ambiental do consórcio Madeira Energia S.A MESA, na conclusão do Hospital Regional de Cacoal.
Segundo Cassol, a utilização de parte desses recursos no hospital de Cacoal foi a forma estratégica encontrada pelo governo de otimizar os recursos do Estado e aplicar maiores investimentos na saúde. Não estamos desviando recursos da capital para o interior. O dinheiro a ser aplicado na capital será aplicado, já que o dinheiro a ser investido agora pela Mesa no hospital será restituído com o empréstimo de R$ 111 milhões disponíveis ao Estado, explicou.
Esse descolamento de recursos, segundo Cassol, é para evitar a burocracia da administração pública, já que se fosse esperado todo o trâmite necessário para licitação da obra do hospital de Cacoal haveria uma perda de pelo menos 6 meses, tempo esse, que será otimizado agora com o início das obras no hospital.
Cassol explicou também a importância da conclusão do hospital para os pacientes da capital e do interior. Com a necessidade de mais leitos com a demanda das usinas e com um tempo de construção de um novo hospital de no mínimo de 3 anos, entendemos ser melhor concluir o hospital de Cacoal, que disponibilizará 160 novos leitos e desafogará os hospitais da capital, já que os pacientes do interior não precisarão mais vir para Porto Velho.
Outro ponto esclarecido pelo governador, foi que os recursos de R$ 32 milhões de compensação da Mesa destinados para saúde de Porto Velho, serão investidos na reforma e ampliação do Hospital de Base e João Paulo Segundo. No Hospital de Base aumentaremos em 100 leitos, sendo 60 de unidade de terapia intensiva (UTI) e 40 de enfermaria, falou.
Cassol fez questão de esclarecer ainda que o Estado receberá ainda R$ 30 milhões da Mesa, referentes à licença ambiental concedida pelo Ministério do Meio Ambiente para saneamento básico da capital e esse é o recurso que será repassado ao hospital, já que a rede de esgoto de Porto Velho está garantida pelo empréstimo. Com esse recurso da LI, o Estado não precisaria pegar os R$ 111 milhões disponíveis para empréstimo junto a Caixa para contrapartida do PAC, poderíamos pegar apenas R$ 81 milhões. No entanto, pensando na melhoria da saúde vamos pegar o empréstimo integral e garantir assim, a conclusão do hospital e um investimento de R$ 62 milhões na saúde pública.
Esse remanejamento de investimentos foi autorizado pelo Ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, desde que o Estado garantisse a realização de 100% do saneamento básico, com que será feito com o empréstimo.
O Tribunal de Contas da União (TCU), que tinha embargado a obra do Hospital de Cacoal por irregularidades, já autorizou a conclusão.
A previsão de término das obras, de responsabilidade do consórcio Mesa, é de 12 meses, o que beneficiará em curto prazo a população.
Fonte: Decom
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