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Distribuição de água potável é mantida


A cheia do Madeira além de desabrigar e desalojar cerca de 3.800 famílias, segundo informações da Defesa Civil, está causando outras séries de contratempos, como por exemplo, o rompimento de adutoras, alagamento de estações de tratamento de água (ETA) e comprometimento da captação em algumas localidades.

Mas, segundo o diretor técnico da Companhia de Águas e Esgotos de Rondônia, Caerd, Nelson Marques, as comunidades ribeirinhas não são assistidas pela companhia. Em Calama é o único distrito em que há um apoio logístico operacional,“pois a responsabilidade é do município, nós só emprestamos uma bomba para puxar a água”, informou.

Já nos distritos à montante (acima das barragens) da usina de Santo Antônio e Jirau, os problemas sim são efetivos e estão demandando um grande esforço da equipe técnica da Caerd e também contando com a colaboração dos consórcios construtores para minimizar os estragos nos equipamentos bem como a manutenção dos serviços de captação de água.

Em Abunã, a Estação de Tratamento de Água (ETA) está submersa, impossibilitando a captação e tratamento de água. Para abastecer o distrito, a Caerd irá captar água da estação de tratamento de um frigorífico local e interligar ao sistema da localidade para distribuir o produto aos moradores. “Após as águas baixarem iremos verificar os prejuízos e buscar recursos para a reconstrução”, afirmou Marques.

Em Nova Mamoré o sistema está funcionando normal, mas os motores de captação de água tiveram de ser suspensos por duas vezes para que não fossem atingidos pelas águas.

A estação de captação de Nova Mutum está a jusante (abaixo) da usina de Jirau e sofre com o aumento constante no volume das águas e com as madeiras carregadas pelo rio, que com a forte correnteza e redemoinhos formados em seu leito, romperam por duas vezes as bombas de sucção. Com isso, o local de captação de água também foi alterado, mas a população está sendo abastecida.

Jacy Paraná não possui rede de distribuição de água feita pela Caerd. Somente um projeto. A Energia Sustentável do Brasil (ESBR), consórcio construtor de Jirau está construindo uma ETA e após o aceite da obra, ela será entregue à Caerd e o Consórcio irá construir a rede de distribuição, “através de um projeto que elaboramos e passamos para eles”, disse o diretor. Segundo ele, estas obras fazem parte da compensação das usinas.

O município de Porto Velho passa por dois problemas: o primeiro foi o rompimento de um trecho da adutora que leva a água da captação do rio Madeira à ETA. “Felizmente o trecho onde houve o rompimento não estava submerso, o que facilitou o acesso e o conserto, possibilitando a normalização dos serviços”, informou Nelson Marques.

O segundo e mais grave problema para a captação da água é devido o nível do rio que não pára de subir e já atingiu as bombas de sucção da Caerd, localizadas logo abaixo da usina de Santo Antônio.

Segundo o diretor técnico, quando as águas começaram a subir, foram colocados sacos de areia ao redor da estação de captação, mas isso não resolveu. A Santo Antônio Energia interagiu junto àCaerd e auxiliou na colocação de uma barreira de pedras. Foi construído também um muro de concreto para evitar entrada de água nos motores da estação de captação, bem como colocada uma chapa de ferro em uma das aberturas do local para evitar os respingos de água oriundos dos banzeiros sobre os rochedos. Com estas ações “conseguimos manter o abastecimento de água à população da capital”, afirmou.

Tratamento de água

Segundo o diretor técnico da Caerd, “água bruta”, ou seja, que é captada do leito do rio, é encaminhada à estação de tratamento de água, e lá, passa por três processos. O primeiro de floculação, onde é colocado um produto para que os sedimentos se juntem e formem “placas” maiores e aí passam para a segunda etapa que é a decantação desse sedimento. Somente após estes processos a água recebe a desinfecção, que é a adição de cloro para torná-la potável e apta para distribuição.

Texto: Geovani Berno
Fotos: Marcos Freire
Fonte: Decom – Governo de Rondônia

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