Drenagem, asfalto e energia impulsionam Distrito Industrial

   
Com a retomada em ritmo integral das obras de infra-estrutura, o Distrito Industrial de Porto Velho prepara-se para ingressar em uma nova fase de crescimento. Realizadas integralmente com recursos do Tesouro estadual, as obras são administradas pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico e Social (SEDES), em parceria com o Departamento de Estradas de Rodagem (DER).

O Distrito Industrial da capital, que distribui-se por uma área de 3,5 milhões de metros quadrados na saída para Cuiabá, divididas em 17 ruas, 23 quadras e uma reserva verde de 485,6 mil metros quadrados, está recebendo extensas obras de drenagem e pavimentação asfáltica, que vão beneficiar sua principal via de circulação interna. serão 1.860 metros asfaltados, permitindo o trânsito, em mão dupla, de caminhões e maquinários. E mais: todas as vias que dão acesso ao eixo principal estão recebendo serviços de terraplenagem, numa área total de 12.817 metros quadrados, e mais de cinco quilômetros de galerias em manilhas de concreto irão servir para o escoamento de águas pluviais.

Além dos 4,5 km de rede elétrica de alta tensão e dos 3,9 km de rede de iluminação (baixa tensão),  já em operação, a partir de uma subestação rebaixadora de 10 kVA, está sendo implantada malha subterânea de distribuição de água para uso industrial com 1.700 metros de extensão. Ela será abastecida por um poço artesiano com 100 metros de profundidade, cujo sistema de bombeamento é capaz de enviar para um reservatório suspenso de 30.000 litros um fluxo de até 15.000 litros de água por hora.

Na tarde desta quarta-feira (6/8), o canteiro de obras foi alvo de uma visita de trabalho coordenada pelos secretários de Estado Marco Antonio Petisco e Aníbal de Jesus Rodrigues, respectivamente titular e adjunto do Desenvolvimento Econômico e Social (SEDES), com a presença do secretário de Finanças, José Genaro de Andrade, e do secretário-adjunto do DER, Dilmar Golin. Integraram a comitiva conselheiros do Conder (Conselho de Desenvolvimento Econômico do Estado de Rondônia), instituição que aprecia os projetos de incentivo para as empresas que se instalam no pólo -, como o coordenador-executivo de Indústria e Comércio, Aníbal Martins, e o engenheiro Edgard Menezes Cardoso, coordenador do programa de Desenvolvimento Industrial da SEDES. Também participaram da inspeção de trabalho os superintendentes regionais do Banco da Amazônia (Basa), Wilson Evaristo, da Caixa Econômica Federal (CEF), Rossini Ewerton Pereira, do Banco do Brasil (BB), Fernando Pelissari, o representante da Federação das Indústrias do Estado de Rondônia (Fiero), Valdemar Camata Jr., e o coordenador da Receita Estadual, Ciro Funada.

Segundo o secretário titular da SEDES, Marco Antonio Petisco, além das obras, o Governo do Estado obteve R$ 8,9 milhões via convênios com a Suframa e investiu, do caixa estadual, outros R$ 3,5 milhões para adquirir uma patrulha mecânica especializada destinada a atender ao Distrito - foram dois tratores de esteira, duas motoniveladoras (patrol), pá-carregadeira, retroescavadeira, escavadeira hidráulica do tipo PC, quatro caminhões-caçamba e mais um caminhão-comboio (“melosa”): “Estamos fornecendo, em parceria com o DER, a base operacional para que os empreendedores tomem a frente do processo e alavanquem a consolidação do Distrito Industrial de Porto Velho, que tem tudo para se transformar em um autêntico portal de produção e distribuição para toda esta porção da Amazônia ocidental”.
 
Biodiesel e concreto

Também estão em pleno andamento no Distrito Industrial de Porto Velho as obras da primeira usina de biodiesel a operar em Rondônia e também de uma fábrica de blocos estruturais de cimento para a construção civil, inovação tecnológica que reduz em até 40% os custos para a habitação popular.

A usina de biodiesel ocupa área de 25.800 metros quadrados e vai demandar investimento total de R$ 6,7 milhões até o início de suas operações, quando deve produzir 30.000 litros por dia. “Estamos gerando 36 empregos diretos e cerca de 180 indiretos na fase de construção”, informa o empresário Adélio Barofaldi, do Grupo Autovema, um dos investidores no projeto. Além do sebo bovino, que pode vir a ser fornecido por um curtume já instalado no distrito, a usina também pode utilizar como insumo básico também o óleo de soja. Quando estiver em plena atividade, a usina deverá produzir 90.000 litros/dia, suficientes para abastecer, à razão de 2% por litro, até 45 milhões de litros de óleo diesel, equivalentes a 1.500 carretas por dia.

Já o projeto da Casafácil prevê a fabricação de paredes estruturais em blocos de concreto, utilizando matéria-prima e material secundário 100% produzidos em Rondônia. Segundo o projeto, que também recebeu incentivo do Governo do Estado, através da cessão de terreno, serão investidos 1,4 milhão de reais e gerados 12 empregos diretos, permanentes, na planta industrial. Em todo o Brasil, existe hoje um déficit de mais de 7,2 milhões de habitações. “O uso do concreto em produtos com alta tecnologia é uma contribuição para diminuir estes números, e nosso trabalho segue exatamente nesta direção”, afirma Emerson Araújo, um dos sócios da empresa, que terá uma linha completa de produtos à base de concreto, gesso e fibrocimento.

Fonte: Decom