Sábado, 30 de outubro de 2010 - 11h16
Diretor do TRE-AM, Pedro Batista, estima abstenção maior que 20%. Condição climática deve afetar principalmente cidades do interior.
Lucas Frasão
Do Globo Amazônia, em São Paulo
Eleitores do Amazonas vão às urnas para o segundo turno das eleições neste domingo (31) e o estado enfrenta uma de suas maiores secas, que coloca 39 municípios em situação de emergência. A condição climática influencia o deslocamento de eleitores, principalmente em cidades do interior, uma vez que o nível de água em alguns rios só permite a passagem de canoas, por exemplo.
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| Seca afastou rio da cidade de Uarini, no AM. (Foto: Rodrigo Baleia/ Greenpeace/ Divulgação) |
De acordo com Pedro Batista, diretor geral do Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM), a seca pode ser responsável pelo aumento do número de eleitores ausentes no segundo turno. Ele estima que mais de 20% dos eleitorado amazonense não deverá comparecer às urnas no domingo.
"A seca já está afetando as eleições porque dificulta o trabalho das equipes que levam urnas aos colégios eleitorais", diz Batista. Segundo ele, já houve casos em que equipes tiveram de voltar porque não conseguiram seguir caminho por rios com nível de água muito baixo. Apesar disso, segundo ele, a instalação das urnas eletrônicas, feita entre sexta-feira (29) e sábado (30), não fica comprometida.
No primeiro turno, o índice de abstenção no Amazonas foi de cerca de 20%, ou seja, aproximadamente 400 mil eleitores não foram votar.
No segundo turno, de acordo com Batista, o índice de abstenção deve ser maior no Amazonas em função da seca e também da medida do Superior Tribunal Federal (STF), que decidiu sobre a não obrigatoriedade do título de eleitor na última hora. "Os cartórios não tiveram tempo nem recursos orçamentários para avisar populações ribeirinhas e o eleitor ficou com a informação de que o título era necessário", explica Batista.
A média de abstenção no país ficou em 18%, correspondente a cerca de 24 milhões de eleitores.
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