Quarta-feira, 6 de junho de 2007 - 20h04
A Comissão Parlamentar de Inquérito contra o SINTERO, proposta por dois deputados estaduais, além de ferir a Constituição Federal, visto que o artigo 8º garante a autonomia sindical, não passa de artifício para evitar que o sindicato lute em defesa dos trabalhadores em educação. São vários os motivos que afastam todas as dúvidas quanto aos verdadeiros motivos que levaram os deputados Miguel Sena e Alexandre Brito a insistirem na criação de uma CPI ilegal. O maior deles é que o SINTERO encontra-se em plena campanha salarial e recentemente realizou manifestações públicas em todo o Estado.
Segundo a direção do SINTERO não há sentido no fato de os deputados quererem investigar o SINTERO, pois trata-se de uma entidade sindical autônoma, onde não há qualquer tipo de recurso público. Para tentar justificar a criação da CPI, o deputado Miguel Sena chegou a divulgar que o objetivo é investigar o pagamento da ação da isonomia, justificativa que também caiu por terra, pois o pagamento da ação da isonomia foi feito através de processo judicial, que encontra-se à disposição dos deputados na 2ª Vara do Trabalho e pode ser consultado a qualquer momento. Mesmo assim, o advogado da ação protocolou cópia do processo na Assembléia Legislativa.
O deputado Miguel Sena traiu os próprios argumentos, anunciando que incluiria na investigação da CPI os contratos do plano de saúde dos trabalhadores em educação. "Ora, se a CPI é para investigar a isonomia, o que o plano de saúde tem a ver com isso?" indagou a presidente do SINTERO, Claudir Mata, lembrando que o deputado Alexandre Brito, outro entusiasta da CPI, é empresário e possui um plano de saúde.
Para os trabalhadores em educação, não restam dúvidas de que a verdadeira intenção dos dois deputados é inviabilizar a luta dos trabalhadores em educação. "O SINTERO é mantido pelos trabalhadores em educação e a eles deve qualquer esclarecimento. Os deputados deveriam se preocupar com os recursos públicos", disse a presidente do SINTERO. Segundo ela, a direção do sindicato não teme ser investigada, porque não fez nada de errado. Porém acha que a bancada do governo na Assembléia Legislativa está querendo usar a CPI para enfraquecer a luta dos trabalhadores em educação.
Alguns trabalhadores em educação que participaram das manifestações do Dia Estadual de Luta opinaram sobre a tentativa de se criar CPI contra o SINTERO. Eles acham que os deputados deveriam investigar o destino dos recursos da educação, apurar todas as denúncias envolvendo o deputado Miguel Sena, apurar os escândalos envolvendo o deputado Alexandre Brito, e realmente fiscalizar os recursos públicos.
Após o anúncio da nomeação dos membros da CPI, a direção do SINTERO reiterou a ilegalidade da CPI, visto que op SINTERO não é órgão público, não trabalha com dinheiro público e tem sua autonomia garantida pela Constituição. Já no plano de saúde também não cabe investigação, pois é distinto do sindicato e tem sua natureza jurídica como as demais empresas de planos de saúde, onde também não cabe CPI.
Fonte: Adércio Dias
Ser capaz de sair de casa, caminhar pelas ruas, entrar em um prédio público ou embarcar em um ônibus pode parecer algo simples, mas para muitas pess
Alero realiza reunião final para ajustes da celebração dos 42 anos
A Assembleia Legislativa de Rondônia (Alero) realizou, na manhã desta terça-feira (14), a reunião de alinhamento final para a celebração dos seus
Assembleia Legislativa aprova política de saúde e segurança no trabalho para servidores do estado
Na última semana, a Assembleia Legislativa de Rondônia (Alero) aprovou por unanimidade o Projeto de Lei 1120/2025, de autoria dos deputados Alex Red
Pioneirismo: Procurador de Justiça do MPRO recebe título de Cidadão Honorário de Porto Velho
O Procurador de Justiça do Ministério Público de Rondônia (MPRO) Ivo Scherer foi homenageado com o título de Cidadão Honorário de Porto Velho na tar