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DENÚNCIA: PROFESSOR É PERSEGUIDO POR DENUNCIAR FALCATRUAS



O professor Enoch de Siqueira Cavalcanti Neto, graduado em Geografia pela Universidade Federal de Rondônia e pós-graduado em Geoprocessamento pela UNIRON, Porto Velho, vem sofrendo perseguições por parte da “gestora” da Escola Estadual “Marly de Carvalho Lobato Nery”, Lucieide da Silva Ribeiro, que de diz graduada em Geografia, e pela “Supervisora Escolar”, Maria de Nazaré Souza de Oliveira, que também se diz graduada em Geografia. 

Tudo começou quando o mesmo denunciou o “gestor” da Escola Estadual “Duque de Caxias”, Juranilson Oliveira, por falta de transparência na gestão da escola e outras irregularidades e arbitrariedades que culminou com sua a exoneração do cargo. 

Em seguida, o referido professor, juntamente com o professor José Bertino Filho, denunciaram o ex-coordenador da SEDUC no Município, Raimundo Nacélio Alves Pereira por uma série de irregularidades e arbitrariedades que resultou, também na exoneração do cargo de Coordenador da Educação do Município de Humaitá. 

No princípio do ano, os professores Enoch Cavalcanti, José Bertino Filho, Luiz Dávila Barroso e o Sr. Gelson Luiz Penso, pai de um aluno da referida escola, denunciaram ao Conselho Tutelar, ao Ministério Público, Conselho Municipal da Criança e do Adolescente e a Pastoral da Criança naquele município, além da Secretaria de Estado da Educação a forma autoritária, arbitrária e desumana de como a mesma obrigava os alunos e alunas a fazerem faxina na Escola. 

Diante das denúncias, foram contratados – via Prefeitura Municipal – duas serventes para trabalhar na limpeza, que após aproximadamente 3 meses, as mesmas foram devolvidas à SEMED e a escola ficou novamente sem gente para trabalhar, sobrecarregando a merendeira, Sra. Rosária, que acabou adoecendo da coluna, podendo ser a sobrecarga de trabalho em função da falta de pessoal. 

A partir daí a mesma, como não podia se vingar de outra forma, já que o Professor José Bertino Filho é efetivo e o professor Enoch Cavalcanti é temporário – porque o Estado não abre concurso público para a Educação desde 2003 - houve para efeito de renovação de contrato de trabalho dos temporários uma avaliação a partir da “gestora” e da “supervisora”, onde ambas não possuem os requisitos mínimos – que deveriam ser graduadas em pedagogia e/ou com especialização em Gestão e Supervisão Escolar, respectivamente, conforme a Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional (LDB), caracterizando, exercício ilegal de profissão. 

Vele salientar que essa “gestora” é remanescente da “Era Nacélio” - período em que a SEDUC em Humaitá passou por uma tempestade de irregularidades, arbitrariedades e corrupção – e a mesma é solidária aos dois colegas exonerados sumariamente das funções que exerciam. 

Como se observa, uma avaliação dessa natureza é ilegal, imoral e arbitrária, pois não há nada que se fundamente. Diante da situação, voltou-se a reeditar o velho jargão opressor: “Para os amigos, os favores da Lei; para os inimigos, os rigores da Lei”. 

A gestora também está incluída nas denúncias à SEDUC pelo sumiço de computadores, impressoras, aparelhos de DVD, Micro System e Merenda Escolar que foram furtados da Escola por diversas vezes, sem que nenhuma providência ou culpados tenham sido responsabilizados, causando indignação à comunidade, pois a própria SEDUC ainda não deu posicionamento acerca da referida denúncia formuladas pelo professor Enoch Cavalcanti e José Bertino, quando da estada na cidade de Humaitá da Comissão de Sindicância da referida Secretaria em março pretérito. 

Ainda a respeito da mesma, ela quer fazer da Escola uma extensão da Igreja Evangélica Betel, pois quando um aluno ou aluna se sente mal por algum motivo de saúde, a mesma faz “unção”, ora e diz que “Jesus Cristo vai lhe curar”, num tremendo fanatismo religioso e quem não concorda com esses absurdos a mesma diz que é ateu, anti-cristo e outras colocações verbais. 

Quando de sua estada como professora na Escola Álvaro Maia, teve vários atritos com o então gestor, professor Airto Guimarães por não concordar com a promiscuidade religiosa, muito menos deixar os alunos em sala de aula e ir “orar” em pleno horário de expediente. Outro fato que o foi constatado era o alto índice de reprovação da sua disciplina no ano de 2004 e questionada, a mesma dizia que “os alunos não queriam nada!”. 

A sala de professores é um balcão de negócios, onde as empresas como “O Boticário” e “Kamila Fashion” expõem e vendem roupas, perfumes, calçados e outras “bugigangas” sem menor objeção por parte da mesma, que aceita exposição e venda de produtos. 

Ademais, é público e notório a venda de camisas (uniforme) por parte da própria “gestora” em total confronto com o Estatuto do Magistério. 

A mesma faz ainda da Escola um extensão do leu lar, onde sua filha Acácia é vista com a maior naturalidade dentro da Secretaria, lidando com computador e outros instrumentos de trabalho, exclusivo de funcionário, caracterizando abuso de poder. 

Durante os trabalhos na Escola, o primeiro tempo de aula, de todos os dias, é prejudicado por razões da referida “gestora” ter que dar uma preleção a todos os estudantes, com fins de persuadi-los a ser bons alunos, mas simplesmente com o fim religioso e nada de cidadania, pois a mesma, nas suas preleções, afirmava que moramos “num país maravilhoso, sem guerras, sem terremotos e de um povo alegre”, colocando hinos religiosos, caracterizando “a lavagem cerebral” que a mesma tenta levar aos alunos, ignorando os problemas que cada um vive e convive no dia-dia, sobretudo o desemprego, a falta de perspectivas e uma desigualdade social crítica. 

Dentro das suas visões e atitudes fanáticas, a mesma não aceita que fale do Jesus Histórico muito menos da Teoria da Evolução. Somente o criacionismo, ou seja, a Bíblia prevalece, como forma de manipular as mentes infato-juvenis, demonstrando sua total ignorância a própria ciência a qual se diz graduada, que tem importante papel social.

A escola recebeu este ano uma reforma para a inauguração, plasmem, mas as maçanetas continuaram quebradas, fechadura com defeitos, calçadas afundadas, qualquer chuva alaga a quadra de esporte que não possuem drenagem adequada e mesmo assim, está tudo bem naquela administração, em comum acordo com a SEDUC. 

Na mesma época da “inauguração” da Escola, foi instalado um laboratório de Informática, um sonho para os alunos e alunas, sobretudo por se tratar de uma ferramenta tecnológica e didática, já que se trata de inclusão digital. Poucos dias após a entrega, a mesma informou que não haveria continuidade do serviço de internet, pois o Governador havia mandar “cortar” o serviço, pois era apenas para a inauguração, como se fosse um engodo governamental para iludir a classe estudantil. No entanto, não havia circuito para o laboratório, mas a mesma continuava a usar a internet em sua sala. Pergunta-se: quem está com a verdade, o governador ou a “gestora”? 

A mesma sofre de uma mania de ficar vigiando os banheiros feminino e masculino e muitas vezes os alunos e alunas que pediram licença para usarem o banheiro, retornavam ser fazer suas necessidades fisiológicas porque a mesma não havia permitido. 

Discrimina um aluno que possuem motocicleta, pois somente depois de muita luta é que a mesma aceitou um aluno, o único que possui motocicleta, a estacionar dentro do pátio da escola. 

A Escola só conta com recursos pedagógicos adequados para a Ciência Geográfica, como por exemplo, só conta com um globo desatualizado e não possui mapas, que para os professores terem esses recursos têm que adquirirem com recursos próprios. 

O professor solicitou - via requerimento- um instrumento constitucional sobre a habilidade da “gestora” e da “supervisora”, cópia da prestação de contas da APMC e do uso da quadra de esportes e outros documentos, e mesma não deu ciência ao requerimento, alegando que “do jeito que o senhor não assinou minha avaliação, também não assino o recebimento do seu documento”, em total despreparo administrativo. Pergunta-se: Por que não quis dar ciência? Porque deve! 

Isto porque a mesma aluga a quadra de esporte à comunidade e cobra entre R$10,00 (dez reais) a R$15,00 (quinze reais), mas se for da Igreja Betel é gratuito, conforme afirmação de jovens da comunidade, caracterizando discriminação e abuso de poder. 

Algo intrigante é ainda são as faltas da mesma, que se ausenta em plenos dias de trabalho para acompanhar o andamento da obra em construção de sua propriedade na cidade de Porto Velho, Rondônia, caracterizando o jargão hipócrita da falta de ética: “fazes o que mando, mas não fazes o que faço”. 

A escola não possui Conselho Escolar, Projeto Político Pedagógico, Regimento Interno e nem Grêmio Estudantil, instrumentos de gestão democrática, pois além da “gestora” não ser fazer também não que saber de implementar, já que assim contraria o seu estilo opressor, pois nos bastidores entre colegas há um ditado “ordem é ordem” com apologia às suas imposições. 

O seu estilo é ditatorial, anti-democrática, parcial, corporativista, pois prestigia alguns professores em detrimento a outros, e deixa de fazer aquilo que é sua atribuição e faz aquilo que não é sua atribuição, ou seja é negligente e imprudente, caracterizando uma incompetência sem dimensão. 

Essa forma opressora ocorre em função da falta de concurso público para a contratação de profissionais nas suas áreas específicas e responsabilidade com a educação no Estado do Amazonas, pois a SEDUC em parceria com a Universidade de Brasília investiram mal os Cem milhões de Reais no projeto de formação do magistério do Amazonas, pois o alvo foi a Formação de Normal Superior, que estão habilitados para alfabetizar alunos da 1ª a 4ª Série, conforme a LDB, e que estão “lecionando” todas as disciplinas até o Ensino Médio, numa total irresponsabilidade e descaso com a Educação por parte do Secretário Gedeão Amorim e o Governador Eduardo Braga, que andam apregoando grandes feitos na Educação no Amazonas, mas não é o que diz o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) do Ministério da Educação. Até porque, enquanto os “gestores” foram escolhidos por serem “apaniguados” políticos, viveremos num estado de instabilidade profissional e emocional, bem como perdendo o bonde do desenvolvimento, pois o Estado do Amazonas é 4º maior arrecadador da União - e nada justifica a falta de concurso público, já que o Piauí, o Estado mais pobre do Brasil realiza concurso público – e não a formação de “cabos eleitorais” que se originam a partir das escolas em total prejuízo à educação. 

Diante dos fatos ora relatados e da maneira de como o professor e outros estão sendo avaliados, se faz necessário unirmos forças para combater e debelar essa arbitrariedade sem tamanho, pois não há fundamentação legal oriundo da “gestora” e da “supervisora”, muito menos por parte da SEDUC. O que está faltando realmente é a realização de concurso público para Educação no Estado do Amazonas, em todos os níveis, e assim evitar assim que mais arbitrariedade seja cometida pelos pseudos profissionais, que arraigados pelo sentimento de ódio, vingança e total despreparo para a administração no serviço público fiquem coagindo, humilhando e assediando os colegas com um único intuito: mostrar no exercício de “gestor” e “supervisor” aquilo que nunca foram e que nunca serão. 

Por outro lado, o Governo do Amazonas deveria criar vergonha na cara e acabar com desculpas esfarrapadas para a realização de concurso público, e o Ministério Público cobrasse o cumprimento da Constituição Federal para que houvesse justiça social e profissionais valorizados, motivados e resultados satisfatórios na educação do Estado do Amazonas.

Fonte: Marcos Antonio Grutzmacher

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