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Depois de três meses o consumo das famílias de Porto Velho volta a cair


 
A Pesquisa Nacional de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) das famílias mostrou que, em julho, depois de três meses de crescimento do consumo das famílias de Porto Velho m alta o ICF caiu de 154,9 ponto, em junho, para 153 pontos em julho com 4 dos seus 7 itens apresentando desempenho negativo. Como resultado o índice teve uma variação para baixo de -1,23% com a perspectiva de consumo diminuindo 5,59% e a  percepção de que é um bom momento para compra de bens duráveis diminuindo também significativamente 4,1%.   

Os subitens do ICF Renda Atual, Acesso à Crédito, Perspectiva de Consumo e Momento para Duráveis apresentando queda, mesmo que nenhum se encontre abaixo do patamar de indiferença (índice 100), resultaram numa queda de -1,23% da intenção de consumo das famílias de Porto Velho na contramão da variação positiva da intenção de consumo das famílias, em nível nacional, que registrou um aumento de 0,3%, em julho. È bem verdade que, como em Porto Velho, o ICF Nacional representou uma freada no aquecimento dos três trimestres anteriores. Mas, as famílias de Porto Velho reagiram com mais vigor contra o aumento das taxas de juros e a maior restrição ao crédito e, no fim, porém, perceberam de maneira ainda menos positiva os níveis de emprego e renda do que o restante do país. Desta forma, a queda na perspectiva do consumo e do momento para duráveis, induziram a que caísse de 83% para 64,2% a quantidade dos chefes de famílias que consideram que deve haver melhoria da renda da família nos próximos seis meses o que parece indicar uma tendência a um consumo menor no futuro.

 

INTENÇÃO DE CONSUMO DAS FAMÍLIAS- Porto Velho-Julho de 2010

INDICE

MAIO

   JUNHO

  JULHO

VARIAÇÃO

%

 

INTENÇÃO DE CONSUMO DAS FAMÍLIAS

Emprego Atual

Perspectiva Profissional

Renda Atual

Acesso a Crédito

Nível de Consumo Atual

Perspectiva de Consumo

Momento para Duráveis

 

 

    

     151,1

 

     159,1

     168,8

     166,2

     147,9

     113,2

     150,1

     152,1

   

 

   154,9

 

    156,1

    170,4

    165,9

    152,0

    114,2

    164,5

    161,0

 

      

    153,0

 

    160,8

    171,7

    161,7

    150,8

    115,4

    155,3

    154,4 

 

 

    -1,23

 

     3,01

     0,76

   -3,53

   -0,79

    1,05

   -5,59

   -4,10

Fonte: Pesquisa Direta CNC/Fecomércio/RO

 
 

Piorou o acesso ao crédito

Em junho eram 70,2% dos chefes de famílias que diziam que o acesso à crédito era mais fácil que no mesmo período do ano passado. Agora, em julho, este número caiu para 67,1% com o segmento com renda acima de 10 salários mínimos tendo uma leve queda de 77,3% que achavam o crédito mais fácil para 76%, de modo que é no corte abaixo, ou seja, nas famílias de menor renda que o crédito se tornou mais problemático caindo um pouco mais embora as empresas tenham tomado medidas para facilitaro crédito elastecendo os prazos de pagamentos. Ainda assim com uma queda de 4,1% na percepção da renda atual o consumo teve uma pequena queda como resultado da junção destes fatores.

 

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O Nível de Consumo Atual

O nível atual de consumo como se observa na comparação com maio e junho, talvez por conta das perspectivas ainda muito otimistas, continuou subindo e mantendo a tendência de alta observada nos últimos meses.  A variação positiva de 1,05 no consumo das famílias continua a se apoiar no corte de renda de mais de dez salários mínimos, porém, entre junho e julho houve uma queda de 154,5 para 128 pontos no subitem demonstrando que o aperto monetário com as taxas de juros mais elevadas começou de fato a influir no consumo muito mais na percepção da classe de renda mais elevada que demonstra maior cautela na busca de empréstimos. O leve aumento do consumo, portanto, deve ser creditado ao estrato com renda abaixo de 10 salários mínimos que, no subitem, aumentou o seu consumo atual de 112,3 para 114,7 pontos entre junho e julho. De modo que o indicador do ICF continuou tendo um leve aumento motivado ainda pela percepção de que há segurança no emprego e no bom momento que Porto Velho e Rondônia que resultam no otimismo das famílias que parecem dispostas a continuar a consumir embora com mais cautela.  

 

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Perspectiva de consumo e momento para duráveis

O subitem perspectiva de consumo que, em junho, foi de 164,5 pontos, teve uma queda  de -4,1% para os 155,3 pontos de julho. Porto Velho ainda apresenta uma perspectiva de crescimento do consumo muito forte e bem acima da nacional.  Isto se deve, em grande parte, à percepção de 72,9% das famílias que sua renda é maior hoje do que no mesmo período do ano passado. Apesar do aumento do consumo atual a cautela das famílias se revela no fato de que houve uma queda sensível da percepção de que o momento favorável à aquisição de bens duráveis de 161 pontos, em junho, para os 154,4 de julho. Isto também reflete à percepção do maior custo e da maior dificuldade de acesso ao   crédito embora os níveis de expansão da renda e do emprego indiquem uma perspectiva futura de que ainda que venha a cair o consumo será muito pequena a depender das políticas nacionais que venham, ou não, a estimular o aquecimento da economia.
 

Sobre o ICF

Em conjunto com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Rondônia-Fecomércio/RO, realizou a Pesquisa de Intenção de Consumo das Famílias de Porto Velho (ICF-Rondônia) relativa ao mês de maio que tem como objetivo antecipar o potencial das vendas do comércio. Os resultados do ICF são avaliados sob dois ângulos. O primeiro é o grau de satisfação e insatisfação dos consumidores. O índice abaixo de 100 pontos indica uma percepção de insatisfação, enquanto acima de 100 (com limite de 200 pontos) indica o grau de satisfação em termos de seu emprego, renda e capacidade de consumo. O segundo ângulo é o da tendência do grau de satisfação e insatisfação, por meio das variações mensais do ICF total. O ICF é composto por sete itens. Quatro deles – emprego atual, renda atual, compra a prazo e nível de consumo atual - comparam a expectativa do consumidor em relação a igual período do ano passado. Os demais itens referem-se a perspectivas de melhoria profissional para os próximos seis meses, expectativas de consumo para os próximos três meses e avaliação do momento atual quanto à aquisição de bens duráveis. As informações são obtidas a partir de 500 questionários aplicados em Porto Velho.

 Fonte: Sílvio Persivo

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