Terça-feira, 2 de dezembro de 2025 | Porto Velho (RO)

×
Gente de Opinião

Política

Em dez anos, luz sobe 350%; inflação sobe 196%


Descontada a inflação, aumento real da eletricidade foi de 77%. Maior aumento foi para a indústria, de 430% no período
Da Agência Estado
Nos últimos dez anos, os reajustes das tarifas de energia elétrica ficaram bem acima da inflação no período, mesmo com aumentos mais suaves pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) nos últimos meses. Entre dezembro de 1996 até junho deste ano, as tarifas médias subiram 350%, enquanto a inflação medida pelo índice IPCA registrou variação de 196%. Em termos reais (descontando-se a inflação) o aumento na conta de luz atingiu 77%.
O maior aumento foi para a indústria, que acumula variação de 430% nesse intervalo, enquanto para o consumidor residencial o reajuste atingiu 283%. Esse movimento foi mais evidente no governo Lula, invertendo a política adotada no governo anterior, em que os aumentos maiores eram para os consumidores residenciais.
Tomando-se o final de 2002 como ponto de referência, o aumento para o consumidor residencial atingiu 144% até junho deste ano, enquanto a indústria amargou aumento de 227% no mesmo período. A tarifa média contabiliza variação de 181% nesses quatro anos e meio, a partir de dezembro de 2006.
Segmentos
Dos oito segmentos listados pela Aneel, o que teve maior incremento no governo Lula foi o segmento de consumo próprio, ou seja, as empresas que produzem a energia que consomem. O aumento para esse setor atingiu 287% desde dezembro de 2006, com variação de mais de 100 pontos percentuais em relação ao aumento médio de todos os setores. Ao contrário do governo anterior, as autoridades governamentais não vêem com bons olhos a presença de auto-produtores na geração de energia elétrica.
Mesmo com esses reajustes diferenciados, o setor industrial ainda tem tarifas inferiores às praticadas pelos consumidores residenciais, o que é justificado por volumes mais elevados de energia consumida. Pelos dados da Aneel, a tarifa média era de R$ 258,07 por MWh em junho enquanto os consumidores residenciais pagavam tarifas de R$ 300,46 e as indústrias R$ 216,88.
O poder público e os auto-produtores estão com tarifas próximas às dos consumidores residenciais, com tarifas de R$ 296,90 e R$ 294,58 por MWh, respectivamente. As tarifas mais baixas eram para iluminação pública (R$ 167,03), setor rural (R$ 181,15) e serviço público (R$ 191,36).  

Gente de OpiniãoTerça-feira, 2 de dezembro de 2025 | Porto Velho (RO)

VOCÊ PODE GOSTAR

Alero entrega voto de louvor pelos 50 anos da Assembleia de Deus de Colorado do Oeste

Alero entrega voto de louvor pelos 50 anos da Assembleia de Deus de Colorado do Oeste

A Assembleia de Deus de Colorado do Oeste celebrou seu Jubileu de Ouro, marcando 50 anos de atuação religiosa e comunitária no município. Durante a

Projetos que destinam mais de R$17 milhões ao TCE-RO e ao Funprecap são aprovados na Alero

Projetos que destinam mais de R$17 milhões ao TCE-RO e ao Funprecap são aprovados na Alero

A Assembleia Legislativa de Rondônia (Alero) aprovou dois Projetos de Lei Ordinária (PLO) que tratam da abertura de créditos adicionais suplementare

Deputada federal Cristiane Lopes destaca força da agricultura familiar na 1ª Feira Agrotec em Porto Velho

Deputada federal Cristiane Lopes destaca força da agricultura familiar na 1ª Feira Agrotec em Porto Velho

A deputada federal Cristiane Lopes marcou presença na primeira edição da Feira Tecnológica de Agroindústria e Agricultura Familiar (Agrotec), realiz

Após vitória no Senado, Cristiane Lopes garante prioridade à aposentadoria integral dos ACS e ACE na Câmara

Após vitória no Senado, Cristiane Lopes garante prioridade à aposentadoria integral dos ACS e ACE na Câmara

A aprovação por unanimidade, no Senado Federal, da proposta que garante aposentadoria integral e paritária aos agentes comunitários de saúde (ACS) e

Gente de Opinião Terça-feira, 2 de dezembro de 2025 | Porto Velho (RO)