Quinta-feira, 15 de outubro de 2020 - 11h33
Um dos mais recorrentes
problemas das administrações de Porto Velho tem sido a transformação da
Prefeitura em laboratório para experiência e aprendizado. O candidato, ainda
que cheio de intenções nobres, não pode dedicar dois anos de seu mandato ao
estudo do funcionamento da máquina administrativa. Isso, porque, nos dois anos
seguintes ele será conduzido, pelas forças políticas que o cercam, a realizar
vistosas obras eleitoreiras para buscar a reeleição, pressionado pelas
circunstâncias a que a inexperiência o conduziu,
O raciocínio é do candidato a
prefeito pelo MDB, número 15, Williames Pimentel, para quem é preciso
credenciar-se antes para candidatar-se apenas depois. “O candidato deve
respeito à população, não apenas daquela parcela que o elegeu, mas de toda a
cidade. Por isso é que não se pode admitir que um prefeito vá, apenas depois da
posse, estudar o município, conhecer as dificuldades, saber dos anseios e
reclamações da população que nele toca sua vida. Porque não dá para compensar,
com asfalto espalhado a toque de caixa, dois anos de imobilismo, abandono e
sofrimento. De criança sem escola, de postos sem saúde ou de transporte público
do tipo “cada qual dê seu jeito”.
Nada de saneamento, drenagem,
redes de água e esgotos. Nada de obras enterradas. Não interessa se são
fundamentais para o bem estar, a saúde e a qualidade de vida da população,
especialmente das camadas mais vulneráveis. “O que importa é a quantidade de votos
que a obra possa render. Não dá para viver numa cidade assim. O prefeito tem
que ter pertencimento à cidade e empatia para com o sofrimento da população”.
Pimentel sabe disso, porque nasceu em Porto Velho e já conviveu com as mais
angustiantes situações da população em 14 anos de gestão do setor de saúde no
município e no estado.
Por isso é que Pimentel
pretende aplicar um plano de ação imediata na prefeitura, verdadeiro choque de
gestão. “Vamos dividir a cidade em subprefeituras, para acompanhar de perto os
problemas e apresentar soluções rápidas e eficazes. Vamos agir já nos primeiros
dias na segurança pública, para instalar policiamento ostensivo permanente nas
áreas mais críticas. O mesmo vamos fazer, com intensidade, na recuperação da
saúde pública. Vamos interferir na retomada das obras da central de tratamento
de esgotos da zona sul, que está parada mesmo com os recursos depositados na
Caixa Econômica. Só essa obra vai beneficiar mais de 200 mil pessoas e ampliar
o esgotamento sanitário na cidade de 3,5 para 14 por cento. Nós vamos fazer um
enfrentamento rápido, inclusive com a desobstrução dos canais de escoamento e
bocas de lobo nos pontos de alagamento. São sempre os mesmos pontos críticos. E
a Prefeitura sabe disso. Não faz porque não rende voto” – concluiu Pimentel.
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