Sábado, 9 de setembro de 2006 - 14h51
Proposta do senador Antônio Carlos Valadares (PSB-SE) prevê a inclusão da compra de voto no rol dos crimes que impedem a candidatura para todos os cargos pelo prazo de quatro anos. Aguardando designação de relator na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), o projeto (PLS 141/06) confere ao delito - formalmente definido como "captação de sufrágio" - o mesmo tratamento dado ao abuso de poder político ou econômico na Lei das Inelegibilidades (LCP nº 64/90).
Na justificativa, Valadares argumenta que a compra de voto é o "embrião" do abuso de poder econômico e político. Ele destaca, como inovação importante, artigo acrescentado ao Código Eleitoral (Lei 4.737/65) para conceituar e punir esse delito com a cassação do registro ou diploma do candidato. Salienta, no entanto, que o candidato permanece apto a se candidatar em eleições seguintes - um direito que seu projeto se propõe a limitar.
O artigo (41-A) determina a cassação do registro ou diploma do candidato que doar, oferecer, prometer ou entregar ao eleitor, com o objetivo de obter voto a seu favor, bem ou vantagem pessoal de qualquer natureza. O texto cita como um dos atos irregulares a promessa de emprego ou função pública. O ato de compra de sufrágio fica caracterizado desde o registro da candidatura até o dia da eleição, sujeitando ainda o autor a pagar multa que pode chegar a 50 mil Ufir (Unidade Fiscal de Referência).
Lei do Bispo
Conhecida como "Lei do Bispo", a Lei 9.840/99, que acrescentou o dispositivo ao Código Eleitoral, nasceu por meio de projeto de lei de iniciativa popular liderada pela Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e sindicatos de trabalhadores. Essa lei, como entende Valadares, é "fruto do anseio da sociedade por eleições limpas e decisões judiciais efetivas".
No projeto, o senador também pretende ver estabelecido o princípio de que se tornam inelegíveis os condenados nas condições previstas no artigo, mesmo quando os candidatos decidam recorrer contra a decisão em instâncias superiores da Justiça. "O projeto em apreço diz apenas que serão inelegíveis os condenados na forma do artigo 41-A, em nada devendo se aguardar julgamentos definitivos com trânsito em julgado", salientou.
Valadares lembra que a questão vinha despertando controvérsias, porém o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) já firmou entendimento jurisprudencial de que a cassação do registro ou do diploma não cria inelegibilidade. Além disso, observou o senador que a própria Lei das Inelegibilidades prevê que os impedimentos de candidaturas, nas hipóteses já existentes, só produzem efeito quando acabam as possibilidades de recursos em contrário.
Mais rigor
O projeto de Valadares vem se somar a amplo conjunto de proposições em tramitação ou já aprovadas no Senado com o objetivo de tornar mais rigorosa a legislação eleitoral. Proposta coletiva (PLS 390/05-Complementar) encabeçada pelo presidente da casa, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), defende alteração na Lei das Inelegibilidades de forma a tornar inelegíveis para qualquer cargo os que tiverem contra si representação julgada pela Justiça Eleitoral.
Depois de chegar ao Plenário, a matéria voltou à CCJ, em razão de requerimento para tramitar em conjunto com projeto de teor semelhante (PLS 231/05-Complementar).
Fonte: Gorette Brandão - Agência Senado
Deputada Ieda Chaves mobiliza parceiros e voluntários no projeto “Coração em Ação” em Porto Velho
Mais de 900 atendimentos gratuitos nas áreas de saúde, emissão de documentos, beleza, lazer, adoção de animais de estimação, entre outros, foram rea
Preparativos para o "Natal de Portas Abertas" da Assembleia Legislativa entram em ritmo acelerado
Os preparativos para o “Natal de Portas Abertas” da Assembleia Legislativa de Rondônia (Alero) estão a todo vapor. O evento, que vai encantar o públ
Com mais uma ação que evidencia sua dedicação e resultados concretos, a deputada federal Cristiane Lopes entregou, nesta sexta-feira (29), um veícul
A deputada federal Cristiane Lopes (União Brasil), titular na Comissão de Viação e Transportes na Câmara dos Deputados, participou nesta quinta-feir